sábado, março 09, 2013

COMO FAZER A VONTADE DE DEUS NESTE MUNDO


Nesta parábola, temos a oposição radical entre dois orantes e dois tipos de oração: a oração arrogante e autossuficiente do fariseu e a oração confiante e humilde do publicano. A oração do fariseu é típica das tradicionais orações de Israel. Aparentemente, é uma oração de agradecimento a Deus. Contudo, por seu conteúdo, adquire outro sentido.
O fariseu “agradece” por ser um justo, observante, diferenciado e separado dos “pecadores” como o publicano que ali estava presente.
O fariseu coloca-se diante de Deus numa atitude de senhor e não de servo. Faz negócio com Deus: “Eu te dou as minhas boas obras e Tu és obrigado a dar-me a salvação eterna”. Toma uma posição de igualdade com Deus, na medida em que se sente com direitos diante d’Ele.
O fariseu colocou-se como ponto de referência em relação ao pecador e ao próprio Deus na condição de superioridade em relação ao pecador, e na de quase igualdade perante Deus.
Sua oração é uma oração de autossuficiência e de desprezo aos outros, que, em nome de Deus, fundamenta uma posição de privilégios e poder.
O outro orante, o publicano, tem a atitude de um pobre que confia totalmente em Deus. Ele, humilhado e excluído pelo sistema religioso que o considera um pecador, é consciente de sua pequenez e de sua dependência de Deus. À medida que o “justo” rompe a comunhão com o próximo, ele rompe a comunhão com Deus.
O pecador relaciona-se apenas com Deus e não se mete na vida do vizinho.
O pecador, pelo contrário, pensa e pensa bem. Pois ele nada tem para dar em troca a Deus e que não tem quaisquer direitos a reclamar d’Ele. De seu tem apenas o pecado e d’Ele espera apenas o perdão. A parábola não é, pois, sobre a oração, mas sobre a justificação diante de Deus e pretende responder à eterna pergunta: “Como fazer a vontade de Deus neste mundo?” Cada um dos personagens apresenta-nos a sua resposta e a sua atitude de vida.
O pecador se salva, torna-se justo diante de Deus, não pelas obras humanas, pelo seu esforço no cumprimento de determinados preceitos, mas pela graça de Deus; ou seja, só pelo poder de Deus é que o homem é salvo, e não pelo que é ou faz. Acolher Jesus e a sua Palavra numa fé confiante, é o único caminho da salvação.
Alguém perguntará: “Então, as nossas boas obras nada valem diante de Deus?” O problema não deve ser colocado desse modo. Aqui não se trata de um problema de conteúdo, isto é, de obras, mas da perspectiva com que se fazem as obras. Expliquemos: o fariseu não foi condenado pelas boas obras que praticou, mas por confiar apenas nelas e nas suas próprias forças para fazê-las. Foi condenado por não as atribuir a Deus nem as relacionar com Ele.
A lição que devemos tirar deste texto é: o cristão deve estar atento para não abrir a porta à tentação da soberba perante o outro homem e da autojustificação perante Deus. Pelo contrário, optará por uma atitude de caridade e grande compreensão em relação às outras pessoas como sempre fez Jesus e por um esvaziamento de si, para que Deus o encha do seu perdão e da sua misericórdia.
Padre Bantu Mendonça

MENSAGEM: 09/03/2013


09/03 Mulher, bênção de luz repartida



Mulher, berço primeiro da vida, 
mulher, todos os filhos são teus! 
Mulher, bênção de luz repartida, 
mulher, rosto materno de Deus.

Quando Deus não quis o homem só no paraíso, 
na mulher primeira completou a criação. 
Pois sabia que o amor materno era preciso, 
para a vida ter a sua multiplicação. 

Quando Deus pensou reconstruir o paraíso, 
na mulher perfeita pôs a sua Encarnação. 
Pois sabia que o amor materno era preciso 
para a vida receber o dom da salvação. 

Quando Deus pensou humanizar o paraíso, 
na mulher plantou a missionária vocação. 
Pois sabia que o amor materno era preciso, 
para a vida ser vivida em paz e comunhão. 

COMENTÁRIOS do Evangelho: 09/03/2013


O FARIZEU E O PUBLICANO

Atitudes do homem diante de Deus
A parábola do fariseu e do publicano é própria a Lucas. A parábola confronta duas atitudes do homem diante de Deus. Os destinatários da parábola são aqueles que confiam em si mesmos porque se julgam justos, e desprezam os outros (cf. v. 14). O fariseu retém na sua oração o motivo de sua justiça: jejuava duas vezes por semana e pagava o dízimo de toda a sua renda (v. 12). Sabe que a observância dos preceitos da Lei é dom de Deus, por isso agradece (cf. v. 11). A contradição da sua justiça expressa na sua oração, que ele faz intimamente, é o desprezo e o juízo dos outros que ele considera ladrões, desonestos, adúlteros; nem o publicano, que rezava ao lado dele, escapou. A oração do publicano está centrada na sua falta, e ele se apresenta humilde diante de Deus: ". ficou à distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu." (v. 13). A falta do fariseu é que ele se cria justo e a causa de sua justiça era, segundo ele, mérito seu; quanto ao publicano, ele é justificado porque se abre para o dom da salvação de Deus. A salvação que vem de Deus não é mérito, é dom e, enquanto tal, deve ser recebida. 

Carlos Alberto Contieri, sj

ORAÇÃO

Pai, faze-me consciente de minha condição de pecador, livrando-me da soberba que me dá a falsa ilusão de ser superior a meu próximo e mais digno de me dirigir a ti. AMÉM

Evangelho: 09/03/2013


EVANGELHO DO DIA


Parábola do fariseu e do publicano - Lc 18,9-14

Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda'. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: 'Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!' Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura,rezando com São Patrício:

VIVO

Vivo pela força de Deus,
pelo poder de Deus a me sustentar,
pela sabedoria de Deus a me orientar,
pelos olhos de Deus iluminando meu caminho!

Vivo

Pela Palavra de Deus pronunciada antes de mim,
Pela mão de Deus a me proteger,
Pelo caminho de Deus aberto à minha frente!
Cristo em meu descanso
Cristo no coração de toda pessoa que pensa em mim,
Cristo nos lábios de toda pessoa que fala em mim,
Cristo em todos os olhos que me vêem,
Cristo em cada ouvido que me escuta.
Fica comigo, Senhor! (São Patricio)

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Lc 18,9-14, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Nesta parábola, Jesus fala de um fariseu que vive uma falsa religiosidade e de um publicano autêntico. O fariseu, satisfeito de si mesmo, se julga melhor e despreza os demais. Ele dá graças a Deus pela sua própria bondade e observâncias. O publicano era tido como pecador. Diante de Deus ele não rejeita este rótulo. Assume-o no arrependimento. E pede piedade: "tem pena de mim, ó Deus". Nesta parábola, Jesus nos ensina que o arrependimento e a confissão de nossos pecados são atitudes de humildade que nos libertam diante de Deus.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje? Como Jesus, pelo poder do Espírito, tenho algo a agradecer ao Pai.
O que o texto me diz no momento? O texto me fala da autêntica oração que supõe o reconhecimento de nossos limites e da ação de Deus. Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "O sacramento da reconciliação é o lugar onde o pecador experimenta de maneira singular o encontro com Jesus Cristo, que se compadece de nós e nos dá o dom de seu perdão misericordioso, faz-nos sentir que o amor é mais forte que o pecado cometido, nos liberta de tudo o que nos impede de permanecer em seu amor, e nos devolve a alegria e o entusiasmo de anunciá-lo aos demais com o coração aberto e generoso." (DAp 254).

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Faço minha oração pessoal, ofereço o meu trabalho do dia:
Rezo com todos os internautas:

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver meu diz com o coração agradecido ao Pai e na alegria de poder testemunhá-lo.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.