terça-feira, fevereiro 28, 2012

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Dom Damasceno: 'Na quaresma, dedique um tempo à oração, penitência e reconciliação’

Aparecida (SP) 27 fev ( A12/SIR) - Neste 1º domingo da quaresma, o Cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis presidiu a Celebração Eucarística das 8h, no Altar Central, do Santuário Nacional.
Em sua reflexão, Dom Damasceno afirmou que a tradição cristã inspirada no Evangelho recomenda algumas práticas penitenciais que podem nos ajudar neste tempo quaresmal, no processo de nossa conversão e de seguimento de Jesus: a oração, a esmola e o jejum. Na quaresma, a Igreja nos convida a dedicar mais tempo à oração, à leitura da palavra de Deus e a nos aproximar do sacramento da penitência, para nos reconciliar com Deus e nossos irmãos.
De acordo com Dom Damasceno, há outras práticas de piedade como fazer o exercício da via-sacra, a reza do terço, participar dos grupos de oração e reflexão sobre o tema da Campanha da Fraternidade, e muitas outras práti cas religiosas que podem ajudar a viver o espírito da quaresma. “A prática da esmola é uma forma de ajudar o outro em suas necessidades imediatas, mas pode-se também ajudar o outro, ao participar, em parcerias com outras pessoas ou entidades, na construção de uma sociedade mais justa, como nos propõe a CF deste ano, cujo tema é: ‘Fraternidade e Saúde Pública’ e o lema: ‘Que a saúde se difunda sobre a terra’”, acrescentou Dom Damasceno.
O Cardeal também destacou a prática do jejum, que não está muito em voga nos dias atuais. “Muitas pessoas praticam o jejum, como escreve o Papa Bento XVI, na sua mensagem para a Quaresma, apenas como uma terapia para o corpo, para manter a forma, a beleza física, a saúde. Para o cristão, o jejum ajuda a mortificar nosso egoísmo, a controlar nossos instintos, a abrir mais nosso coração ao amor de Deus e do próximo. Jejuar é privar-se livremente de alguma coisa para ajudar o outro”, afirmou Dom Damasceno. O arcebispo de Aparecida alertou os fiéis sobre para que os pais ensinem seus filhos a renunciar a alguma coisa de que eles gostam para ajudar o outro mais necessitado.

“É desde cedo que se aprende a ser solidário, e não há solidariedade sem alguma renúncia, sem sacrifício. Hoje, o perigo é o de atender todos os desejos, caprichos dos filhos, sem exigir nada, sem impor nenhum limite aos filhos em seus desejos”, finalizou.