quinta-feira, maio 03, 2012

MÊS DE MAIO, MÊS DE MARIA

Formações

Nossa Senhora Aparecida - Padroeira do Brasil

Nossa Senhora Aparecida é aclamada Padroeira do Brasil
No ano de 1717, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, passou na então Vila de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba, Estado de São Paulo, com destino a Minas Gerais.

A Câmara local, empenhada em receber tão grande autoridade, cuidou de preparar um banquete à altura da importante visita. Para tanto, pescadores locais foram convocados a trazer muito peixe para o conde e sua comitiva. A ordem foi prontamente atendida pelos pescadores Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, que lançaram suas redes no porto de Itaguaçu (no rio Paraíba). Seus esforços revelaram-se inúteis. Fizeram uma segunda tentativa, próximo a Guaratinguetá. Dessa vez, para surpresa deles, a rede trouxe uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça. Após mais alguns lançamentos da rede, conseguiram a parte que faltava à escultura. Lavaram cuidadosamente a imagem e envolveram-na em panos, prosseguindo a pesca. Tantos peixes vieram à rede que tiveram de finalizar seus trabalhos. Filipe Pedroso, homem piedoso, guardando as redes, levou a imagem para casa. Era, de fato, uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, feita de terra-cota, de cor escura.

O pescador ficou com esta imagem em seu poder durante 15 anos. Quando mudou-se para Itaguaçu, deixou-a com seu filho Atanásio, que construiu um singelo oratório-capela, local em que amigos e vizinhos se encontravam para rezar o terço. Então, iniciam-se os prodígios. Certa noite, durante a oração do terço, as velas, que iluminavam a imagem, apagaram-se subitamente, sem que houvesse nenhuma corrente de ar que justificasse tal acontecimento. Uma senhora chamada Silvana Rocha dirigiu-se ao altar para acendê-las novamente. Foi então que tudo se aclarou, as velas se acenderam novamente, sem intervenção de ninguém. Outro acontecimento que mereceu registro foi o de um escravo, de nome Zacarias, que dirigiu-se a Virgem para lhe suplicar que o libertasse do jugo de um senhor cruel. Grande milagre sucede: caem-lhe das mãos as correntes de ferro, sinal de sua condição de escravo. Nossa Senhora atendera seus rogos. Assim, Zacarias tornou-se um homem livre e feliz. As correntes do escravo começaram a enriquecer o acervo dos milagres. E cada vez mais foram aumentando as graças concedidas por Nossa Senhora. Era imperioso construir-se uma capela maior num local mais adequado e maior.

O vigário de Guaratinguetá pediu licença ao então Bispo do Rio de Janeiro e, uma vez escolhido o Morro dos Coqueiros como lugar mais apropriado, em 1743 se iniciou a construção de uma espaçosa capela, que ficou concluída em 1745. No dia 26 de julho, na Festa de Santana, foi benta e celebrou-se a primeira Santa Missa. E as romarias foram-se multiplicando. A capela foi diversas vezes reformada e aumentada, até que, em 1846, começou a ser substituída pela atual. Aos 8 de dezembro de 1888, o novo santuário foi bento e inaugurado pelo Bispo D. Lino Rodrigues de Carvalho.

Em 1894, chegam os Missionários Redentoristas, que iniciaram um admirável trabalho de evangelização e acolhida dos peregrinos. E difundiram por todo o País a devoção a Senhora Aparecida.

No dia 8 de setembro de 1904, Dom José de Camargo Barros colocou sobre a imagem da Virgem uma coroa de ouro e pedras preciosas doada pela Princesa Isabel. O 25º aniversário da coroação da imagem, em setembro de 1929, foi de um brilho inigualável. Grandes romarias, belas celebrações e um Congresso Mariano demonstraram o afeto que a Nação inteira devotava a Virgem Aparecida. Nas sessões deste congresso, os fiéis manifestaram o desejo de que Nossa Senhora Aparecida fosse declarada Padroeira do Brasil. O Papa Pio XI, sensível aos anseios do povo brasileiro, assinou a 16 de julho de 1930 o decreto em que proclamou Nossa Senhora Aparecida Padroeira da Nação Brasileira. Diz o decreto: 'Declaramos e constituímos a Beatíssima Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de Aparecida, Padroeira de todo o Brasil.'

Em 1931, a imagem visitou a então Capital Federal, a cidade do Rio de Janeiro, pela iniciativa do Cardeal D. Sebastião Leme.

Mais de um milhão de fiéis, aclamaram Nossa Senhora Aparecida Padroeira do Brasil.

Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena. Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar a tantos romeiros. Por iniciativa dos Missionários Redentoristas e dos senhores Bispos, teve início no dia 11 de novembro de 1955 a construção da atual Basílica Nova, o maior Santuário Mariano do mundo.

Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo II e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional.

FORMAÇÃO: O Bom Pastor



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O Bom Pastor

Ensina-nos o exercício da autoridade  
Na Palavra de Deus encontramos a expressão “Bom Pastor”, fazendo referência a Jesus Cristo. Mas Jesus não é apenas um pastor com qualificado de “bom”. Ele é também verdadeiro, autêntico e totalmente preocupado com a vida e a dignidade de Suas ovelhas. Ele ultrapassa o nível da bondade, doando a vida pelos Seus. 
Ao olharmos para a figura do Bom Pastor, de Jesus Cristo, devemos olhar para a figura de cada autoridade, para aquelas constituídas no serviço do povo. Servir é um dom, é querer o bem e a prosperidade de quem é servido, superando todo tipo de atitude egoísta, de exploração e desempenho no poder de agir.
Estamos em ano eleitoral outra vez. Está na hora de trabalhar para identificar quem tem atitudes de bom pastor, de serviço e de doação, desinteressada, para com as pessoas mais sofridas. A decisão está nas mãos dos eleitores, de escolher, com o voto consciente, quem realmente vai respeitar e agir em benefício do bem comum e do povo.

Sofremos o peso da corrupção e do descaso para com as pessoas menos favorecidas. Os pobres são sugados no momento do voto. São comprados com dinheiro e com promessas utópicas e esquecidos pela gestão pública. É por isso que não podemos agir como cegos e sem liberdade, vendendo nossa capacidade de decidir.
Jesus Cristo é o Pastor que veio trazer vida plena para todos, diferente daqueles que vêm para roubar, sacrificar e destruir as pessoas. Está aí o grande contraste entre o falso e o verdadeiro pastor. O falso é mercenário, que cuida só dos próprios interesses. O verdadeiro pastor se sacrifica para o bem das ovelhas.
É interessante observar que a má autoridade tem medo do povo e não trabalha, com determinação, para que ele seja organizado e o deixa continuar ignorante para não ter força de ação, ficar sempre de longe e não se envolver. A boa autoridade é aquela que convive e sente as dificuldades do povo e trabalha para o seu bem.

Dom Paulo Mendes Peixoto
Arcebispo eleito de Uberaba - MG