domingo, junho 12, 2011

OS SETE DONS DO ESPÍRITO SANTO

OS 7 DONS DO ESPÍRITO SANTO
Is 11, 1-9

“SOBRE ELE REPOUSARÁ O ESPÍRITO DE JAVÉ, ESPÍRITO DE:
1. SABEDORIA

2. ENTENDIMENTO
3. CIÊNCIA
4. CONSELHO
5. FORTALEZA
6. PIEDADE
7. TEMOR DE DEUS

Brotará um ramo da raiz de Jessé, uma flor nascerá desta raiz e descansará nela o Espírito de Sabedoria e de Entendimento, o Espírito de Conselho e Fortaleza, o Espírito de Ciência e de Piedade e a encherá o Espírito do Temor do Senhor.”




O que Isaías chama “espíritos” é o que a técnica teológica chama “dons”. Dessa forma, o profeta enumera sete DONS. O número sete, na Bíblia, sempre significou plenitude. O Espírito Santo, que procede do Pai e do Filho, é um manancial infinito de dons. Ele habita em nós e dirige, de maneira magistral, nossa vida espiritual.




Ele quer estabelecer nas diferentes partes do complicadíssimo ser humano estes receptores que são os Seus dons, pelos quais Ele se comunica conosco e pode influir em todas e em cada uma de nossas faculdades humanas. Acima de todas as nossas faculdades, está o entendimento. É a faculdade mais alta, a mais nobre que possuímos, a que nos torna semelhantes aos anjos, a que põe em nossas almas um traço da imagem de Deus. Nessa faculdade altíssima, o Espírito Santo de Deus colocou quatro dons: Sabedoria, Entendimento, Ciência e Conselho, que correspondem aos diferentes hábitos intelectuais que os filósofos dizem que temos em nosso entendimento.




Pelo dom do Entendimento, penetramos nas verdades divinas e, para julgar destas verdades, temos três dons: o da Sabedoria, que julga as coisas divinas; o da Ciência, que julga as criaturas; o do Conselho, que regula e dispõe os nossos atos.




Na vontade, que é a faculdade que segue, em categoria e nobreza, a nossa inteligência, há um dom: o dom da Piedade, que tem por objetivo regular e dispor nossas relações com os demais. Para dominar a parte inferior do nosso ser, há dois dons: o de Fortaleza e o de Temor de Deus. O de Fortaleza, para tirar-nos o temor do perigo: o do Temor de Deus, para moderar os ímpetos desordenados de nossa natureza humana. A palavra "temor", aqui, não significa medo, mas respeito, consciência de que estamos na presença de Deus.




Assim, desde o ápice do nosso espírito, que é a inteligência, até a porção inferior do nosso ser, o Espírito Santo tem os Seus dons para comunicar-se com este mundo que trazemos em nós, para poder inspirar e mover os nossos atos.




Por este conjunto de dons, o Espírito Santo possui por completo a nossa alma e estes dons têm entre si relações estreitas. O prefeta Isaías os coloca aos pares: Espírito de Sabedoria e Entendimento; Espírito de Conselho e Fortaleza; Espírito de Ciência e Piedade; Espírito de Temor de Deus.




Com esses dons, lembrando que, entre eles há uma infinidade de nuances, era para o ser humano se aproximar cada vez mais da perfeição. Só que Deus não quer nos fazer prontinhos e perfeitos. Ele quer que nós participemos da construção de um ser humano que seja realmente uma criatura divina. Ele é democrático. Ele arrisca porque acredita na nossa capacidade. É preciso que abramos nosso coração, inteiramente confiantes no amor do Pai e peçamos a Ele que o encha e que, por meio dos Seus dons, preciosos instrumentos da Sua atividade, influam em nós, mova-nos e nos conduza através de todas as circunstâncias da vida, para que, por nossa vontade e com a Sua ajuda, conquistemos a pátria celeste já aqui no mundo – que podemos melhorar, trazendo-lhe paz e justiça

Homilia Solenidade de Pentecostes

VINDE ESPÍRITO SANTO!


Com a saudação de Jesus, três fenômenos acontecem na vida dos discípulos: 1º) Todos ficaram cheios do Espírito Santo. 2º) Batizados num só Espírito, formam um só corpo, que é a Igreja. 3º) São enviados ao mundo como mensageiros da Boa Nova da salvação.


Assim – em harmonia com a promessa de Jesus – o Espírito Santo manifesta a Sua presença sob os sinais sensíveis do vento e do fogo, descendo sobre os apóstolos e transformando-os totalmente, consagrando-os para a missão que Ele lhes havia confiado.


Com este batismo no Espírito Santo nascia assim, oficialmente, a Igreja. Nesse dia, homens separados por línguas, culturas, raças e nações começavam a reunir-se no grande Povo de Deus num movimento que só terminará com a segunda vinda gloriosa de Jesus Cristo.


A presença do Espírito Santo é o sinal da unidade da Igreja. Todos n’Ele formamos um só Corpo, que tem como cabeça o próprio Cristo.


Todos nós fomos batizados num só Espírito, para formarmos um só corpo. O Espírito Santo é «a alma da Igreja». É Ele quem nos dá a perfeita compreensão do mistério pascal e nos leva a anunciar a ressurreição a todos os homens, sem exceção. É por Ele que nós acreditamos que Jesus é Deus e essa nossa fé se mantém. É Ele que enriquece o Corpo Místico com dons e carismas, numa grande variedade de vocações, ministérios e atividades. É Ele que, ao mesmo tempo em que nos distingue, dando-nos uma personalidade própria dentro da Igreja, nos põe em comunhão uns com os outros, de tal modo que a diversidade não destrói a unidade.


“Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós: Recebei o Espírito Santo”. Com a Páscoa, inicia-se a nova criação. E, como na primeira, também agora o Espírito Santo está presente, a insuflar aos homens, mortos pelo pecado, a vida nova do Ressuscitado, jorrando do Corpo glorificado de Cristo, em que se mantêm as cicatrizes da Paixão.


O sopro purificador e recriador do mesmo Deus comunica-se aos apóstolos. Apodera-se deles, a fim de que possam prolongar a obra da nova criação. E assim a humanidade, reconciliada com Deus, conserve sempre a paz alcançada em Jesus Cristo.


É o Espírito que reza em nós e por nós, invocando Deus Pai. Transforma-nos, cria harmonia e fraternidade, acalenta e dá ânimo, revitaliza, faz-nos recomeçar, perseverar, manter a fé, não desistir da caridade e do serviço. É fogo que purifica, ilumina, aquece, irradia. Os outros reconhecerão em nós a presença e a ação do Espírito Santo de Deus pelos frutos que produzirmos, resultantes da eficácia dos dons d’Ele [Espírito Santo] e da manifestação dos efeitos, em nós, dessa presença palpável do Deus invisível.


Reze e peça comigo: “Desça sobre mim, Espírito Santo! Deixe-me sentir o Seu fogo de amor aqui no coração, Senhor!”

Padre Bantu Mendonça

Liturgia Domingo de Pentecostes

Domingo, 12 de Junho de 2011
Solenidade de Pentecostes



Primeira leitura (Atos dos Apóstolos 2,1-11)

Leitura dos Atos dos Apóstolos:


1Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. 2De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam.
3Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. 4Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava.
5Moravam em Jerusalém judeus devotos, de todas as nações do mundo. 6Quando ouviram o barulho, juntou-se a multidão, e todos ficaram confusos, pois cada um ouvia os discípulos falar em sua própria língua.
7Cheios de espanto e admiração, diziam: “Esses homens que estão falando não são todos galileus? 8Como é que nós os escutamos na nossa própria língua? 9Nós, que somos partos, medos e elamitas, habitantes da Mesopotâmia, da Judeia e da Capadócia, do Ponto e da Ásia, 10da Frígia e da Panfília, do Egito e da parte da Líbia próxima de Cirene, também romanos que aqui residem; 11judeus e prosélitos, cretenses e árabes, todos nós os escutamos anunciarem as maravilhas de Deus em nossa própria língua!”


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo (Salmos 103)

— Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!
— Enviai o vosso Espírito, Senhor,/ e da terra toda a face renovai!


— Bendize, ó minha alma, ao Senhor!/ Ó meu Deus e meu Senhor, como sois grande!/ Quão numerosas, ó Senhor, são vossas obras!/ Encheu-se a terra com as vossas criaturas!
— Se tirais o seu respiro, elas perecem/ e voltam para o pó de onde vieram./ Enviais o vosso espírito e renascem/ e da terra toda a face renovais.
— Que a glória do Senhor perdure sempre,/ e alegre-se o Senhor em suas obras!/ Hoje lhe seja agradável o meu canto,/ pois o Senhor é a minha grande alegria!




Segunda leitura (1º Coríntios 12,3b-7.12-13)

Leitura da Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios:


Irmãos: 3bNinguém pode dizer: Jesus é o Senhor, a não ser no Espírito Santo. 4Há diversidade de dons, mas um mesmo é o Espírito. 5Há diversidade de ministérios, mas um mesmo é o Senhor. 6Há diferentes atividades, mas um mesmo Deus que realiza todas as coisas em todos.
7A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem comum. 12Como o corpo é um, embora tenha muitos membros, e como todos os membros do corpo, embora sejam muitos, formam um só corpo, assim também acontece com Cristo.
13De fato, todos nós, judeus ou gregos, escravos ou livres, fomos batizados num único Espírito, para formarmos um único corpo, e todos nós bebemos de um único Espírito.


- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.


Evangelho (João 20,19-23)

— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor!

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.
20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor.
21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem não os perdoardes, eles lhes serão retidos”.


- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.