quinta-feira, junho 30, 2011

homilia de 30/06/11

A cura do paralítico nos é contada também pelos evangelistas Marcos (2,1-12) e Lucas (5,17-26). O primeiro apresenta a história do paralítico com mais particularidades, nos diz que os portadores do leito – sobre o qual jazia o paralítico – não conseguiam apresentar o doente a Jesus por causa da multidão.







São particularidades que não pertencem à história em si, mas ao modo de apresentá-la. Na sua versão, Mateus estiliza a cena reduzindo-a ao essencial, omitindo todas as particularidades. A chave para descobrir a intenção de Mateus está nas palavras de Jesus: Vendo a fé daquela gente, Jesus disse ao paralítico: “Meu filho, coragem! Teus pecados te são perdoados”.






Neste texto, o apóstolo [Mateus] quer afirmar que Jesus tem o poder de perdoar os pecados. A cura do paralítico comprova esse poder. Além de ter o poder de perdoar os pecados, o Senhor demonstra ter um poder mais forte, que é aquele de penetrar os pensamentos dos escribas, sem que alguém lhe contasse nada, dizendo-lhes: Por que pensais mal em vossos corações?






Por sua vez, Cristo possui um conhecimento sobre-humano, sobrenatural, doado a Ele pelo Espírito Santo. Em outros momentos o Senhor dirá: Vocês veem as aparências. Eu vejo o coração. Este conhecimento sobrenatural de Jesus demonstra que Ele tem também uma dignidade única e que justifica o Seu poder também único, aquele de perdoar os pecados.






Quando Jesus demonstra que tem poder sobre o pecado, o paralítico passa em segundo plano, como se não interessasse mais o paralítico curado, e sim “para que saibais que o Filho do homem tem o poder de perdoar os pecados”.






A razão da cura do paralítico, que ouviu as palavras de Jesus “Levanta-te, toma a maca e volta para tua casa”, é demonstrar a saúde eterna. O perdão dos pecados é mais importante do que a saúde do corpo.






Mateus, além de demonstrar o poder de Jesus, quer realçar a fé daquela multidão que se aproximou d’Ele, atraída a Ele justamente por causa desse poder. Fé tão grande que venceu todas as dificuldades. Fé que é confiança ilimitada no poder de Jesus, posto a serviço do ser humano.






Por fim, Mateus, depois de nos contar a cura e o perdão dos pecados do paralítico, nos fala daquela multidão que, diante deste milagre de Jesus Cristo, ficou com medo, glorificou a Deus por ter dado tal poder aos homens.






O poder de Jesus de perdoar os pecados foi passado aos Seus apóstolos quando, ao ressuscitar dos mortos e aparecendo a eles, disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, assim também eu vos envio a vós”. Depois destas palavras, soprou sobre eles dizendo-lhes: “Recebei o Espírito Santo. Aqueles a quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados; aqueles a quem os retiverdes, ser-lhes-ão retidos” (João 20,21-23).






Portanto, a Igreja de Cristo tem a missão de administrar o sacramento do perdão. Não são os padres que perdoam, mas é Cristo que o faz na pessoa do sacerdote. Este poder de perdoar os pecados é inseparável da Pessoa de Cristo e de Sua Igreja una, santa, católica e apostólica.






Padre Bantu Mendonça





liturgia de 30/06/2011

Quinta-Feira, 30 de Junho de 2011



13ª Semana Comum



Primeira leitura (Gênesis 22,1-19)
Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 1Deus pôs Abraão à prova. Chamando-o, disse: “Abraão!” E ele respondeu: “Aqui estou”. 2E Deus disse: “Toma teu filho único, Isaac, a quem tanto amas, dirige-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre um monte que eu te indicar”.


3Abraão levantou-se bem cedo, selou o jumento, tomou consigo dois dos seus servos e seu filho Isaac. Depois de ter rachado lenha para o holocausto, pôs-se a caminho, para o lugar que Deus lhe havia ordenado. 4No terceiro dia, Abraão, levantando os olhos, viu de longe o lugar. 5Disse, então, a seus servos: “Esperai aqui com o jumento, enquanto eu e o menino vamos até lá. Depois de adorarmos a Deus, voltaremos a vós”.


6Abraão tomou a lenha para o holocausto e a pôs às costas do seu filho Isaac, enquanto ele levava o fogo e a faca. E os dois continuaram caminhando juntos. 7lsaac disse a Abraão: “Meu pai”. “Que queres, meu filho?”, respondeu ele. E o menino disse:


“Temos o fogo e a lenha, mas onde está a vítima para o holo­causto?” 8Abraão respondeu: “Deus providenciará a vítima para o holocausto, meu filho”. E os dois continuaram caminhando juntos.


9Chegados ao lugar indicado por Deus, Abraão ergueu um altar, colocou a lenha em cima, amarrou o filho e o pôs sobre a lenha em cima do altar. 10Depois, estendeu a mão, empunhando a faca para sacrificar o filho. 11E eis que o anjo do Senhor gritou do céu, dizendo: “Abraão! Abraão!” Ele respondeu: “Aqui estou!” 12E o anjo lhe disse: “Não estendas a mão contra teu filho e não lhe faças nenhum mal! Agora sei que temes a Deus, pois não me recusaste teu filho único”. 13Abraão, erguendo os olhos, viu um carneiro preso num espinheiro pelos chifres; foi buscá-lo e ofereceu-o em holocausto no lugar do seu filho. 14Abraão passou a chamar aquele lugar: “O Senhor providenciará”. Donde até hoje se diz: “O monte onde o Senhor providenciará”.


15O anjo do Senhor chamou Abraão, pela segunda vez, do céu, 16e lhe disse: “Juro por mim mesmo — oráculo do Senhor —, uma vez que agiste deste modo e não me recusaste teu filho único, 17eu te abençoarei e tornarei tão numerosa tua descendência como as estrelas do céu e como as areias da praia do mar. Teus descenden­tes conquistarão as cidades dos inimigos. 18Por tua descendência serão abençoadas todas as nações da terra, porque me obedeces­te”. 19Abraão tornou para junto dos seus servos, e, juntos, puse­ram-se a caminho de Bersabeia, onde Abraão passou a morar.
- Palavra do Senhor.


- Graças a Deus.






Salmo (Salmos 114)

— Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.



— Andarei na presença de Deus, junto a ele, na terra dos vivos.




Eu amo o Senhor, porque ouve o grito da minha oração. Inclinou para mim seu ouvido, no dia em que eu o invoquei.


— Prendiam-me as cordas da morte, apertavam-me os laços do abismo; invadiam-me angústia e tristeza: eu então invoquei o Senhor “Salvai, ó Senhor, minha vida!”


— O Senhor é justiça e bondade, nosso Deus é amor-compaixão. É o Senhor quem defende os humildes: eu estava oprimido, e salvou-me.


— Libertou minha vida da morte, enxugou de meus olhos o pranto e livrou os meus pés do tropeço. Andarei na presença de Deus, junto a ele na terra dos vivos.


Evangelho (Mateus 9,1-8)

— O Senhor esteja convosco.





— Ele está no meio de nós.


— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.


— Glória a vós, Senhor.


Naquele tempo, 1entrando em um barco, Jesus atravessou para a outra margem do lago e foi para a sua cidade. 2Apresentaram-lhe, então, um paralítico deitado numa cama. Vendo a fé que eles tinham, Jesus disse ao paralítico: “Coragem, filho, os teus pecados estão perdoados!”


3Então alguns mestres da Lei pensaram: “Esse homem está blasfemando!” 4Mas Jesus, conhecendo os pensamentos deles, disse: “Por que tendes esses maus pensamentos em vossos corações? 5O que é mais fácil, dizer: ‘Os teus pecados estão perdoados’, ou dizer: ‘Levanta-te e anda’?


6Pois bem, para que saibais que o Filho do Homem tem na terra poder para perdoar pecados, — disse, então, ao paralítico — “Levanta-te, pega a tua cama e vai para a tua casa”. 7O paralítico então se levantou, e foi para a sua casa. 8Vendo isso, a multidão ficou com medo e glorificou a Deus, por ter dado tal poder aos homens.
- Palavra da Salvação.


- Glória a vós, Senhor.













domingo, junho 26, 2011

Homilia de 26/06/11

SEGUIR OS PASSOS DE JESUS


Jesus quer dar a conhecer aos Seus discípulos a opção que devem fazer. Ele veio para estabelecer a possibilidade de as pessoas escolherem a Ele ou a outro.
De uma forma sentenciada, Jesus forja a personalidade dos verdadeiros discípulos, capazes de romper com os laços de sangue a fim de formar a verdadeira comunidade com Ele. Os laços familiares são importantes porque representam os vínculos mais fortes do amor entre pais, filhos e parentes, todavia, o amor a Jesus é muito mais do que isso. Ele vai além e por isso deve ser prioritário em relação àqueles. Neles se contempla de modo pleno o amor de Deus por nós e em nós.
Fazendo uma escolha por Jesus, fazemos nossos os projetos d’Ele. Assim sendo, nos tornamos dignos do Seu seguimento, pois Ele nos diz: “Quem ama o seu pai ou a sua mãe mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor. Quem ama o seu filho ou a sua filha mais do que ama a mim não merece ser meu seguidor”. Portanto, é renunciando a tudo o que nos prende ao passado, ao corpo e à matéria – representados no pai, na mãe e nos filhos e bens- que nos tornamos verdadeiramente seguidores do Mestre.
A nossa relação com Deus não pode limitar-se a conveniências familiares. Acreditar em Deus, isto é, acolher o dom da fé – que Ele mesmo nos oferece gratuitamente – é assunto de coração, que não pode ficar pela fachada ou limitar-se a determinados momentos.
Deus nos ama por primeiro e o tempo todo. Não podemos amá-Lo diferentemente. Por isso, ao nosso culto deve corresponder uma vida coerente.
Toda a nossa vida há de tornar-se oferenda de amor ao Pai, em comunhão com o sacrifício de Cristo, motivado pelo amor e nele realizado. Mas o amor é algo muito concreto. Amar a Deus comporta amar o irmão, a irmã, amá-los no seu ser concreto, na situação em que se encontram. Fazer-lhes o bem pode traduzir-se em grandes gestos ou – mais provavelmente – em gestos cotidianos, que facilmente definimos como “pequenos” e a que nem sempre damos a devida atenção. São exatamente esses gestos, aparentemente banais, os que mais nos custam a fazer com amor, principalmente quando temos pela frente pessoas difíceis ou simplesmente desagradáveis. Mas passa por aí o nosso seguimento dos “passos de Cristo”, que não nos deixa faltar a Sua graça para os realizarmos com amor e fidelidade.
Padre Bantu Mendonça

Liturgia de 26/06/11

Domingo, 26 de Junho de 2011
13º Domingo Comum


Leitura do Segundo Livro dos Reis:


8Certo dia, Eliseu passou por Sunam. Aí morava uma senhora rica, que insistiu para que fosse comer em sua casa. Depois disso, sempre que passava por aí, Eliseu parava na casa dessa mulher para fazer suas refeições.
9E ela disse ao marido: “Tenho observado que este homem, que passa tantas vezes por nossa casa, é um santo homem de Deus. 10Façamos para ele, no terraço, um pequeno quarto de alvenaria, onde colocaremos uma cama, uma mesa, uma cadeira e um candeeiro. Assim, quando vier à nossa casa, poderá acomodar-se aí”.
11Um dia, Eliseu passou por Sunam e recolheu-se àquele quarto para descansar.
14E perguntou a Giezi, seu servo: “Que se poderia fazer por esta mulher?” Giezi respondeu: “É inútil perguntar-lhe; ela não tem filhos e seu marido já é velho”.
15Eliseu mandou então que a chamasse. Ele chamou-a e ela pôs-se à porta.
16aEliseu disse-lhe: “Daqui a um ano, neste tempo, estarás com um filho nos braços”.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus.

Salmo Responsorial: Sl 88

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.
— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor.

— Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor,/ de geração em geração eu cantarei vossa verdade!/ Porque dissestes: “O amor é garantido para sempre!”/ E a vossa lealdade é tão firme como os céus.
— Quão feliz é aquele povo que conhece a alegria,/ seguirá pelo caminho, sempre à luz de vossa face!/ Exultará de alegria em vosso nome, dia a dia,/ e com grande entusiasmo exaltará vossa justiça.
— Pois sois vós, ó Senhor Deus, a sua força e sua glória,/ é por vossa proteção que exaltais nossa cabeça./ Do Senhor é o nosso escudo, ele é nossa proteção,/ ele reina sobre nós, é o Santo de Israel!

Leitura da Carta de São Paulo aos Romanos:

Irmãos: 3Será que ignorais que todos nós, batizados em Jesus Cristo, é na sua morte que fomos batizados? 4Pelo batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova.
8Se, pois, morremos com Cristo, cremos que também viveremos com ele. 9Sabemos que Cristo ressuscitado dos mortos não morre mais; a morte já não tem poder sobre ele. 10Pois aquele que morreu, morreu para o pecado uma vez por todas; mas aquele que vive, é para Deus que vive. 11Assim, vós também, considerai-vos mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo.
- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— PROCLAMAÇÃO do Evangelho de Jesus Cristo, + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor!

Naquele tempo, disse Jesus a seus apóstolos: 37“Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim, não é digno de mim. Quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim, não é digno de mim.
38Quem não toma a sua cruz e não me segue, não é digno de mim.
39Quem procura conservar a sua vida, vai perdê-la. E quem perde a sua vida por causa de mim, vai encontrá-la.
40Quem vos recebe, a mim recebe; e quem me recebe, recebe aquele que me enviou.
41Quem recebe um profeta, por ser profeta, receberá a recompensa de profeta. E quem recebe um justo, por ser justo, receberá a recompensa de justo.
42Quem der, ainda que seja apenas um copo de água fresca, a um desses pequeninos, por ser meu discípulo, em verdade vos digo: não perderá a sua recompensa”.



- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.




terça-feira, junho 21, 2011

Noticia

Queimadas na Amazônia aumentam e ofeito estufa


Comparado aos países desenvolvidos do hemisfério norte, o Brasil contribui pouco com os gases do efeito estufa, embora as queimadas na Amazônia sejam o grande "pecado" brasileiro quando o assunto é emissão dos gases que acabam provocando o aquecimento global. De acordo com a organização não-governamental Iniciativa Verde, essas queimadas respondem por aproximadamente 70% das emissões brasileiras de gases do efeito estufa.



» Temperatura na Amazônia pode


aumentar até 8°C até o fim deste século


» Aquecimento global pode fazer a Amazônia virar cerrado, diz pesquisa






"O mais urgente, em questão de mudança climática, é estancar as queimadas na Amazônia a qualquer custo. É inadmissível que o País tenha essa postura indolente em relação a um crime ambiental dessa monta", reivindicou o diretor da Iniciativa Verde, Osvaldo Martins.






O Brasil é ecologicamente correto na geração de energia, já que 80% da principal fonte energética do País (a energia elétrica) é gerada a partir de hidrelétricas, segundo o Ministério do Meio Ambiente (MMA). O Brasil também ganha pontos por possuir um programa de substituição de combustíveis fósseis por renováveis, o Programa Nacional do Biodiesel. No momento, o etanol (nome científico do álcool da cana-de-açúcar) alcança 45% da matriz energética brasileira, segundo o MMA.






"O nosso principal vilão das emissões brasileiras são os desmatamentos na Amazônia. Se não fossem os desmatamentos, o Brasil seria um país que emitiria muito pouco, porque os desmatamentos aumentam muito essas emissões", concordou o climatologista Carlos Nobre, pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec-Inpe).






O governo brasileiro conseguiu reduzir em 52% o desmatamento da Amazônia nos últimos dois anos. De acordo com o MMA, a redução do desmatamento evitou a emissão de cerca de 430 milhões de toneladas de gás carbônico na atmosfera. Outra atitude tomada para evitar as queimadas foi a criação de novas unidades de conservação federal, que atualmente já superam 50 milhões de hectares.

QUEIMADAS UMA AMEAÇA AO PLANETA

A dimensão das queimadas na região tropical tem provocado preocupação e polêmica em âmbito nacional e internacional. Elas estão em geral associadas ao desmatamento e a incêndios florestais, e, no caso do Brasil, onde ocorrem mais de 200 mil por ano, as pesquisas indicam que as queimadas são, na maioria das vezes, uma prática agrícola generalizada. Aproximadamente 30% delas ocorrem na Amazônia, principalmente no sul e sudeste da região.



O Brasil é um dos únicos países do mundo a dispor de um sistema orbital de monitoramento de queimadas absolutamente operacional. Dezenas de mapas de localização são gerados por semana, durante o inverno, e, neste trabalho, são apresentados dados quantitativos do monitoramento orbital das queimadas ocorridas na Amazônia. O monitoramento é fruto de uma colaboração científica multiinstitucional, envolvendo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Núcleo de Monitoramento Ambiental - NMA/EMBRAPA, a Ecoforça - Pesquisa e Desenvolvimento e a Agência Estado (AE). Os resultados estão sendo obtidos graças ao estudo diário de imagens dos satélites norte-americanos da série NOAA, de responsabilidade da U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration.

O impacto ambiental das queimadas preocupa a comunidade científica, ambientalistas e a sociedade em geral, pois elas afetam diretamente a física, a química e a biologia dos solos, alterando, ainda, a qualidade do ar em proporções inimagináveis. Também interferem na vegetação, na biodiversidade e na saúde humana. Indiretamente, as queimadas podem comprometer até a qualidade dos recursos hídricos de superfície. Várias pesquisas científicas recentes estão ajudando a compreender a real dimensão deste impacto, em particular no caso da Amazônia.

Queimadas e Desmatamentos

Confundidas freqüentemente com incêndios florestais, as queimadas são também associadas ao desmatamento. Na realidade, mais de 95% delas ocorrem em áreas já desmatadas, caracterizadas como queimadas agrícolas. Os agricultores queimam resíduos de colheita para combater pragas, como as provocadas pelo bicudo do algodão, para reduzir as populações de carrapatos ou para renovar as pastagens. O fogo também é utilizado para limpar algumas lavouras e facilitar a colheita, como no caso da cana-de-açúcar, cuja palha é queimada antes da safra. Áreas de pastagem extensiva, como os Cerrados, também são queimadas por agricultores e pecuaristas.


Apenas uma pequena parte das queimadas detectadas no Brasil está associada ao desmatamento. No caso da Amazônia, o fogo é o único meio viável para eliminar a massa vegetal e liberar áreas de solo nu para plantio. Mesmo assim são necessários cerca de oito anos para que a área fique limpa para a prática agrícola. Uma pesquisa realizada pelo Núcleo de Monitoramento Ambiental NMA-Embrapa em Rondônia, revelou que apenas uma pequena parte (menos de 5%) da madeira das áreas desmatadas foi comercializada - ou seja, a finalidade da queimada não é o comércio, mas a limpeza de áreas.

Queimadas ou Incêndios?

Nos países desenvolvidos de clima mediterrânico, como parte da França, Espanha, Grécia, Itália e Estados Unidos (Califórnia) são freqüentes os incêndios florestais nos períodos de verão. O mesmo ocorre em regiões subpolares, como nas áreas de tundra e de vegetação de coníferas do Alasca e da Rússia. Em países tropicais, as queimadas ocorrem no inverno, durante o período seco. No Brasil, este é um fenômeno generalizado na agricultura.


As queimadas estão associadas aos sistemas de produção mais primitivos, como os de caça e coleta dos indígenas. Mas também estão presentes na agricultura mais intensiva e moderna, como a da cana-de-açúcar, algodão e cereais. A falta de informação sobre a natureza e a ocorrência desta prática é grande, provocando confusão entre as queimadas tropicais e os incêndios florestais.


Mais de 98% das queimadas praticadas no Brasil são de natureza agrícola. O agricultor decide quando e onde queimar. É uma prática controlada, desejada e faz parte do sistema de produção. Os lavradores queimam resíduos de colheita, áreas de savana, pastagens nativas e plantadas e palha da cana-de-açúcar para facilitar a colheita. Já os incêndios florestais são de natureza acidental, indesejados e difíceis de controlar. Eles só ocorrem em vegetações propícias a esse tipo de fenômeno, como as florestas degradadas, entremeadas por arbustos e gramíneas, as matas de pinheiro araucária e a Floresta Atlântica caducifólia de planalto, encontrada nas regiões Sul e Sudeste do País.


Na Mata Atlântica e na floresta tropical úmida, um incêndio em vegetação primária é muito difícil de ocorrer e se propagar. O mesmo acontece com a vegetação da Caatinga. No período seco, a perda das folhas reduz o material comburente e a combustibilidade da parte lenhosa é pequena. As plantas continuam verdes e com grandes quantidades de água em seus tecidos. Pela mesma razão, incêndios florestais na Amazônia são quase impossíveis de acontecer.


Pesquisas realizadas pelo Núcleo de Monitoramento Ambiental NMA-Embrapa, em Rondônia, indicam ser necessários, em média, oito anos de queimadas consecutivas para que o fogo consuma todo o material lenhoso oriundo do desmatamento em pequenas propriedades rurais. Por essas razões, o monitoramento orbital das queimadas realizado no Brasil desde 1991, com base em imagens do satélite NOAA/AVHRR, indica que somente 30% das queimadas registradas no País ocorrem na Amazônia.

Impacto Ambiental das Queimadas

O impacto ambiental das queimadas é um tema preocupante, pois envolve a fertilidade dos solos, a destruição da biodiversidade, a fragilização de agroecossistemas, a destruição de linhas de transmissão e outras formas de patrimônio público e privado, a produção de gases nocivos à saúde humana, a diminuição da visibilidade atmosférica, o aumento de acidentes em estradas e a limitação do tráfego aéreo, entre outros.


As queimadas interferem diretamente na qualidade do ar, na física, na química e na biologia dos solos, na vegetação atingida pelo fogo e indiretamente podem afetar os recursos hídricos. São muitos os tipos de queimadas, envolvendo vegetações diferentes. Uma pastagem adubada pode gerar determinados gases, em particular óxidos nítricos, em quantidade muito superior a de uma pastagem que não recebeu fertilizantes. As condições meteorológicas (presença de vento, temperatura ambiente), o relevo e a hora da queimada são condicionantes da temperatura atingida pelo fogo e do tempo necessário para a queima total do material vegetal disponível.


Em função da temperatura e do tempo, os gases gerados podem ter uma natureza muito diferente (mais ou menos oxidados). O mesmo ocorre no tocante à biologia do solo. Em função da hora da queimada (de dia ou de noite, ao meio-dia ou ao entardecer...), as reações fotoquímicas ao nível das emissões gasosas serão diferenciadas.

Não é possível generalizar sobre os impactos ambientais das queimadas, nem na Amazônia, nem no Brasil. Mas o fato da maioria das queimadas praticadas no Brasil ser de natureza agrícola, indica uma pequena contribuição de suas emissões de carbono no problema do efeito estufa. A maioria do carbono emitido pelas queimadas no inverno é retirado da atmosfera no verão, quando a vegetação está em fase de crescimento.

Dada a complexidade do tema e o caráter agrícola dominante das queimadas pode-se perguntar qual o custo-benefício dessa tecnologia da era neolítica utilizada amplamente pela agricultura brasileira. Nesse aspecto os contrastes nacionais são enormes. Um exemplo basta para ilustrar essa situação. São Paulo e Paraná respondem por quase 50% da produção agrícola nacional e contribuem em média com 2% das queimadas. Já o Mato Grosso, sozinho, contribui com quase 20% das queimadas do País (o dobro do total das regiões Sul e Sudeste juntas) para uma produção agrícola muito limitada.

Queimadas na Amazônia

O número de queimadas na Amazônia apresenta uma tendência constante de crescimento ao longo dos anos, nitidamente a partir de 1996, mas com variações interanuais determinadas pelas condições climáticas. O ano de 1994 foi marcado por uma redução significativa das queimadas devido a uma combinação de situação econômica e condições climáticas desfavoráveis. Já o ano de 1997, até o início de 1998, foi marcado por um grande aumento das queimadas que culminaram com um episódio inédito e de grande repercussão com os incêndios no Estado de Roraima
Quando os pequenos agricultores desmatam a floresta amazônica, no primeiro ano só conseguem queimar uma pequena parte da fitomassa florestal: folhas, pontas de galhos, ramagens etc. No segundo ano, esse material lenhoso está mais seco e queima um pouco mais. Pesquisas da Embrapa Monitoramento por Satélite com 450 propriedade rurais na região indicam que são necessários cerca de oito anos para que o agricultor consiga queimar todos os resíduos lenhosos. Isso significa que uma área desmatada queima repetidas vezes durante oito anos. Nesse sentido, o constante desmatamento da Amazônia vai gerando um acúmulo de novas queimadas. Elas somam-se às queimadas das áreas ocupadas antigas onde são usadas regularmente como técnica agrícola para limpar pastos, eliminar restolhos de culturas, combater pragas e doenças, renovar áreas, obter brotação precoce em pastagens.



Queimadas

Queimadas na Amazonia



A Amazônia é uma das maiores florestas de todo o planeta. Mais de 60% de toda a sua cobertura estão localizados no território brasileiro. Além disso, ela é formada por vários ecossistemas, entre os mais importantes estão: formações pioneiras, matas de terra firme, mata de várzea, formações pioneiras, matas de igapós, etc.
No ano 2000, a floresta foi considerada Patrimônio da Humanidade, pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). Ela abriga milhares de espécies de animais e plantas. A maior parte da fauna Amazônia é composto por animais que ocupam as copas de arvores gigantescas, as quais podem atingir cerca de 50 metros.
Ao contrário do que muita gente pensa, o solo da região é bastante pobre e contém apenas uma pequena camada de nutrientes. Mesmo assim, sua biodiversidade é mantida graças ao estado de equilíbrio atingido pelo ecossistema local. O problema é que a riqueza desta enorme floresta está sendo ameaçada por causa da ação humana. Além das madeireiras ilegais, que atuam na Amazônia, existem as queimadas, que destroem áreas imensas em muito pouco tempo.
A situação é agravada com a falta de fiscalização. Por se tratar de uma região muito vasta e pouco habitada, é preciso um número efetivo de profissionais para cuidar deste patrimônio. Caso contrário, sua destruição deve continuar pelos próximos anos, o que trará conseqüências drásticas não só aos brasileiros, mas a toda a humanidade.
As queimadas da Amazonia podem ter muitas fontes, mas a principal delas é a ação de alguns fazendeiros que, após derrubarem centenas de arvores, queimam o local para plantarem produtos agrícolas. Isso tudo acarreta ao desmatamento e prejudica a vida humana e de todos os seres vivos no planeta.
A floresta que só nos dá tantos benefícios está pedindo socorro, e somente os próprios causadores dessa catástrofe pode reverter esse quadro terrível, tomando consciência de seus maus atos perante a natureza, o ambiente em que vive e a sua própria vida.

Homilia de 21/06/11

Temos aqui mais algumas sentenças esparsas da coleção de Mateus, compiladas no Sermão da Montanha. A primeira dessas sentenças é enigmática e choca por seu teor rude e discriminatório. Estamos próximos da conclusão desse sermão [Sermão da Montanha] sobre a vida no Reino de Deus. Jesus chama Seus ouvintes para fazerem uma escolha e depois dá-lhes a “regra de ouro” do agir: “Fazei aos outros o que quereis que vos façam“.

Esta norma de comportamento faz parte da cultura universal e supre a complexidade de toda a Lei e dos Profetas. A alusão às portas e aos caminhos, largos ou estreitos, aponta para o Império Romano. Na ânsia de exploração e dominação, construíram largas estradas para as grandes cidades dominadas, com suas amplas portas, centros de produção e comércio, favorecendo a expropriação. O acesso às pequenas aldeias do povo humilde e pobre era feito por estreitas vias. Para isso, Ele conta três metáforas — uma sobre duas portas, outra sobre duas árvores e outra sobre dois alicerces. Um local conhecido, hoje em dia na cidade de Belém, é a Igreja da Natividade, construída onde se acredita que Jesus tenha nascido.
A imensa igreja tem apenas uma pequena entrada. Para entrar nela, através dessa pequena porta, a pessoa tem que se curvar, praticamente tem de se agachar. E não há possibilidade de entrar levando consigo alguma bagagem. O significado da pequena entrada dessa igreja é claro. Há apenas uma porta por onde se pode entrar no Reino de Deus e esta porta é estreita. Jesus deixa claro que Ele é a única porta para as ovelhas. Ele é o único caminho para o Céu e para o dom da vida eterna.
O discípulo deve rejeitar as largas estradas do império e seguir o humilde caminho dos pequenos e excluídos. Todos procuram uma vida melhor e mais segura, por isso, se fadigam e correm. Numa tarefa assim tão importante, é conveniente que não andemos atrás dos outros, mas que verifiquemos com cuidado e sabedoria em quais mãos colocamos o nosso futuro, a nossa eternidade. Não nos esqueçamos de que o Guia seguro que devemos buscar é Jesus.
A porta é estreita, mas quando se passa por ela, os campos são verdes, a água é cristalina, a proteção é completa. Há fartura, alegria e paz do outro lado, o lado da vida plena em Cristo Jesus.
Padre Bantu Mendonça





Liturgia de 21/06/11

Terça-Feira, 21 de Junho de 2011

São Luís Gonzaga


Primeira leitura (Gênesis 13,2.5-18)



segunda-feira, junho 20, 2011

Julgar o próximo

"Não julgar e não condenar o próximo", pede o Papa
"Aprendamos do Senhor Jesus a não julgar e a não condenar o próximo", foi o pedido do Papa Bento XVI.
O Santo Padre refletiu sobre o Evangelho da mulher adúltera e as palavras de Jesus: "aquele de vós que estiver sem pecado seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. "Estas palavras estão cheias da força desarmante da verdade, que abate o muro da hipocrisia e abre as consciências a uma justiça maior: a do amor, em que consiste a realização plena de cada preceito. É a justiça que salvou também Saulo de Tarso, transformando-o em São Paulo".
"Deus deseja para nós somente o bem e a vida; ocupa-se da saúde da nossa alma através dos seus ministros, libertando-nos do mal com o Sacramento da Reconciliação, para que ninguém se perca, mas todos se possam converter", acrescentou o Papa. 
 Bento XVI exortou os pastores a imitar São Cura d’Ars no ministério do perdão sacramental, para que os fiéis redescubram o seu significado e beleza e sejam restabelecidos pelo amor misericordioso de Deus, o qual chega ao ponto de esquecer voluntariamente o pecado para nos perdoar.
O Papa concluiu convidando todos a aprender do Senhor Jesus a não julgar e a não condenar o próximo. “Aprendamos a ser intransigentes com o pecado - a partir do nosso – e indulgentes com as pessoas. Que nisto nos ajude a santa Mãe de Deus que, isenta de qualquer culpa, é medianeira de graça para cada pecador arrependido".



Homilia de 20/06/11

Num mundo marcado por falsos juízos, Jesus nos adverte: “Não julgueis, para que não sejais julgados”.

Esta expressão – que pode tranquilamente se entender por criticar – é das mais conhecidas, mas nem sempre é interpretada corretamente.
O julgamento que não devemos fazer é aquele em que nos colocamos em lugar de juiz para condenarmos ou falarmos mal a respeito do nosso irmão ou nosso próximo segundo nossa própria avaliação. Isso, porém, não se refere ao discernimento que deve ser exercido pelo cristão – ou pela Igreja – para se proteger contra os que praticam o mal ou ensinam falsidades, ou para manter a disciplina para o bem da Igreja.
Quem ousa julgar os outros sofrerá a consequência desta usurpação de poder, pois também virá a ser julgado pela mesma medida – e achado em falta!
Lembremo-nos sempre das nossas próprias imperfeições antes de nos colocarmos no lugar de “juiz” para apontar as faltas dos outros. O Senhor Jesus chama isso de hipocrisia: é preciso primeiro eliminar nossas próprias faltas e imperfeições antes de julgarmos as dos outros. As nossas, sob esta perspectiva, são maiores e se comparam a uma trave em nosso olho quando só podemos ver um argueiro no olho do nosso irmão.
Ao nos depararmos com pessoas tão perversas que tratam as verdades divinas com total desprezo e reagem com violência quando lhes falamos do Evangelho, não temos a obrigação de continuar insistindo com elas. Se o fizermos, apenas estaremos aumentando a condenação que já pesa sobre elas. Nem sempre é fácil perceber quando uma pessoa pode ser classificada nessa categoria, mas, quando em dúvida, temos o recurso de pedir discernimento em oração.
Por isso, reze: “Pai, livra-me de julgar meus semelhantes de maneira severa e impiedosa. Que eu seja misericordioso com eles, assim como és misericordioso comigo. Amém!”


Padre Bantu Mendonça

Liturgia de 20 de Junho de 2011

Segunda-Feira, 20 de Junho de 2011



12ª Semana Comum



Primeira leitura (Gênesis 12,1-9)
Primeira leitura (Gênesis 12,1-9)
 
Leitura do Livro do Gênesis.

Naqueles dias, 1o Senhor disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!”


4E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de Harã. 5Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, bem como todos os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de Canaã e ali chegaram.


6Abrão atravessou o país até o santuário de Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra. 7O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: “Darei esta terra à tua descendência”. Abrão ergueu ali um altar ao Senhor que lhe tinha aparecido.


8De lá, deslocou-se em direção ao monte que estava a oriente de Betel, onde armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a oriente. Ali construiu também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. 9Depois, de acampamento em acampamento, Abrão foi até o Negueb.






- Palavra do Senhor.


- Graças a Deus.


Salmo (Salmos 32)


— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!



— Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!




— Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.


— Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.


— No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!


Evangelho (Mateus 7,1-5)



— O Senhor esteja convosco.



— Ele está no meio de nós.


— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.


— Glória a vós, Senhor.



Naquele tempo disse Jesus aos seus discípulos: 1“Não julgueis e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes.

3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer a teu irmão: ‘Deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão”.





- Palavra da Salvação.


- Glória a vós, Senhor.

Oração da Liturgia das Horas

Oração





Senhor nosso Deus, que confiastes ao ser humano a missão de guardar e cultivar a terra, e colocastes o sol a seu serviço, dai?nos a graça de neste dia trabalhar com ardor pelo bem dos nossos irmãos e irmãs para o louvor de vossa glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. Amém

sexta-feira, junho 17, 2011

Homilia de 17/06/11

PARA ONDE DIRECIONO MEU OLHAR?

Continuamos com a nossa reflexão sobre as bem-aventuranças. E, hoje, o Evangelho nos faz duas recomendações sobre como fazermos uso dos nossos olhos e como nos devemos relacionar com os bens materiais.
Nos quarenta anos de deserto, o povo eleito foi provado para ver se era capaz de observar a Lei de Deus (cf. Ex 16,4). A prova consistia nisto: ver se eles eram capazes de recolher só o necessário de maná para cada dia e de não acumulá-lo para o dia seguinte.
E hoje, na mesma linha, Jesus diz: “Não acumuleis riquezas aqui na terra, onde as traças e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e roubam”.
O que significa “acumular tesouros no céu”? Trata-se de saber de onde vim, o que faço aqui na terra e para onde vou. Descobrir qual o fundamento da minha existência e nele colocar a minha confiança. Se o deposito nos bens materiais desta terra, sempre corro o perigo de perder o que acumulei.
Porém, se este fundamento é Deus, ninguém vai poder destruí-lo e terei a liberdade interior de partilhar com os outros os bens que possuo. Para que isso seja possível e visível é importante que se crie uma convivência comunitária que favoreça a partilha e a ajuda mútua, na qual a maior riqueza ou tesouro não é a riqueza material, mas sim a riqueza ou o tesouro da convivência fraterna nascida a partir da certeza trazida por Jesus de que Deus é o meu Pai e Pai de todos. E se Ele é nosso Pai todos nós somos irmãos. E é em nosso Pai, é n’Ele, que deve estar o nosso coração de filhos.
A lâmpada do corpo é o olho, porque, como afirmou Cristo: “Os olhos são como uma luz para o corpo”. Mas, para entender o que o Senhor nos pede, é necessário ter olhos novos. Jesus é exigente e pede muita coisa: não acumular, não servir a Deus e ao dinheiro ao mesmo tempo. Essas recomendações exigentes tratam daquela parte da vida humana, na qual as pessoas têm mais angústias e preocupações. É urgente que tenhamos o nosso olho lúcido e sadio, porque “Se teu olho estiver doente, todo o teu corpo estará também doente”.
Na realidade, a pior doença que se possa imaginar é uma pessoa fechar-se em si mesma e em seus bens e confiar somente neles. É a doença da tibieza, da mesquinhez. Quem olha a vida com este olhar viverá na tristeza e na escuridão. O remédio para curar esta doença é a conversão, a mudança de mentalidade e de ideologia. Colocando o fundamento da vida em Deus, o olhar se torna generoso e a vida toda se torna luminosa, pois faz nascer a partilha e a fraternidade.
Jesus quer uma mudança radical. Quer que vivamos como Deus é. A imitação de Deus leva à partilha justa dos bens e ao amor criativo, que gera fraternidade verdadeira.
Onde está a sua riqueza, aí estará o seu coração. Onde está a sua e a minha riqueza? Muitas pessoas idolatram o marido, a esposa, os filhos – ou parentes – colocando-os acima de Deus. Outras colocam em primeiro lugar o dinheiro, os bens materiais (o carro, o cavalo, a vaca, as joias etc.) e relegam para o segundo – ou o último lugar – Deus e a família. Esquecem-se de que é em Deus, é no amor ao próximo como a si mesmo, que está a fonte da vida.
Meu irmão, a você eu me dirijo e pergunto: Que luz você tem como referência? Para onde direciona o seu olhar? Para as coisas do mundo ou para o Círio Pascal, que é a fonte da luz sem ocaso? Ele é a luz no mundo, quem Lhe segue não se engana nem na vida e nem na morte.
Padre Bantu Mendonça

Liturgia de 17/06/2011

Sexta-Feira, 17 de Junho de 2011
11ª Semana Comum


Primeira leitura (2º Coríntios 9,6-11)

Leitura da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios.

Irmãos, 6“quem semeia pouco colherá também pouco e quem semeia com largueza colherá também com largueza”. 7Dê cada um conforme tiver decidido em seu coração, sem pesar nem constrangimento; pois Deus “ama quem dá com alegria”.
8Deus é poderoso para vos cumular de toda sorte de graças, para que, em tudo, tenhais sempre o necessário e ainda tenhais de sobra para toda obra boa, 9como está escrito: “Distribuiu generosamente, deu aos pobres; a sua justiça permanece para sempre”.
10Aquele que dá a semente ao semeador e lhe dará o pão como alimento, ele mesmo multiplicará as vossas sementes e aumentará os frutos da vossa justiça. 11Assim, ficareis enriquecidos em tudo e podereis praticar toda espécie de liberalidade, que, através de nós, resultará em ação de graças a Deus.

- Palavra do Senhor.
- Graças a Deus. 

 Salmo (Salmos 111)

— Feliz aquele que respeita o Senhor!
— Feliz aquele que respeita o Senhor!
— Feliz o homem que respeita o Senhor e que ama com carinho a sua lei! Sua descendência será forte sobre a terra, abençoada a geração dos homens retos!
— Haverá glória e riqueza em sua casa, e permanece para sempre o bem que fez. Ele é correto, generoso e compassivo, como luz brilha nas trevas para os justos.
— Ele reparte com os pobres os seus bens, permanece para sempre o bem que fez, e crescerão a sua glória e seu poder.                                          
Evangelho (Mateus 6,1-6.16-18)


— O Senhor esteja convosco.
— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo Mateus.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.
2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa.
5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa.
6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.
16Quando jejuardes, não fi­queis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.
17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

quarta-feira, junho 15, 2011

Desmatamento

A destruição de matas e suas conseqüências
Desmatamento
O que é o desmatamento?O desmatamento, ou também chamado de desflorestação é o processo de desaparecimento de matas (maciços florestais), fundamentalmente causado pela atividade humana.
Ponto fraco na educação

Será que temos boa consciência ambiental?
Faça um teste:
pergunte para algumas pessoas se elas conseguem te dar 4 motivos ambientais ou socioeconômicos para evitarmos a destruição de matas.
É bem provável que nenhuma delas consiga lhe dizer nem 2 motivos coerentes, os governantes e legisladores do nosso país têm a mesma consciência sobre o assunto.
Isso ocorre porque a discussão ambiental se resume a dizer que não se deve desmatar, sem tentar provar que essa é uma opinião racional. Mas nossa consciência exige justificativas para tomar decisões, mesmo que não estejamos percebendo. Além disso, o ambientalismo hoje, é facilmente associado ao radicalismo, o que é um erro.           

Quem desmata? O desaparecimento de florestas no Brasil é causado por três fatores principais: a obtenção de solo para a agropecuária, a indústria madeireira, e a especulação imobiliária.
Isso ocorre por dois principais motivos: falta de conseqüência ambiental, e falta de fiscalização do governo sobre o cumprimento das leis.
           
Conseqüências do desmatamento Para que possamos lidar com o desmatamento, é necessário conhecermos bem suas causas. Aqui estão listadas as principais conseqüências da derrubada de matas.

Prejuízos ambientais:
  1. Perda de biodiversidade: Os seres vivos que hoje estão nas vegetações nativas foram originados por um lento processo evolutivo, que levou bilhares de anos. A perda da diversidade de seres, além da perda de variedade genética, é um processo irreversível
    .
  2. Degradação dos mananciais: A retirada da mata que protege as nascentes causa sérios problemas ao bem que está cada vez mais escasso em todo o mundo: a água. Isso ocorre principalmente devido à impermeabilização do solo em torno da água.
  3. Aterramento de rios e lagos: Com o solo sem cobertura vegetal abundante, a erosão ocorre em intensidade e freqüência espantosas, sendo o solo levado diretamente aos rios e lagos. Lembrando que a erosão é a perda de solo causada por água e vento. Esse processo faz com que o volume dos lagos seja limitado, e a vazão dos rios seja comprometida.
  4. Redução do regime de chuvas: Pode não parecer, mas a maior parte da água das chuvas continentais vem das próprias áreas continentais, e não do mar. A derrubada de grandes áreas com matas altera o clima das regiões, causando normalmente períodos estendidos de estiagem.
  5. Redução da umidade relativa do ar: A evapotranspiração das folhas é um dos principais reguladores da umidade do ar, além de promover a regulação da temperatura nos ambientes em que estão. A derrubada de matas deixa o ar mais seco e a temperatura mais elevada e instável.
  6. Aumento do efeito-estufa: As florestas são grandes reservas de carbono, que guardam o carbono em sua estrutura orgânica. Ao queimarmos essas florestas, quase todo o carbono absorvido pelas plantas volta à atmosfera, causando considerável aumento no efeito-estufa, tornando o planeta ainda mais quente.
  7. Comprometimento da qualidade da água: A maior erosão e lixiviação causada pelo desmatamento fazem com que a qualidade da água seja comprometida, tornando-a sempre turva e muitas vezes imprópria para ao consumo.
  8. Desertificação: A retirada de matas associada a manejos inadequados do solo, tem causado a desertificação dos ambeintes, onde a ausência de vida predomina.
Prejuízos socioeconômicos:
  1. Redução do turismo: As áreas de mata nativa são sem dúvida um grande atrativo, principalmente ao eco-turismo. Apesar disso, muitas cidades e estados não conhecem esse potencial e não aproveitam. O desaparecimento de matas traz perdas incalculáveis e irreversíveis ao turismo nesses locais.
  2. Perda do potencial hídrico brasileiro: O Brasil é a maior reserva de água do mundo. Com o desmatamento, há degradação das nascentes e dos rios, descartando a possibilidade do Brasil se tornar poderoso por possuir a maior parte desse bem tão essencial.
  3. Perda do potencial farmacêutico: O Brasil, possuidor da maior biodiversidade biológica do mundo, faz baixíssimo proveito do potencial farmacêutico bilionário de suas plantas. Muitos dos remédios e cosméticos que circulam pelo mundo são feitos com extratos de plantas descobertas em nossas matas. Na verdade, não conhecemos nem a metade das espécies que existem no nosso país. O desmatamento traz conseqüências irreversíveis ao setor.
  4. Perda do potencial genético: Poucos sabem, mas o desenvolvimento da agricultura depende de programas de melhoramento genético, que dependem diretamente de espécies nativas das plantas cultivadas. A resistência a doenças e pragas é muitas vezes adquirida através do cruzamento de parentes próximos nativos encontrados com a cultura em questão.