sábado, novembro 17, 2012

COMPLETAS LITURGIA DAS HORAS


V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo.
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Depois, recomenda-se o exame de consciência (...)
Hino
Ó Cristo, dia e esplendor,
na treva o oculto aclarais.
Sois luz de luz, nós o cremos,
luz aos fiéis anunciais.

Guardai-nos, Deus, nesta noite,
velai do céu nosso sono;
em vós na paz descansemos
em um tranquilo abandono.

Se os olhos pesam de sono,
vele, fiel, nossa mente.

A vossa destra proteja
quem vos amou fielmente.

Defensor nosso, atendei-nos
freai os planos malvados.
No bem guiai vossos servos,
com vosso sangue comprados.

Ó Cristo, Rei piedoso,
a vós e ao Pai toda a glória,
com o Espírito Santo,
eterna honra e vitória.

Salmodia
Ant. Não temerás terror algum durante a noite:
o Senhor te cobrirá com suas asas.

Salmo 90(91)
Sob a proteção do Altíssimo Eu vos dei o poder de pisar em cima de cobras e escorpiões (Lc 10,19).
1 Quem habita ao abrigo do Altíssimo *
e vive à sombra do Senhor onipotente,
2 diz ao Senhor: 'Sois meu refúgio e proteção, *
sois o meu Deus, no qual confio inteiramente'.

3 Do caçador e do seu laço ele te livra. *
Ele te salva da palavra que destrói.
4 Com suas asas haverá de proteger-te, *
com seu escudo e suas armas, defender-te.

5 Não temerás terror algum durante a noite, *
nem a flecha disparada em pleno dia;
6 nem a peste que caminha pelo escuro, *
nem a desgraça que devasta ao meio-dia;

=7 Podem cair muitos milhares a teu lado, †
podem cair até dez mil à tua direita: *
nenhum mal há de chegar perto de ti.

8 Os teus olhos haverão de contemplar *
o castigo infligido aos pecadores;
9 pois fizeste do Senhor o teu refúgio, *
e no Altíssimo encontraste o teu abrigo.

10 Nenhum mal há de chegar perto de ti, *
nem a desgraça baterá à tua porta;
11 pois o Senhor deu uma ordem a seus anjos *
para em todos os caminhos te guardarem
.

12 Haverão de te levar em suas mãos, *
para o teu pé não se ferir nalguma pedra.
13 Passarás por sobre cobras e serpentes, *
pisarás sobre leões e outras feras.

14 'Porque a mim se confiou, hei de livrá-lo *
e protegê-lo, pois meu nome ele conhece.
15 Ao invocar-me hei de ouvi-lo e atendê-lo, *
e a seu lado eu estarei em suas dores.

= Hei de livrá-lo e de glória coroá-lo, †
16 vou conceder-lhe vida longa e dias plenos, *
e vou mostrar-lhe minha graça e salvação'.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Não temerás terror algum durante a noite:
o Senhor te cobrirá com suas asas.

Leitura breve Ap 22,4-5
Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes. Não haverá mais noite: não se precisará
mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles
reinarão por toda a eternidade.

Responsório breve
R. Senhor, em vossas mãos
* Eu entrego o meu espírito. R. Senhor.
V. Vós sois o Deus fiel, que salvastes vosso povo.
* Eu entrego. Glória ao Pai. R.Senhor.

Cântico evangélico, ant.
Salvai-nos, Senhor, quando velamos,
guardai-nos também quando dormimos!
Nossa mente vigie com o Cristo,
nosso corpo repouse em sua paz!

Cântico de Simeão Lc 2,29-32
Cristo, luz das nações e glória de seu povo
29 Deixai, agora, vosso servo ir em paz, *
conforme prometestes, ó Senhor.

30 Pois meus olhos viram vossa salvação *
31 que preparastes ante a face das nações:

32 uma Luz que brilhará para os gentios *
e para a glória de Israel, o vosso povo.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Salvai-nos, Senhor, quando velamos,
guardai-nos também quando dormimos!
Nossa mente vigie com o Cristo,
nosso corpo repouse em sua paz!

Oração
Depois de celebrarmos neste dia a ressurreição do vosso Filho, nós vos pedimos, humildemente,
Senhor, que descansemos seguros em vossa paz e despertemos alegres para cantar vosso louvor.
Por Cristo, nosso Senhor. Amém.

O Senhor todo-poderoso nos conceda uma noite tranquila
e, no fim da vida, uma morte santa.
R. Amém.

Antífona final de Nossa Senhora

Ave, Rainha do céu;
ave, dos anjos Senhora;
ave, raiz, ave, porta;
da luz do mundo és aurora.
Exulta, ó Virgem tão bela,
as outras seguem-te após;
nós te saudamos: adeus!
E pede a Cristo por nós!
Virgem Mãe, ó Maria!

COMENTÁRIO DO eVANGELHO DO DIA

Comentário do Evangelho

Oração dos pobres

Uma das características de Lucas, em seu evangelho, é o grande destaque que dá à oração.
Nesta parábola, a viúva, que é uma das categorias de excluídos na Bíblia, representa o povo oprimido. O juiz é a expressão da classe dirigente, elitista e opressora. A insistência e a perseverança da viúva vencem a indiferença e a omissão do juiz iníquo. Se o pedido insistente da viúva demoveu o juiz iníquo de sua posição omissa, com maior razão Deus fará justiça aos seus, que a ele clamam dia e noite. É o clamor do seu povo, oprimido por um poder injusto, opressor e idólatra do dinheiro. Este poder acumula as riquezas que deveriam ser destinadas à promoção da vida no mundo e as aplica nas fabulosas e sofisticadas armas de destruição. É o clamor que exprime o desejo de uma nova sociedade, com a restauração da justiça e da vida plena para todos.

José raimundo Oliva

17 de novembro SANTO DO DIA



Santa Isabel da Hungria
Isabel da Hungria era princesa, foi rainha e se fez santa. Era a filha do rei André II, da Hungria, e da rainha Gertrudes, de Merano, atual território da Itália. Nasceu no ano de 1207, e naquele momento foi dada como esposa a Luís, príncipe da Turíngia, atual Alemanha. Desde os quatro anos viveu no castelo do futuro marido, onde foram educados juntos.
O jovem príncipe Luís amava verdadeiramente Isabel, que se tornava cada dia mais bonita, amável e modesta. Ambos eram católicos fervorosos. Luís admirava a noiva, amável nas palavras e atitudes, que vivia em orações e era generosa em caridade com pobres e doentes.

A mãe de Luís não gostava da devoção da sua futura nora, e tentou convencer o filho de desistir do casamento, alegando que Isabel seria uma rainha inadequada politicamente. A própria Corte a perseguia por causa de seu desapego e simplicidade cristã. Mas Luís foi categórico ao dizer preferir abdicar do trono a desistir de Isabel. Certamente, amava-a muito.

No castelo de Wartenburg, quando atingiu a maioridade, foi corado rei e casou-se com Isabel, que se tornou rainha aos catorze anos de idade. Ela foi a única soberana que se recusou a usar a coroa, símbolo da realeza, durante a cerimônia realizada na Igreja. Alegou que, diante do nosso Rei coroado de espinhos, não poderia usar uma coroa tão preciosa. Foi assim que o então rei Luís IV acompanhou a seu desejo e tornou-se rei sem colocar a sua coroa, também, diante de Cristo.

Foi um casamento feliz. Ele era sincero, paciente, inspirava confiança e era amado pelo povo. Nunca colocou obstáculos à vida de oração, penitência e caridade da rainha, sendo, ao contrário, seu incentivador. Em Marburg, Isabel construiu o Hospital de São Francisco de Assis para os pobres e doentes leprosos. Além de ajudar com seu dinheiro muitos asilos e orfanatos, os quais visitava com freqüência.

Depois de seis anos, a rainha Isabel ficou viúva, com três filhos pequenos. O rei Luís IV, participando de uma cruzada, morreu antes de voltar para a Alemanha. A partir de então, as perseguições da Corte contra ela aumentaram. A tolerância quanto à sua caridade e dedicação religiosa acabou de vez. E o cunhado, para assumir o poder, expulsou-a do palácio junto com os três reais herdeiros ainda crianças.

Isabel ingressou, então, na Ordem Terceira de São Francisco e dedicou-se à vida de religião e à assistência aos leprosos no hospital que ela própria havia construído. Quando os cruzados que acompanhavam seu marido retornaram à Alemanha, ficaram indignados ao constatar como a rainha viúva e os herdeiros haviam sido tratados. Conseguiram fazer a viúva rainha Isabel reassumir o trono, que depois entregou ao seu filho, na maioridade.

Isabel da Hungria faleceu no dia 17 de novembro de 1231, com apenas vinte e quatro anos de idade, em Marburg, Alemanha. Quatro anos depois, em 1235, foi canonizada pelo papa Gregório IX. A Ordem Franciscana Secular venera-a como sua padroeira na festa celebrada no dia de sua morte.

mensagem: DISPONIVEL COMO ARGILA

"O Senhor Deus plasmou o homem com o pó da terra" Gen 2,7

Naquele entardecer da criação, senti passos no jardim. Era ele, o Senhor da Criação. Aconteceu que, nesse entardecer, ele parou, inclinou-se, com um olhar carregado de amor. E, de repente, juntou-me do chão, a mim, pobre e pequeno punhado de terra, e ficou a me olhar pensativo... Remexeu-me longamente... longamente... com todo carinho!

E então, começou a me amassar:
primeiro, retirou de mim uma porção de impurezas que o atrapalhavam: pedrinhas, pedacinhos de pau, ciscos. E eu fui ficando terra pura, do seu gosto. Fez ainda outras operações, que eu não compreendia, nem poderia compreender: "Pode por acaso um vaso dizer do oleiro: eu entendo disso mais que você?"
Is 29,16.

Eu nada perguntei. Oferecia simplesmente o meu ser em disponibilidade de amor. Deixava-me trabalhar. Deixava que ele me fizesse. Porque eu sabia que era obra sua e que ele transformava com amor.
De fato, fui tomando forma. Uma forma à maneira sua, à sua imagem! Pra que eu haveria de servir no futuro? Eu não o sabia." Como argila nas mãos do um oleiro assim estava eu em suas mãos" Jr. 18,6. E fui me tornando obra de Deus. "E ele, aplicava seu coração em aperfeiçoar-me, pondo cuidado vigilante em tornar-se belo e perfeito" Eclo 38,31.

Depois veio uma etapa difícil. Porque foi um forno superaquecido que ao barro veio dar força e consistência.
É calor e o valor da minha vida que leva a bom termo a obra de suas mãos, O SENHOR E CRIADOR.
A cada vaso muito querido, ele dá contornos de eternidade.

Então comecei a olhar em torno de mim. E descobri outros vasos que suas mãos hábeis e cheias de amor haviam amassado e modelado artisticamente. Sem cansar-se, dava ele mais outra de mão àqueles que não haviam saído bem. Cada um tinha a sua forma e sua cor, sem dúvida, isso conforme à sua destinação no mundo. Mas, do mais humilde ao mais rico, todos eram lindos, todos bem feitos. Ele nos tinha feito como ele bem queria...

"Pode, por ventura, um vaso perguntar ao oleiro: porque me fizeste assim?
Não tem o oleiro poder sobre o barro para fazer da mesma argila um vaso de uso nobre e outro de uso vulgar?" Rm 9, 20-21.

Ó Oleiro Divino, Criador e Pai, permite que se cumpra em mim a obra que começaste. Seja meu projeto o teu projeto sobre mim!

Vós sereis na minha mão como a argila na mão do oleiro...

Jeremias 18, 1-6