quarta-feira, fevereiro 29, 2012

Liturgia de 29 de fevereiro de 2012

No tempo de Jesus, as pessoas procuravam sinais do Messias enviado por Deus. As autoridades pediam a Jesus que realizasse um sinal a fim de provar que Ele era, de fato, o Messias. Segundo Lucas, Jesus se recusa até mesmo a apontar o sinal da ressurreição.
Os ninivitas se arrependeram e se converteram com a pregação de Jonas. Jesus veio como um sinal do Pai para a humanidade. Ele é maior do que Jonas e maior do que Salomão.
A quem Jesus chama de geração má? Será que fazemos parte dela? A geração má a qual o Senhor se refere é aquela constituída de uma multidão de gente que não crê na Palavra de Deus e não segue os ensinamentos de Cristo, pois esperam por alguma coisa que venha acontecer e que seja visível aos olhos e sensível ao toque. É a geração dos que querem um sinal para acreditar, mas não enxergam o que está um pouco além da mesma vida medíocre e sem objetivo “do ter, do prazer, do poder, do divertir-se”.
Nós achamos que fazemos parte desse grupo que tem Jesus como sinal, mas, muitas vezes, necessitamos de outros sinais para acreditar na força e no poder de Deus. Cristo nos abre os olhos e nos mostra que os ninivitas acreditaram nas palavras de Jonas; a rainha do Sul (rainha de Sabá) seguiu os conselhos de Salomão e todos foram salvos. E quanto a mim e a você? A quem devemos ouvir para não fazermos parte dessa geração que caminha para o mal?
Convido você a fazer uma reflexão sobre sua vida e pensar se há alguma mensagem do Evangelho na qual você não acredita e, por isso, não a vive como Jesus ensinou. Reflita ainda: você espera algum outro sinal a não ser o da cruz?
Basta-lhe a Palavra de Deus para voltar atrás, arrepender-se e ter vida nova? Você sabe que foi assinalado com o selo do Espírito Santo de Deus? De qual geração você faz parte: da boa ou da má?
Escute a advertência do Senhor: “a rainha de Sabá (cf. 1Rs 10,1) e os ninivitas (cf. Jn 3,4-10) condenarão os que rejeitam Jesus”. Tome consciência disso!
Oxalá, você seja diferente das autoridades daquela época. Jesus é mais sábio que o rei Salomão e muito maior que Jonas, mas as autoridades não Lhe deram ouvidos e não se converteram. Eles preferiram continuar servindo seus próprios e mesquinhos interesses ao invés de se colocarem a serviço do projeto de Jesus que, com justiça, constrói uma nova sociedade e uma nova história. Agindo assim, as autoridades daquele tempo confirmaram que estavam contra Jesus, isto é, do lado de satanás que cria o reino da injustiça.
Saia desta geração! Saia deste partido e converta-se para a geração daqueles que buscam a face do Deus. Venha para Jesus! Assim, você terá vida em plenitude, fruto da justiça divina.
Padre Bantu Mendonça

Bento XVI no 7º Encontro mundial das Famílias

Bento XVI no 7º Encontro mundial das Famílias

Vaticano, 28 fev (SIR) – Na manhã de hoje foi publicado o programa oficial da visita do Santo Padre à cidade de Milão, no norte da Itália, por ocasião do VII Encontro Mundial das Famílias, que tem como tema: “A Família: o trabalho e a festa”. Bento XVI estará presente nos últimos três dias do evento que começará no dia 29 de maio e terminará no dia 03 de junho.

Sexta-feira: 01 de junho, às 17h00 (locais -5h de Brasília) está prevista a chegada o Papa no aeroporto de Milano-Linate, onde será recebido pelas autoridades. Às 17h30, o Santo Padre se encontrará com a cidade de Milão na praça da Catedral onde dirigirá algumas palavras. Às 19h15, Bento XVI estará no Teatro La Scala onde será homenageado com um concerto.

Sábado, 02 de junho: às 10h00 (locais, -5h de Brasília), o Santo Padre celebrará as Laudes na Catedral de Milão, com a participação de sacerdotes, religiosos e religiosas, aos quais dirigirá uma Meditação. Em seguida, Bento XVI irá ao estádio San Siro (palco de grandes jogos de futebol das duas equipes de Milão, o Milan e a Inter[nazionale]) para o encontro com os crismandos da região da Lombardia. Na parte da tarde, no arcebispado, o Papa terá um encontro com as autoridades civis e fará um discurso. Às 20h30, o Santo Padre participará do Encontro Mundial das Famílias na chamada Festa dos Testemunhos, que está fixado no Parque Norte de Milão.

Domingo 03 de Juno: Bento XVI presidirá a celebração da Eucaristia que iniciará às 10h00 (locais -5h de Brasília) no Parque Norte de Milão. Após a oração do Ângelus, às 12h00, o Papa voltará ao arcebispado onde saudará os integrantes da Fundação Milano Famiglie 2012 e os organizadores da visita. Às 17h00, o Papa se despedirá das autoridades no aeroporto de Milano-Linate e voltará para o Vaticano.

Santuario de Aparecida

Santuário entrega cerca de 4 toneladas de alimentos para instituições sociais

Aparecida (SP), 28 fev (A12SIR) - O Santuário Nacional distribui na próxima quarta-feira (29), os alimentos arrecadados durante a ação social ‘Doe um kg de alimento não perecível’, por ocasião do show do cantor Daniel na Inauguração do Centro de Eventos padre Vitor Coelho de Almeida.
A festa de inauguração aconteceu no dia 11 de fevereiro. Foram arrecadados quase 4 toneladas de alimentos não perecíveis. Oito entidades das cidades que formam a Arquidiocese de Aparecida serão beneficiadas, são elas : Lar São Vicente de Paulo de Guaratinguetá, Lar Monsenhor Filippo de Potim, Casa do Pequeno de Aparecida, Lar Nossa Senhora Aparecida, Lar São Vicente de Paulo de Aparecida, ACEPAS – Projeto Social João Paulo II, Santa Casa de Aparecida e Casa da Infância e Juventude de Aparecida.

terça-feira, fevereiro 28, 2012

Noticias - Religião

Dom Damasceno: 'Na quaresma, dedique um tempo à oração, penitência e reconciliação’

Aparecida (SP) 27 fev ( A12/SIR) - Neste 1º domingo da quaresma, o Cardeal arcebispo de Aparecida e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis presidiu a Celebração Eucarística das 8h, no Altar Central, do Santuário Nacional.
Em sua reflexão, Dom Damasceno afirmou que a tradição cristã inspirada no Evangelho recomenda algumas práticas penitenciais que podem nos ajudar neste tempo quaresmal, no processo de nossa conversão e de seguimento de Jesus: a oração, a esmola e o jejum. Na quaresma, a Igreja nos convida a dedicar mais tempo à oração, à leitura da palavra de Deus e a nos aproximar do sacramento da penitência, para nos reconciliar com Deus e nossos irmãos.
De acordo com Dom Damasceno, há outras práticas de piedade como fazer o exercício da via-sacra, a reza do terço, participar dos grupos de oração e reflexão sobre o tema da Campanha da Fraternidade, e muitas outras práti cas religiosas que podem ajudar a viver o espírito da quaresma. “A prática da esmola é uma forma de ajudar o outro em suas necessidades imediatas, mas pode-se também ajudar o outro, ao participar, em parcerias com outras pessoas ou entidades, na construção de uma sociedade mais justa, como nos propõe a CF deste ano, cujo tema é: ‘Fraternidade e Saúde Pública’ e o lema: ‘Que a saúde se difunda sobre a terra’”, acrescentou Dom Damasceno.
O Cardeal também destacou a prática do jejum, que não está muito em voga nos dias atuais. “Muitas pessoas praticam o jejum, como escreve o Papa Bento XVI, na sua mensagem para a Quaresma, apenas como uma terapia para o corpo, para manter a forma, a beleza física, a saúde. Para o cristão, o jejum ajuda a mortificar nosso egoísmo, a controlar nossos instintos, a abrir mais nosso coração ao amor de Deus e do próximo. Jejuar é privar-se livremente de alguma coisa para ajudar o outro”, afirmou Dom Damasceno. O arcebispo de Aparecida alertou os fiéis sobre para que os pais ensinem seus filhos a renunciar a alguma coisa de que eles gostam para ajudar o outro mais necessitado.

“É desde cedo que se aprende a ser solidário, e não há solidariedade sem alguma renúncia, sem sacrifício. Hoje, o perigo é o de atender todos os desejos, caprichos dos filhos, sem exigir nada, sem impor nenhum limite aos filhos em seus desejos”, finalizou.

segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Hóstias contaminadas provocaram alucinações nos fiéis




Hóstias com efeito alucinógeno (Foto: )
Itália - Algumas fiéis da Paróquia Santo Espírito de Campobasso, na região central da Itália, no último domingo, 19, abraçaram o crucifixo, outras começaram a ter visões de santos. Outras, por sua vez, começaram a bater no padre e gritar: "Você é o demônio". Assustado, o padre da Igreja de Campobasso foi obrigado a se esconder na sacristia à espera da polícia.

Passado o tumulto, durante a semana constatou-se que toda essa confusão aconteceu porque as hóstias foram feitas com uma farinha que estava contaminada. Trata-se de um caso de "ergotismo", uma intoxicação alimentar causada por farinhas de cereais contaminadas por esclerócios que atingem a safra do grão.

Esses organismos microscópicos contêm uma grande quantidade de fungos, perigosos para a saúde, entre os quais costumam encontrar-se muitos agentes psicotrópicos, parecidos com o ácido lisérgico, ou LSD.

Comprovou-se, assim, que Padre não teve culpa e a origem da farinha será investigada para evitar outros eventos psicodélicos.
A notícia serve de aviso: se você for Padre e perceber um comportamento extremamente alterado, durante a missa, é prudente desconfiar um pouco.
CorreioBrasil, 26/02/2012

Papa pede orações para semana de retiro espiritual

Bento XVI, no Angelus: "Quaresma, tempo propicio para reforçar a nossa relação com Deus."

Vaticano, 26 -  A tentação de remover Deus, de sozinhos meter ordem em nós mesmos e no mundo, contando apenas com as própria forças, está sempre presente na historia do homem. Afirmou o Papa antes da recitação do Angelus deste domingo comentando o trecho evangélico de Jesus tentado por Satanás no deserto.
Um lugar, o deserto, - disse Bento XVI aos milhares de pessoas congregadas na Praça de S. Pedro que pode indicar o estado de abandono e de solidão, o lugar da fraqueza do homem onde não existem apoios e seguranças, onde a tentação se faz mair forte.
Mas o deserto – acrescentou o Papa – pode indicar também um lugar de refugio e de abrigo, como o foi para o povo de Israel que fugira da escravidão do Egipto, onde se pode experimentar de maneira particular a presença de Deus.
O episodio Evangélico, para Bento XVI ensina que o homem nunca está completamente isento da tentação até que vive, mas é com a paciência e com a verdadeira humildade que nos tornaremos mais fortes do que qualquer inimigo.
“A paciência e a humildade de seguir dia após dia o Senhor, aprendendo a construir a nossa vida não fora dele ou como se Ele não existisse, mas nele e com Ele, porque é a fonte da verdadeira vida.
Com o convite a ter fé em Deus e a converter cada dia a nossa vida á sua vontade, orientando para o bem todas as nossas acções e pensamentos, Bento XVI sublinhou depois que o tempo da Quaresma é o momento propicio para renovar e tornar mais sólida a nossa relação com Deus, através da oração diária, dos gestos de penitencia, das obras de caridade fraterna.
A concluir o Papa pediu a Maria Santíssima que acompanhe o nosso caminho quaresmal com a sua protecção e nos ajude a imprimir no nosso coração e na nossa vida as palavras de Jesus Cristo para nos converter a Ele. E confiou á oração de todos a semana de Exercícios espirituais que esta tarde vai iniciar com os seus colaboradores da Cúria Romana.
O pregador dos exercícios espirituais da Quaresma em que o Papa e a Cúria Romana vão participar é o cardeal africano D. Laurent Monsengwo Pasinya, de 72 anos.
O arcebispo de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, foi escolhido devido ao seu compromisso com a paz no país e por ter sido uma voz importante na defesa dos direitos humanos.
"A comunhão do cristão com Deus" vai ser o tema das pregações deste especialista na Bíblia que em 2008 foi secretário especial do Sínodo dos bispos sobre a Palavra de Deus, e que em novembro de 2010 foi criado cardeal por Bento XVI.
Durante o período dos exercícios espirituais da Quaresma, de 26 de fevereiro a 3 de março, estão suspensas todas as atividades do Papa, incluindo a audiência geral de quarta-feira, dia 29.
RV, 26/02/2012

Campanha de solidariedade pelos cristãos perseguidos

Campanha de solidariedade pelos cristãos perseguidos


Paris, França, 26 fev (SIR) – “Quarenta dias de compaixão através do mundo”: é assim que se chama a nova campanha de solidariedade com os cristãos perseguidos no mundo, lançada durante este tempo da Quaresma pela seção francesa da Ajuda à Igreja que Sofre (Aed-France).
A idéia é de apoiar com a oração todos aqueles cristãos que enfrentam perseguições por causa de sua fé, em particular aqueles dos quais não fala, “para que – explica o site citado pela agência Apic – o sofrimento deles deixe espaço à esperança e possam receber a graça de viver dias melhores”. A campanha permitirá aos que aderem também se informar melhor sobre as perseguições anticristãs em ato em várias partes do mundo.
O objetivo é criar uma comunidade de oração de 20 mil fiéis que insiram em suas orações os cristãos perseguidos em 40 Países. Para aderir à comunidade de oração é suficiente dar o próprio nome e endereço e-mail no link “Dia, País e Oração” da página que permitirá receber todos os dias uma intenção de oração pelos cristãos perseguidos num determinado País. Ainda, é possível inserir uma ou duas orações num Mural virtual de partilha (Mur de Partage) formado por cristãos em dificuldades.
Toda vez que é postada uma oração a fotografia vai se iluminar e sendo maior o número das pessoas que se associam a esta oração mais a fotografia adquirirá visibilidade no mural. A oração que tiver obtido maiores adesões será lida na Noite dos Testemunhos, uma noitada organizada para o próximo dia 25 de maio na Catedral de Notre-Dame de Paris e que será antecedida por uma celebração eucarística.

Meios para maior leveza e agilidade nas instituições. Seminário da CRB

A busca de maior leveza e agilidade nas instituições foi o tema de destaque no Seminário Nacional sobre a Vida Consagrada, neste sábado, 25. O evento promovido pela CRB Nacional - Conferência dos Religiosos do Brasil, reúne desde o dia 23, mais de 400 religiosos e religiosas do país, em Itaici, Indaiatuba- SP.


Irmão Afonso Murad (Foto: CRB)
O tema foi abordado pelo Irmão Afonso Murad, marista, da Equipe de Reflexão Teológica da CRB, que iniciou a sua exposição com a exibição de um vídeo sobre a história de superação de Diego, um menino cego que escreveu em braille, uma redação sobre as cores das flores, com sua máquina de escrever.

Iluminado por essa história, Irmão Murad apresentou alguns meios para diminuir o peso das Instituições que, segundo ele, encontram-se engessadas. “A vida adulta inclui os dois lados: a leveza e a carga, desafios que devemos assumir. O problema é quando isso fica desequilibrado e o peso é maior”, explicou ao apontar a necessidade de eliminar pesos inúteis, mas também “aprender a lidar com aqueles pesos que ainda não convém abandonar e acolher as cargas que fazem parte da existência pessoal e comunitária”, destacou.

Para avaliar pesos inúteis, o assessor propôs textos bíblicos lembrando que “Cristo nos libertou para que sejamos verdadeiramente livres”. Nesse processo, segundo Murad, é importante enfrentar os desafios juntos. Existem cruzes na vida do povo que precisam ser tiradas, mas “sempre que entramos em processos de mudanças temos resistências”, alertou para, em seguida apresentar uma lista de pesos institucionais: “máquina burocrática com muitas estruturas; concentração do poder que afeta as relações interpessoais; excesso de obras e poucas pessoas; atitudes de negativismo, pessimismo; envelhecimento e perda de energia”.

Leveza e agilidade nas estruturas de governo que inclui uma revisão na quantidade e qualidade das reuniões, descentralizar as decisões e responsabilidade, abrir as instituições para a participação dos leigos e profissionais e aprender com congregações que já fizeram as mudanças, são, segundo Irmão Murad algumas das soluções.

Historicamente, com a expansão das obras criaram-se divisões jurídicas em Províncias ou Regiões. “Hoje, com a diminuição de pessoal é preciso enfrentar a redução também das Províncias e rever a prática de comunicação para manter vivo o carisma e a unidade”, explicou ao destacar a importância de se fazer uma gestão dinâmica e mais profissional das instituições.

Sobre a concentração de poder que traz cansaço, desmotivação e repetição, Murad afirmou que isso faz mal tanto para quem manda quanto para os que (des)obedecem além de afetar a vitalidade do carisma. “É necessário investir em novas lideranças. Há casos difíceis de solucionar, reis e rainhas que não soltam a coroa”.

Por fim, falou do envelhecimento e da doença na Vida Congada ressaltando a necessidade de cuidar com carinho dessas pessoas. “Precisamos compreender que ninguém é obrigado a ser leve, mas temos uma oportunidade de melhorar a nossa forma de viver com mudança e conversão para ser mais feliz e alegre. A insegurança gera dureza, a liberdade interior gera leveza e itinerância”, concluiu.

Na sequência, a Equipe de Reflexão Psicológica apontou estruturas pessoas e interpessoais que pesam. Padre Deolino Baldissera, sds, teceu considerações sobre as estruturas pessoais e interpessoais pesadas. O psicólogo destacou três critérios para compreender as pessoas: “examinar o nível de contentamento pessoal; a qualidade das relações com os outros e a qualidade com que a pessoa assume as próprias responsabilidades”.

Segundo padre Deolindo, é possível observar a intensidade dos conflitos nas pessoas através da capacidade que elas têm de fazer a experiência de Deus, estabelecer as relações interpessoais, de estudar e trabalhar. O religioso apontou ainda algumas características que ajudam a perceber quando um indivíduo é mais ou menos saudável. “E isso se refletirá na maior ou menor leveza no exercício de suas funções. Quanto mais saudáveis, mais propensos à leveza”.

Irmã Fátima Moraes, ascj, que também integra a equipe de psicólogos, mostrou as características de uma pessoa pesada. Segundo ela, “essa liderança é rígida com o outro que é visto como uma ameaça e, isso bloqueia a dinâmica da comunidade. O maior peso vem do infantilismo e de coisas insignificantes”.

A pessoa pesada acumula o peso em sua jornada como “dores, mágoas, ressentimentos, o que dificulta a caminhada. Fixa-se em detalhes e não consegue dar passos. É uma pessoa tensa, agitada e desconfiada. São pessoas cansadas, tristes e sujeitas a doenças psíquicas”, alertou. Para a religiosa, a pessoa que é pesada interfere nas relações interpessoais.


Participantes do Seminário sobre a Vida Consagrada destacam a relevância dos temas debatidos no evento
No período da tarde aconteceu a Assembleia Geral Ordinária da CRB, no contexto da temática debatida no Seminário.

De acordo com a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), há uma conformação por parte da VRC com o mundo e ao confrontar essa realidade com o Evangelho, constata-se que Jesus Cristo não é uma conformação, mas uma transformação. É sobre essa questão que se embasa a opção pela temática. Para Frei Moacir Casagrande, assessor da Equipe Bíblica da CRB, a loucura significa dar a vida para o outro ao invés de tomá-la para si. “Essa é a loucura de Deus, Ele se entrega e quer apenas que entremos na dinâmica dele”, finaliza.

Para os organizadores do Seminário, a Vida Consagrada não pode perder a sua essência que consiste na doação total de si, a exemplo de Jesus Cristo. A leveza é necessária para caminhar e “poder chegar até o fim”, enfatiza Casagrande. No decorrer do Seminário, após cada intervenção dos assessores, a assembleia faz ressonância do tema em pequenos grupos. Essa é uma oportunidade para reagir e apresentar sinais de estruturas que dificultam ou facilitam a vida e a missão das congregações. “Mas a gente percebe que o mais importante é rever o próprio coração e as estruturas internas que precisam ser renovadas”, diz Irmã Helena Petri, Provincial da Congregação das Missionárias Agostinianas Recoletas.

A consciência de que é necessário rever a prática das instituições, formas de lideranças, realidades que não eram vistas, são apontadas pelos participantes como fatores positivos na avaliação. Além disso, para Padre Adalto Chitolina, SCJ, a possibilidade de enfocar os assuntos sob ângulos diferentes, teológico, psicológico, bíblico e missionário “ajuda a compreender que, as questões levantadas não se resumem apenas num aspecto, mas tem várias abrangências”, comenta.

Essa busca de uma maior leveza no ser e agir, nas relações comunitárias, na missão e nas obras, é uma busca comum. “Aqui percebermos que os problemas e as alegrias são visíveis em todas as congregações”, comenta Padre Lino Baggio, provincial dos Padres Palotinos. “O tema não vai ficar apenas com as pessoas que estão aqui, eles vão ser repassados para os regionais, as comunidades e congregações”, observa Irmã Solange Damião,CRSD, Presidente da CRB Regional de Belo Horizonte – MG, e destaca a necessidade de dar prosseguimento às discussões realizadas no Seminário.

sábado, fevereiro 25, 2012

Textos da Liturgia 26/02/2012 - 1°. Domingo da Quaresma

A RESTAURAÇÃO DA HUMANIDADE EM CRISTO E O BATISMO

1ª leitura: (Gn 9,8-15) Dilúvio e aliança com a humanidade – O dilúvio é o símbolo do juízo de Deus sobre este mundo. Mas repousa sobre este também sua misericórdia, simbolizada pelo arco-íris. Deus faz uma aliança com Noé e sua descendência, isto é, a humanidade inteira. Apesar do mal, Deus não voltará a destruir a humanidade. É significativo que esta mensagem foi codificada no tempo do declínio do reino de Judá! A fidelidade de Deus dura para sempre. * 9,8-11 cf. Gn 6,18; Os 2,20; Is 11,5-9; 54,9-10; Eclo 44, 18[17b-18]; Rm 11,29 * 9,12-15 cf. Ez 1,28; Ap 4,3.

2ª leitura: (1Pd 3,18-22) Dilúvio e batismo – 1Pd caracteriza-se por seu teor de catequese batismal. O batismo inclui a transmissão de credo. 1Pd 3,18–4,6 contém os elementos do primitivo credo: Cristo morreu e desceu aos infernos (3,18-19), ressuscitou (3,18.21), foi exaltado ao lado de Deus (3,22), julgará vivos e mortos (4,5). Tendo ele trilhado nosso caminho até a morte, nós podemos seguir seu caminho à vida (3,18). O batismo, antítipo do dilúvio, purifica a consciência e nos orienta para onde Cristo no precedeu. * 3,18 cf. Rm 5,6; 6,9-11; Is 53,11; Rm 1,3-4 * 3,20 cf. Gn 6,8–7,7; 2Pd 2,5–3,21 cf. Rm 6,4; Cl 2,12-13 * 3,22 cf. Ef 1,20-21; Cl 1,16-18.

Evangelho: (Mc 1,12-15) Tentação de Jesus no deserto e começo de sua pregação – O batismo de Jesus, sua “provação” no deserto e o fim do ministério do Batista significam o fim da preparação de Jesus. Aproxima-se a grande virada do tempo: Jesus anuncia a boa-nova do Reino de Deus. – A tentação no deserto transforma-se em situação paradisíaca: Jesus é o novo Adão, vencedor da serpente. Seu chamado à conversão é um chamado à fé e à confiança. * 1,12-13 cf. Mt 4,1-11; Lc 4,1-13; Is 11,6-9; Sl 91]90],11-13 * 1,14-15 cf. Mt 4,12-17; Lc 4,14-15; Gl 4,4; Rm 3,25-26.

***

O mal tem muitas faces e, além disso, uma coerência interior que faz pensar numa figura pessoal, embora não identificável no mundo material. Chama-se “satanás”, o adversário; ou “diabo”, destruidor. Está presente desde o início da humanidade. As águas do dilúvio representavam, para os antigos, um desencadeamento das forças do mal. Mas quem tem a última palavra, na criação, é o amor de Deus. Deus não quer destruir o homem, ele impõe limites ao dilúvio e não mais voltará a destruir a terra (1ª leitura). No fim do dilúvio, Deus repete o dia da criação, em que ele venceu o caos originário, separou as águas de cima e de baixo e deu um lugar ao homem para morar. Faz uma nova criação, melhor que a anterior, pois acompanhada de um pacto de proteção. O arco-íris, que no fim do temporal nos alegra espontaneamente, é o sinal natural desta aliança. Oito pessoas foram preservadas, na arca de Noé. Elas serão, graças à aliança, o início de uma nova humanidade.

Deus oferece novas chances. Incansavelmente deseja que o ser humano viva, mesmo sendo pecador (cf. Ez 18,23). Sua oferta tem pleno sucesso com Jesus de Nazaré. Este é verdadeiramente seu Filho (Mc 1,11). Impelido por seu Espírito, enfrenta no deserto as forças do mal – Satã e os animais selvagens –, mas vence, e os anjos do Altíssimo o servem (evangelho). Vitória escondida, como convém na 1ª parte de Mc. Nos seus 40 dias de deserto, Jesus resume a caminhada do povo de Israel e antecipa também seu próprio caminho de Servo de Javé. Por sua fidelidade na tentação, alcança um novo paraíso. Nas próximas semanas, o acompanharemos em sua subida a Jerusalém, obediente ao Pai. Será a verdadeira prova, na doação até a morte, morte de cruz. E “por isso, Deus o exaltou”... (cf. Fl 2,9).

Jesus, porém, não vai sozinho. Leva-nos consigo. Ele é como a arca que salvou Noé e os seus através das águas do dilúvio. Com ele somos imersos no batismo e saímos dele renovados, numa nova e eterna Aliança. Ao fim da Quaresma, serão batizados os novos candidatos à fé. A imagem da arca, apresentada pela 2ª leitura, está num contexto que menciona os principais pontos do credo: a morte de Cristo e sua descida aos ínferos (para estender a força salvadora até os justos do passado); sua ressurreição e exaltação (onde ele permanece como Senhor da História futura, até o fim). Batismo é transmissão da fé.

Portanto, a liturgia de hoje é como o início de uma grande catequese batismal, e isso mesmo é o sentido da Quaresma: prepararmo-nos para o batismo, que é a participação na reconciliação que o sacrifício de Cristo por nós operou (cf. Rm 3,21-26; 5,1-11; 6,3; etc.). Mergulhar com ele na provação que nos purifica. Também os que já foram batizados participam disso, pois, enquanto não tivermos passado pela última prova, estamos sujeitos a desistências. Mas, como à humanidade toda, no tempo de Noé, também a cada um, batizado ou não, Deus dá novas chances: eis o tempo da conversão. Nisso consiste a expressão de seu íntimo ser, que é, ao mesmo tempo, bondade e justiça: “Ele reconduz ao bom caminho os pecadores, aos humildes conduz até o fim, em seu amor” (salmo responsorial). Por essa razão, todos os batizados renovam, na celebração da Páscoa, seu compromisso batismal.

Anima a liturgia de hoje um espírito de confiança. Ora, confiança significa entrega: corresponder ao amor de Deus por uma vida santa (oração do dia). Claro, devemos sempre viver em harmonia com Deus, correspondendo a seu amor, como num novo paraíso. Na instabilidade da vida, porém, as forças do mal nos surpreendem desprevenidos. Mas a Quaresma é um “tempo forte”, e neste devemos aplicar a nós mesmos a prova do nosso amor, esforçando-nos mais intensamente por uma vida santa.


QUARESMA, REGENERAÇÃO

Celebramos o 1º domingo da Quaresma. Muitos jovens nem sabem o que é a Quaresma. Nem sequer sabem o que significa o Carnaval, antiga festa do fim do inverno no hemisfério norte, que, na Cristandade, tornou-se a despedida da fartura antes de iniciar o jejum da Quaresma...

A Quaresma (do latim quadragesima) significa um tempo de quarenta dias vivido na proximidade do Senhor, na entrega a ele. Depois de batizado por João Batista no rio Jordão, Jesus se retirou no deserto de Judá e jejuou durante quarenta dias, preparando-se para anunciar o Reino de Deus (evangelho). Vivia no meio das feras, mas os anjos de Deus cuidavam dele. Preparando-se desse modo, Jesus assemelha-se a Moisés, que jejuou durante quarenta dias no monte Horeb (Êx 24,18; 34,28; Dt 9,11 etc.), a Elias, que caminhou quarenta dias alimentado pelos corvos até chegar a essa montanha (1Rs 19,8). O povo de Israel peregrinou durante quarenta anos pelo deserto (Dt 2,7), alimentado pelo Senhor.

Na Quaresma deixamos para trás as preocupações mundanas e priorizamos as de Deus. Vivemos numa atitude de volta para Deus, de conversão. Isso não consiste necessariamente em abster-se de pão, mas sobretudo em repartir o pão com o faminto e em todas as demais formas de justiça – o verdadeiro jejum (Is 58,6-8). A Igreja viu, desde seus inícios, nos quarenta dias de preparação de Jesus uma imagem da preparação dos candidatos ao batismo. Assim como Jesus depois desses quarenta dias se entregou à missão recebida de Deus, os catecúmenos eram, depois de quarenta dias de preparação, incorporados em Cristo pelo batismo, para participar da vida nova. O batismo era celebrado na noite da Páscoa, noite da Ressurreição. E toda a comunidade vivia na austeridade material e na riqueza espiritual, preparando-se para celebrar a Ressurreição.

A meta da Quaresma é a Páscoa, o batismo, a regeneração para uma vida nova. Para os que ainda não receberam o batismo – os catecúmenos –, isso se dá no sacramento do batismo na noite pascal; para os já batizados, na conversão que sempre é necessária em nossa vida cristã: daí o sentido da renovação do compromisso batismal e do sacramento da reconciliação neste período. É nesta perspectiva que compreendemos também a 1ª e a 2ª leitura, que nos falam da purificação da humanidade pelas águas do dilúvio e do batismo.

(O Roteiro Homilético é elaborado pelo Pe. Johan Konings SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor da FAJE. Autor do livro "Liturgia Dominical", Vozes, Petrópolis, 2003. Entre outras obras, coordenou a tradução da "Bíblia Ecumênica" – TEB  e a tradução da "Bíblia Sagrada" – CNBB. Konings é Colunista do Dom Total).

A identidade da Vida Consagrada. Seminário da CRB

Evento promovido pela Conferência dos Religiosos do Brasil - CRB, reúne em Itaicí, Indaiatuba, SP, cerca de 400 religiosos e religiosas de todo o país e tem como tema “A loucura que Deus escolheu para confundir o mundo”.


Pe. Carlos Palácio (Foto: CRB)
“Onde nos encontramos neste momento histórico? Qual é o futuro da Vida Religiosa?”, perguntou padre Carlos Palácio, provincial dos Jesuítas no Brasil e vice-presidente da CRB Nacional, em conferência que abriu o segundo dia de trabalhos, no Seminário Nacional sobre a Vida Consagrada, na manhã desta sexta-feira, 24. Para o assessor, a Vida Consagrada e Apostólica hoje, não apresenta uma identidade clara. Muitos de seus membros se sentem cansados, outros estacionados, outros ainda, buscam uma auto-realização o que é contraditório. “Isso não está nos livros, mas nas pessoas que são livros vivos. É para esta situação que temos de dar respostas”, afirmou.

Segundo padre Palácio, “não faltam motivos para nos sentirmos cansados”, contudo, “a Vida Religiosa, se fundamenta no Evangelho e, enquanto houver gente apaixonada por Jesus Cristo, haverá Vida Religiosa”. Na opinião do teólogo, as congregações têm dificuldades em lidar com essa situação. Para enfrentar esse mal estar é preciso olhar a história. “É por não saber quem somos que não temos a clareza dentro e fora das nossas comunidades”. E acrescentou: “gastamos a maior parte das nossas energias em administrar a nossa diminuição numérica, o envelhecimento e peso das instituições”.

Na sua exposição, o jesuíta insistiu na necessidade de se resgatar o núcleo da identidade da Vida Religiosa e Apostólica. “Quem somos? A Vida Consagrada não é uma réplica da vida leiga cristã, nem da vida monástica, mas uma vida peculiar que capta elementos comuns da vida cristã e faz deles uma síntese. Disso surge uma espiritualidade”, destacou.

Na sequência, para elucidar a identidade da Vida Religiosa, padre Palácio recorreu ao Evangelho segundo Marcos (3, 13-14). Para ele, nesse texto, o evangelista reúne três elementos que revelam o núcleo identitário da Vida Consagrada, que são: a experiência do chamamento gratuito; a descoberta de ser chamado para estar com Jesus; e, o ser enviado em missão.

Nesse sentido “o importante é captar os três aspectos que não podem ser tomados separados, mas intimamente unidos. A experiência do encontro e da relação pessoal com Jesus dá essa identidade. É uma percepção única de um modo de viver. Se faltar um desses aspectos, a nossa vida começa a desmoronar”, afirmou. Para ele, essa é a mística que alimenta a Vida Consagrada.

A Missão
“A Missão não é fazer coisas, mas dar a vida e é impossível realizar uma Missão que dê vida sem que esteja enraizada na experiência de amor a Jesus Cristo. É isso que será capaz de unificar a nossa vida”, argumentou.

Padre Palácio destacou ainda que, “a Missão não cabe dentro do recolhimento e da paz monástica caso contrário, ela ficaria desfigurada”. Deveríamos fazer uma avaliação honesta e transparente dos 50 anos de pós Concílio Vaticano II, das suas conquistas, perdas e impasses. “Nem tudo o que foi assumido pela Vida Consagrada foi digerido evangelicamente”, sublinhou.

O teólogo concluiu a sua exposição com alguns questionamentos para suscitar um ‘olhar positivo e confiante’: “Estamos verdadeiramente convencidos que o principal problema da Vida Religiosa é mais de espírito do que de administração? É possível resgatar a paixão e o entusiasmo pelo que há de novo e original no estilo de Vida Religiosa e Apostólica? Temos consciência de que ainda persiste uma desarticulação entre vida e missão?”, foram alguns das perguntas colocadas. “A redescoberta da identidade está em nossas mãos. A tradição só é viva quando faz viver e nós estamos cheios de tradições mortas”, concluiu.

Na segunda parte da manhã, Irmã Annette Havenne, SM, psicóloga e formadora, aprofundou o tema e destacou a importância de viver e transmitir a paixão pela Vida Religiosa e Consagrada com convicção.

“A Vida Religiosa e Consagrada é uma loucura e faz loucuras porque nasce de uma paixão, paixão por Jesus e pelos valores do reino. Esta paixão é resposta a outra paixão bem maior, à inexplicável paixão de Deus pela humanidade”, destacou a religiosa. Em sua opinião, se olharmos o núcleo identitário da Vida Religiosa na perspectiva de um itinerário vocacional, “vamos constatar que não basta um ideal religioso, social ou humanitário como motivação, mas o re-encanto consciente por Jesus Cristo e a proposta do discipulado”.

Para Irmã Annette, a segunda convicção decorre da primeira. “Uma paixão autêntica é comunicativa, contagiante. Viver hoje o núcleo da identidade significa pensar como nos ajudamos a alimentar esta paixão e a transmiti-la para as novas gerações de consagradas e consagrados”.

Mística, comunidade e missão é o tripé que sustenta a Vida Religiosa Apostólica. “O que nos caracteriza, o que faz nossa identidade de religiosas e religiosos é como nós queremos ser comunidades de irmãs e irmãos em vista da missão e partilhar entre nós a experiência do rosto de Deus que se revela nesta missão”, argumentou.

O Seminário que acontece desde ontem, dia 23, encerra suas atividades nesta segunda-feira, 27, com sugestões para a XXIII Assembleia Geral Eletiva da CRB marcada para julho de 2013 em Brasília – DF.

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Noticia

Psicóloga é obrigada a negar a fé cristã


Curitiba, 20 fev  - Segundo a denúncia do site Nação Pró-família o CRP (Conselho de psicologia) do Paraná deu um prazo de 15 dias para que a psicóloga Marisa Lobo tire das redes sociais toda mídia que a vincule a sua fé Cristã ameaçando-a de cassação.
A psicóloga cristã Marisa Lobo publicou uma imagem sua em frente ao Conselho Regional de Psicologia do Paraná lendo uma Bíblia, enquanto aguardava para ser ouvida pelas fiscais do CRP deste estado, e afirmou na rede social que estava lendo "seu manual de ética" enquanto aguardava. A foto virou motivo de escândalo e Marisa recebeu ultimato do Conselho para que retire de seus perfis em mídias sociais toda e qualquer menção à sua crença pessoal de fé.
 Caso a psicóloga se negue a fazê-lo terá seu registro profissional cassado. As denúncias contra ela teriam sido feitas por ativistas homossexuais e outros favoráveis à legalização das drogas. A psicóloga cristã preside o movimento "Maconha Não" que é um movimento criado para lutar contra a legalização da Maconha e de quaisquer outras drogas ou substâncias psicoativas que venham prejudicar a saúde mental, física e social do ser humano.
O movimento conta com o apoio de deputados federais de todo o país. Segundo as duas fiscais que receberam Marisa Lobo, a sua postura de declarar-se psicóloga e cristã, assumindo-a nas redes sociais, além dos seus questionamentos ao conteúdo do polêmico kit gay que seria distribuído nas escolas públicas do Brasil, supostamente feriam o conselho de psicologia por estar "induzindo pessoas a posições contrárias ao homossexualismo e a convicções religiosas".
"Sobre a mesa colocaram Xerox de recados de twitter, o que me deixou indignada, como poderia estar sendo chamada para discutir ética, por denúncias de ateus, militantes gays, canabistas sem base le gal alguma e que claramente me perseguem pelas minhas posições de direito de professar minha fé", relata Marisa. "Me senti perseguida, ouvi coisas absurdas, uma pressão psicológica que se eu não tivesse sanidade mental, teria me acovardado e desistido de minha fé", partilhou.
"Tentaram o tempo todo me vincular a homofobia, deixei claro que processaria todos eles, pois não sou homofóbica, nunca agredi ninguém apenas tenho minhas opiniões, que foram claramente negadas a mim pelas fiscais, me senti tolhida em meu direito de liberdade de expressão." Segundo recolhe Nação Pró-família, as autoridades do CRP-PR disseram à psicóloga coisas como:

"Você não tem o direito, não pode se dizer Cristã e psicóloga ao mesmo tempo é ferir o código de ética."

"Você não pode dizer que Jesus cura, sendo psicóloga".

"Você não pode se dizer psicóloga e cristã, guarde sua fé pra você, não tem direito de externar para mídia".

"Você não pode dar declarações que induza pessoas a acreditar que seu Deus cura, como faz em seus sites e blogs."

"Quando questionei que estavam me pedindo para negar Deus se quiser continuar exercendo minha profissão, elas se olhavam, e diziam: Não é isso, você pode ter sua fé mas não pode externar, guarde pra você, pois está induzindo pessoas a acreditarem em você pela sua influência", relata Marisa.

"Deixei claro que não uso a religião para tratar meus pacientes, não tenho nenhuma reclamação em 15 anos no conselho, eles sabem disso. Então não estava entendendo, porque tanto código de ética. Se com meus pacientes nunca cometi um erro".

"Sou uma cidadã livre, a constituição me dá esse direito de professar minha fé, fora do meu consultório" mas "como psicóloga não"", destacou Marisa.

"Quando disse que então seria cassada, pois não negaria minha Fé, uma delas que disse: "Você não precisa ser cassada pode abandonar a psicologia"".

Marisa disse que não abandonaria sua profissão e recebeu do conselho a seguinte ordem: "então deixe de falar de seu Deus de sua fé."

"Eu enfrentei e disse vamos para o enfrentamento e cassação", disse a psicóloga cristã.

Marisa Lobo afirmou que tem 15 dias para tirar das redes sociais tudo que a vincule à religião, mas já avisou: "Não nego minha fé".
SIR/ACI, 20/02/2012

Comentários


Angela Inês Castro de Aguiar | 22/02/2012 09:15
Parabens, Marisa estou com você, não negue sua fé jamais, Deus é maior que essas fiscais preconceituosas, quem deveria ser cassada é estas fiscais que esquecem que vivem em um pais democratico. como elas falam de psicologia sem respeitar a liberdade das pessoas, como ser fiscal de psicologia sem ética. Marisa continue firme porque a psicologia sem a fé é uma obra morta. A psicologia e a fé unidas é fazem as pessoas crescerem, claro que o terapeuta não induz ninguem a nada muito menos a um seguimento religioso seja ele qual for, mas o terapeuta tem direito de expressar sua fé sim, principalmente fora do consultorio. Marisa força que Deus te abençõe e te guarde, não desista nem da sua fé e nem da psicologia pois você é um instrumento de Deus no resgate da vida e da dignidade. um grande abraço. que Deus te proteja sempre.

quarta-feira, fevereiro 15, 2012

noticas

Livro explica aspectos jurídicos de acordo entre Brasil e Vaticano


Brasília, 13 fev - O presidente do Senado, José Sarney, participou na noite de quinta-feira, 9, do lançamento do livro Acordo Brasil-Santa Sé Comentado.
A cerimônia de lançamento ocorreu no Salão Nobre do Senado. Coordenado por dom Lorenzo Baldisseri e por Ives Gandra Filho, o livro traz textos explicativos sobre o acordo assinado pelo papa Bento XVI e o então presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, em 2008. Ives Gandra Filho, que também é ministro do Tribunal Superior do Trabalho (TST), disse que o desafio na produção do livro foi fazer o levantamento dos aspectos jurídicos do acordo.
O ministro agradeceu aos artífices do acordo e a todos os colaboradores do livro. Ele ainda elogiou a vontade política do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o acordo se concretizasse. Dom Lorenzo Baldisseri agradeceu a cessão do Salão Nobre para a cerim?nia de lançamento do livro e disse que a obra é de interesse de advogados, estudantes e profissionais que lidam com relações internacionais. Ele destacou que o acordo abre horizontes de cooperação entre o Brasil e a Santa Sé. Na visão de dom Lorenzo, o lançamento do livro também é uma forma de despedida, já que nesta semana volta para o Vaticano, para assumir o cargo de secretário para a Congregação dos Bispos. “O coração está partido, mas voltar à terra natal também traz alegria”, declarou dom Lorenzo, que está completando 39 anos fora da Itália, prestando serviços à Igreja Católica. Sarney disse que era uma honra para o Senado receber o lançamento do livro sobre o acordo Brasil-Santa Sé.
O presidente elogiou o trabalho e a persistência de dom Lorenzo na realização do livro e na luta pelo acordo. De acordo com Sarney, o acordo evidencia um "laicismo positivo". O lançamento foi acompanhado por senadores; minist ros do Supremo Tribunal Federal (STF); e pelo o arcebispo-emérito de Brasília, José Freire Falcão; do secretário geral da CNBB, dom Leonardo Ulrich Steiner, além padres e freiras.

quinta-feira, fevereiro 09, 2012

De que tamanho é sua fé?


Postado por: homilia

fevereiro 9th, 2012 Jesus e os Seus discípulos estavam sob uma considerável pressão, pois a hostilidade dos judeus intensificava-se. Assim, o Mestre e os Seus seguidores retiraram-se para as fronteiras de Tiro e Sidônia e, não querendo que alguém soubesse disso, o Senhor entrou numa casa onde esperava encontrar alguma privacidade.
Mas, significativamente, Jesus não pode ficar escondido, porque a Sua mensagem era demasiado maravilhosa e os Seus feitos demasiado poderosos para serem ocultados.
Trata-se do Sumo Bem personalizado em Jesus, por isso, não se pode esconder seja a quem for. Sua fama precedia-O aonde quer que Ele fosse.
Dentro dessa visão, uma mulher com o coração despedaçado O procura e O descobre. Ela era de origem cananeia, isto é, tinha raízes pagãs. A mulher estava extremamente aflita devido ao fato de sua filha estar possuída por um demônio que lamentavelmente a atormentava.
Tendo em vista o pedido que queria fazer, esta mãe ansiosa seguiu Cristo e os que O acompanhavam, tendo–Lhe rogado que tivesse compaixão dela e curasse a sua filha. Muitos pensam que o Senhor a tratou de uma forma descuidada, quase rudemente. No entanto, esse ponto de vista não tem qualquer fundamento.
Uma análise mais cuidadosa revela que Cristo conhecia a qualidade da alma dessa mulher e Ele a desafiou a amadurecer. De um modo maravilhoso, o Mestre colocou vários obstáculos no caminho da cananeia. E cada um destes obstáculos ela superou com uma fé radiante. Finalmente, Jesus exclamou: “Ó mulher, grande é a tua fé!” e Ele curou a sua filha sem nem sequer ter colocado os olhos sobre a criança. Que qualidades caracterizavam a fé dessa mulher, a ponto de receber tão grande elogio por parte do Salvador?
Ela, embora com antecedentes pagãos, tinha obviamente conhecimento em relação ao Filho de Deus. Isso é evidenciado pelo fato de ela tratar Jesus como “Senhor, filho de Davi”.
Onde teria ela aprendido sobre o Filho de Deus? Teria ela ouvido alguém falar sobre Ele? Teria ela viajado para a Galileia, estando presente entre as multidões que O seguiam? Essas perguntas devem permanecer sem resposta. O fato é que ela acreditou.
Jesus ensinou em uma ocasião: “Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á.”. As formas verbais denotam ação contínua, persistência. Essa senhora encantadora entendeu bem esse princípio, tanto que a sua fé era da mais tenaz.
Conforme sugerido anteriormente, com a intenção de aumentar e testar a sua fé, o Senhor colocou pequenas barreiras no caminho dessa mulher, mas ela as superou uma a uma. Isso é uma evidência clara da percepção divina de Cristo, que penetrava através da essência da alma dessa mulher. Ela era uma pessoa forte, mas este encontro com o Filho de Deus a tornaria ainda mais forte.
Os discípulos sugeriram que Cristo concedesse apressadamente o pedido da mulher para que ela os deixasse em paz. Com certeza, essa foi a intenção do pedido feito pelos discípulos. E isso está claramente implícito na natureza da resposta dada pelo Senhor. Jesus respondeu que Ele havia sido enviado apenas às ovelhas perdidas da casa de Israel. E isso excluía essa mulher gentia. Mas ela não desistiu!
Cristo disse-lhe: “Deixa que primeiro se fartem os filhos; porque não é bom tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos”. Muitos se queixam de que nessa ocasião o Senhor usou uma linguagem ofensiva aos gentios, mas o termo grego utilizado para a palavra “cães” é diminutivo, significando um pequeno cachorrinho de estimação. A expressão não é áspera como poderia parecer.
Então, essa mulher perseverante “agarrou-se” ao significado da palavra “primeiro”. Sendo certo que ela reconheceu a prioridade dos judeus no plano do Deus, claramente ela detectou a inferência de que os gentios no futuro também receberiam a benevolência do Salvador, tendo pensado provavelmente: “Por que não agora?”
Desse modo, com um argumento brilhante, ela contrapôs: “Sim, Senhor, mas até os cachorrinhos comem das migalhas que caem da mesa dos seus donos”. Ela ficaria satisfeita com apenas uma migalha da mesa do seu Mestre. Que grande mulher! Ela agarrou-se firmemente à Misericórdia Divina, não sendo de admirar que o Salvador tivesse elogiado a sua grande fé!
Embora a mulher siro-fenícia tivesse rogado ao Senhor dizendo: “Tem compaixão de mim”, de fato, o pedido foi para a sua filha. A sua paixão estava tão dirigida para a sua filhinha que ela colocou de lado quaisquer necessidades pessoais e sentimento ede orgulho e implorou pelo bem-estar da sua criança aflita. A história de um espírito tão disposto ao sacrifício é deveras refrescante nestes dias, quando o abuso infantil é um drama tão comum.
Essa mulher entendeu bem o conceito de que uma fé sem obras está morta. Embora não lhe tivessem pedido para executar nenhum ato específico de obediência, quando Cristo visitou a sua região, ela buscou-O, seguiu-O, adorou-O, apelou para Ele e argumentou com Ele. Se ela tivesse atuado segundo a premissa de que “contanto que acredite que isso seja assim, assim será”, a sua filha teria permanecido na mesma situação deplorável.
É uma grande verdade que, segundo o Novo Testamento, nenhuma pessoa foi alguma vez abençoada por causa da sua fé pessoal, sem que essa fé tivesse sido manifestada em ações.
Quão triste teria sido se esta estimável mulher tivesse raciocinado do seguinte modo: “Sou gentia, uma mera mulher sem nenhuma reputação. Quem sou eu para receber qualquer bênção deste importante Nazareno?” Tivesse sido esse o caso, ela não teria pedido e, por conseguinte, não teria recebido!
Essa mulher anônima deve inspirar a minha e a sua fé. A sua fé resoluta e destemida faz com que Jesus, por intermédio dela, diga também a mim e você neste dia: “Grande é a tua fé!”
Padre Bantu Mendonça

quarta-feira, fevereiro 08, 2012

comentário

Amados Irmãos e Irmãs Católicos, não se afligem com estas acusações falsas e sem noção de quem não tem o fazer a não ser ter inveja do povo de Deus, perseguir o povo de Deus. o Vaticano não é corrupto, nunca foi e nunca será. Agora quem quer falar mal da Igreja de Jesus Cristo que fale, a lingua do homem é felina e sempre desde os primordios foi assim até de Jesus Cristo, o Filho de Deus, falaram mal, imagine se de nós mortais não vão falar. A Igreja fundada por Cristo, não vai perecer, venha o que vier, Jesus mesmo disse que as portas do inferno não prevalecerão contra ela, perseguida ou não a Igreja vive e reina pois Deus é seu fundador. Por isso a Igreja é Santa e pecadora. Santa pois seu fundador é o Santo dos Santos, o Rei dos Reis Nosso Senhor Jesus Cristo e pecadora pois nós somos pecadores, mas o Espirito Santo de Deus sempre quando nós erramos Ele vem nos ajudar a voltar, a reconhnecer o nosso erro e mudar, melhorar. Portanto meus Amados(as), fiquemos tranquilos, pois Deus nãodeixará sua Igreja perecer. um abraço com carinho e com a benção de Deus e a intercessão de Maria Mãe de Deus e nossa. Amém

Vaticano rejeita acusações de corrupção

Vaticano rejeita acusações de corrupção


Cidade do Vaticano, 06 fev  – Os responsáveis pelo Governatorato da Cidade do Vaticano rejeitaram neste sábado as acusações de corrupção e má gestão do Estado, falando em suspeitas “infundadas”.
 Em comunicado, o emérito e o atual presidente desta instituição, bem como o seu secretário e subsecretário reagiam com “amargura” à publicação, nos meios de comunicação social de duas cartas que dirigidas ao Papa pelo arcebispo Carlo Maria Viganò, secretário-geral do Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano entre julho de 2009 e outubro de 2011, quando em que foi nomeado núncio [embaixador] nos EUA.
"Estas alegações são fruto de julgamentos errados ou baseados em conjeturas sem fundamento", pode ler-se na nota oficial, assinada pelo card. Giovanni Lajolo, presidente emérito, e o arcebispo D. Giuseppe Bertello, atual responsável máximo pelo Governatorato, às críticas ao que chamam de “jornalismo pouco sério”.
A presidência do Governatorato exprime “plena confiança” nos membros do comitê de finanças e gestão, bem como nas várias direções e colaboradores, qualificando como “infundadas” as suspeitas e acusações recentemente lançadas. Segundo estes responsáveis, as afirmações contidas nas missivas “não podem deixar de dar a impressão”, que consideram errada, de que o Governatorato do Estado da Cidade do Vaticano, “ao invés de ser um instrumento de governabilidade responsável, é uma entidade não confiável, presa a forças obscuras".
Após admitir “perdas relevantes” por causa da crise financeira internacional, o comunicado diz que a gestão do Vaticano passou a ter resultados positivos em 2010, em larga medida, “pelos excelentes resultados” dos seus Museus. No sétimo e último ponto do documento, todo o Governatorato reafirma uma “firme vontade comum de continuar a empregar todas as forças ao serviço do Sumo Pontífice, com total fidelidade e integridade”.

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Ainda veremos o fim ao aborto nos EUA, diz Eduardo Verástegui

Ainda veremos o fim ao aborto nos EUA, diz Eduardo Verástegui


Denver, Colorado, 05 fev - O famoso ator, produtor e ativista pró-vida mexicano, Eduardo Verástegui afirmou que "ainda veremos a regeneração e o fim do aborto neste país" (Estados Unidos), em uma recente palestra em Denver, Colorado.
No evento realizado no Centro Gravidez Lighthouse, Verástegui, que voltou recentemente à fé católica, após uma vida de excessos no show business, se referiu à abertura do Medical Center, em Guadalupe Los Angeles, que ele mesmo ajudou a fundar, como um "oásis de vida", dado que se encontra perto de 10 clínicas de aborto. Sobre seu trabalho como ativista pró-vida, o também produtor e estrela do filme "Bella", explicou que o trabalho desse lugar é "salvar o mais importante e aquilo que Deus mais ama que é a vida humana."
"A coisa mais impressionante é que ao entrar no centro (as grávidas) já não se sentem sozinhas, porque existem muitos voluntários, muitas pessoas que estão lá para apoiá-las", acrescentou Verástegui também se alegrou muito quando soube que o Centro Gravidez Lighthouse procura abrir um centro semelhante em Los Angeles, perto da segunda maior clínica de aborto Planned Parenthood dos Estados Unidos. "Eu me emociono muito por sabê-lo porque eles estão fazendo aqui o mesmo que nós fazemos.
Realmente é a melhor maneira de derrotar esta cultura da morte e transformá-la em uma cultura da vida", disse ele. Eduardo Verástegui também se referiu ao trabalho do Metanoia Films, que fundou com dois amigos: Leo Severino e Alejandro Monteverde, que também se converteram logo após de vários anos na mídia. Metanoia é uma palavra grega que significa "mudança de mente" ou "conversão".
Além de Bella, o plano para filmar o curta-metragem "Little Boy", que "visa incentivar os jovens a não apenas se divertir, mas viver de acordo com a ´lista´" (das obras de mi sericórdia). Verástegui também mostrou seu filme "Crescendo", que conta a história de uma mãe lutando com a idéia de abortar seu filho. O filme estará em breve disponível na Internet.
SIR/ACI, 05/02/2012

Papa no Ângelus: "fé em quê?"

Papa no Ângelus: "fé em quê?"


Cidade do Vaticano, 05 fev - É a fé no amor de Deus que vence radicalmente o Mal – sublinhou Bento XVI, ao meio-dia, na Praça de São Pedro, comentando o Evangelho deste domingo, que mostra Jesus curando os doentes.
“Os quatro Evangelhos concordam em atestar que a libertação de doenças e enfermidades de todo o gênero constitui, juntamente com a pregação, a principal atividade de Jesus na sua vida pública”. “De fato – fez notar o Papa – as doenças são um sinal da ação do Mal no mundo e no homem, ao passo que as curas demonstram que o Reino de Deus está próximo.
“Jesus veio derrotar o Mal pela raiz, e as curas são uma antecipação da sua vitória, alcançada com a sua Morte e Ressurreição”. A doença é uma condição tipicamente humana, em que fazemos uma forte experiência de não sermos auto-suficientes, mas sim dependent es dos outros – observou ainda Bento XVI. “Neste sentido poderíamos dizer, com um paradoxo, que a doença pode ser um momento salutar em que se pode experimentar a atenção dos outros e prestar atenção aos outros!” E, contudo – reconheceu o Papa – (a doença) permanece sempre uma provação, que pode até tornar-se longa e difícil.
“E quando a cura não acontece e se prolongam os sofrimentos, podemos ficar como que esmagados, isolados, e então a nossa existência deprime-se e desumaniza-se. Como reagir a este ataque do Mal? Naturalmente, com os tratamentos apropriados – e nestas décadas a medicina fez passos de gigante – mas a Palavra de Deus ensina-nos que há uma atitude decisiva e de fundo para enfrentar a doença: a fé. Repete-o sempre Jesus às pessoas que cura: A tua fé te salvou. Mesmo perante a morte, a fé pode tornar possível o que humanamente é impossível.
Mas fé em quê? No amor de Deus. Eis a verdadeira resposta, que derrota radicalm ente o Mal”. Como Jesus enfrentar o Maligno com a força do amor que lhe vinha do Pai, assim também nós podemos enfrentar e vencer a prova da doença, mantendo o coração imerso no amor de Deus. Em todo o caso – advertiu o Papa – “na doença, todos temos necessidade de calor humano: para conformar uma pessoa doente, mais do que as palavras, o que conta é a proximidade sincera”.
Recordando, na saudação aos peregrinos de língua francesa, que se celebra sábado próximo, 11 de Fevereiro, a festa de Nossa Senhora de Lourdes e o Dia Mundial dos Doentes, Bento XVI exortou à oração nas situações de sofrimento: “Com todas e todos os que se encontram confrontados com a doença, peçamos a Deus que nos dê a graça do abandono e da paciência confiante! Que com a ajuda de Nossa Senhora de Lourdes e de Santa Bernardete possamos descobrir que só em Deus está a verdadeira felicidade”.
SIR, 05/02/2012

Padre jesuíta comenta a luta do Papa Bento XVI contra a pedofilia

Padre jesuíta comenta a luta do Papa Bento XVI contra a pedofilia


Cidade do Vaticano, 05 fev - O porta-voz do Vaticano, padre jesuíta Federico Lombardi, afirmou em editorial que o Pontificado do papa Bento XVI se destaca pela luta contra os abusos sexuais cometidos por sacerdotes e pela luta pela transparência nas atividades financeiras da Igreja Católica.
O texto, publicado na revista Octava Dies, do Centro Televisivo Vaticano, afirma que "a linha traçada pelo Papa e o compromisso desenvolvido em diversas Igrejas locais duramente provadas pelos escândalos [de abusos] colocaram em movimento uma série de iniciativas".
Entre as medidas, Lombardi cita iniciativas de "ouvir as vítimas", de "intervir com ajudas", de "aprofundamento da causa", de "consciência", "prevenção" e "punição",  "pelas quais se pode dizer com confiança que estamos no caminho certo", avaliou.
O porta-voz ainda recordou que será o lançado um centro intern acional de acolhida das vítimas de abusos sexuais cometidos por padres. No campo da transparência econômico-financeira, Lombardi atestou que "a Santa Sé está se empenhando para inserir suas instituições no sistema internacional de controles da atividade econômica para a luta contra a lavagem, o crime organizado e o terrorismo".
Ele atestou que "muitas vezes as instituições econômicas vaticanas, em particular o IOR [Instituto para Obras da Religião, conhecido como Banco do Vaticano], foram acusadas injustamente" e recordou que, recentemente, "um tribunal dos Estados Unidos" declarou ser improcedente "o terceiro dos três casos apresentados contra o IOR nos últimos anos".

domingo, fevereiro 05, 2012

liturgia deste domingo

O PODER SOBRE A DOENÇA

1ª leitura: (Jó 7,1-4.6-7) A vida, um amontoado de miséria – Jó foi fortemente provado por Deus. Seus amigos não o conseguem consolar (2,11). Ensinam-lhe a ver no seu sofrimento o castigo de Deus. Mas, para Jó, o sofrimento permanece um mistério. Com amargura, considera sua vida, e só consegue pedir que a aflição não seja forte demais e Deus lhe dê um pouco de sossego. – O A.T. não tinha resposta para o problema do sofrimento. A resposta está em Jesus Cristo, que assume o sofrimento até o fim (evangelho). * 7,1-4 cf. Eclo 40,1-2; 30,17; 40,5; Dt 28,67 * 7,6-7 cf. Sl 39[38],5-6; Is 38,12; Sl 78[77],39; 89[88],48.
2ª leitura: (1Cor 9,15-19.22-23) “Ai de mim, se eu não evangelizar” – 1Cor 8–10 forma uma unidade em redor da questão se o cristão pode sempre fazer o que, em si, não seria um mal: p. ex., comer carne dos banquetes idolátricos (já que o cristão não acredita nos ídolos). Resposta: a norma é a caridade; se tal comportamento causar a queda do “fraco na fé” (que ainda não se libertou destas crenças), deve ser evitado. Argumento: eu também não faço tudo o que teria o direito de fazer: p. ex., receber gratificação por meu apostolado. Já que tal gratificação poderia ser mal interpretada, prefiro ganhar meu pão doutro modo. A gratificação de meu apostolado consiste no prazer de pregar o Evangelho de graça, pois o que importa é que ele penetre nos corações. * 9,16-17 cf. Jr 20,9; At 9,15-16; 22,14-15 * 9,19, cf. Mt 20,26-27.
Evangelho: (Mc 1,29-39) Jesus assume o sofrimento de todos – O “dia em Cafarnaum” (iniciado em 1,21; cf. dom. passado) continua, com gestos que falam de Deus. A sogra de Pedro é curada de uma febre (coisa perigosa, antigamente) e transformada numa pessoa que, no seu servir, mostra sua fé. Ao anoitecer, no fim do sábado, quando o povo começa a se movimentar, Jesus cura os doentes e exorciza os demônios, que o reconhecem como o Enviado de Deus. Na manhã seguinte, retira-se para orar. A partir de seu encontro com Deus, revela, aos discípulos que vêm buscá-lo, que sua missão o levará a outros lugares, para evangelizar por palavras e gestos e assim realizar um início do Reino da misericórdia de Deus. * 1,29-31 cf. Mt 8,14-15; Lc 4,38-39 * 1,32-34 cf. Mt 8,16; Lc 4,40-41 * 1,35-39 cf. Lc 4,42-44; Mt 14,23; Lc 6,12; 9,28; Jo 13,3; 16,27-28.
 ******
A vida é um “serviço de mercenário”, diz Jó (7,1; 1ª leitura). Como os bóia-frias, sempre leva a pior. Desperta cansado, e deitado não consegue descansar por causa das feridas. Que Deus dê um pouco de sossego... O A.T. não tem resposta para o sofrimento. Os amigos de Jó dizem que os justos são recompensados e os ímpios, castigados. Mas Jó protesta: ele não é um ímpio. A teoria da prosperidade dos justos não se verifica na realidade (21,5-6). Menos ainda convence-o o pedante discurso de Eliú, tratando de mostrar o caráter pedagógico do sofrimento (cap. 32–37). Os amigos de Jó não resolvem nada. Vendem conselhos, mas não se compadecem. Só colocam pimenta nas feridas.
Por outro lado, mesmo amaldiçoando seu próprio nascimento, Jó não amaldiçoa Deus, pelo contrário, reconhece e louva sua sabedoria e suas obras na criação: o abismo de seu sofrimento pessoal não lhe fecha os olhos para a grandeza de Deus! E é exatamente por este lado que entrará sossego na sua existência. Pois Deus se revelará a ele, tornar-se-á presente em seu sofrimento – ao contrário de seus amigos sabichões –, e esta experiência do mistério de Deus fará Jó entrar em si, no silêncio (42,1-6).
Também Jesus, no N.T., nunca apresenta uma explicação teórica do sofrimento. Neste sentido, concorda com os existencialistas: sofrer pertence mesmo à “condição humana”. Não há explicação. Mas ele traz uma solução: assume o sofrimento. No livro de Jó, o mistério de Deus se aproxima do homem. Em Jesus Cristo, como Mc o apresenta, o mistério se revela, gradativamente, sob o véu do “segredo” do Filho. No início, Jesus assume o sofrimento, curando-o (evangelho). Isto, porém, é apenas um sinal pois são poucos os que Jesus curou). No fim, ele assumirá o sofrimento, sofrendo-o. Aí, sua compaixão se torna realmente universal. Supera de longe o que aparece no livro de Jó. Se este nos mostra que Deus está presente onde o homem sofre (e isto já é uma grande consolação para Jó), Jesus nos mostra que Deus conhece o sofrimento do homem por dentro.
Mas, por enquanto, ele mostra apenas sinais da aproximação de Deus ao homem sofredor. Sinais, feitos com a “autoridade” que já comentamos no domingo passado. Jesus pegando na mão da sogra de Pedro, para fazê-la levantar de sua febre. Ao fim do dia, depois do repouso sabático, recebe uma multidão de gente para curá-los: novo sinal de “autoridade”. Inclusive, exorciza os endemoninhados, e os maus espíritos reconhecem seu adversário. Mas ele lhes proíbe desvendar seu mistério. Depois, retira-se, para se encontrar mais intensamente com o Pai; e quando os discípulos o vêm buscar para reassumir sua atividade em Cafarnaum, ele revela que a vontade de seu Pai é que vá às outras cidades também. Ele está inteiramente a serviço dos plenos poderes que o Pai lhe outorgou.
Essa plena disponibilidade aparece também na 2ª leitura, embora num contexto bem diferente. Trata-se da pretensa liberdade dos coríntios para fazerem tudo o que têm direito (p. ex. participar dos banquetes onde se serve carne sacrificada aos ídolos). Paulo não concorda: existe o aspecto objetivo (carne é carne e ídolos não existem) e o aspecto subjetivo (alguém, menos firme ou instruído na fé, pode comer as carnes idolátricas num espírito de superstição; 8,7). Portanto, diz Paulo, nem sempre devo fazer uso de meu direito. E coloca-se a si mesmo como exemplo: em vez de usar de seus direitos sociais, como sejam: levar consigo uma mulher cristã (9,5), ser dispensado de trabalho manual (9,6), receber salário pelo trabalho evangélico (9,14; cf. a “palavra do Senhor” a este respeito, Mt 10,10 e par.), Paulo anuncia o evangelho de graça, para que ninguém o suspeite de motivos ambíguos. Ora, essa atitude não é inspirada apenas por prudência, mas por paixão pelo evangelho: “Ai de mim, se eu não pregar o evangelho... Qual é meu salário? Pregar o evangelho gratuitamente, sem usar dos direitos que o evangelho me confere!” (9,17-18). Se tivermos em nós verdadeiro afeto pelo nosso irmão fraco na fé, desistiremos com prazer de algumas coisas que, em si, poderíamos fazer; e a própria gratuidade será a nossa recompensa, pois “tudo é graça”.
ASSUMINDO O SOFRIMENTO DE TODOS
As leituras de hoje estão interligadas por uma alusão quase imperceptível: enquanto Jó se enche de sofrimento até o anoitecer (1ª leitura), Jesus cura o sofrimento até o anoitecer (evangelho). O conjunto do evangelho mostra Jesus empenhando-se, sem se poupar, para curar os enfermos de Cafarnaum. E no dia seguinte, o poder de Deus, que ele sente agir em si, o impele para outras cidades – sem se deixar “privatizar” pelo povo de Cafarnaum. A paixão de Jesus é deixar fluir de si o poder benfazejo de Deus. Ele não pensa em si mesmo, não se protege, não se poupa. Ele assume, sem limites, o sofrimento do povo. Ele tem consciência de isso aí é sua missão: “Foi para isso que eu vim”. Ele não pode recusar a Deus esse serviço.
Nosso povo, muitas vezes, vê nas doenças e no sofrimento um castigo de Deus. Mas quando o enviado de Deus mesmo se esgota em aliviar as dores do povo, como essas doenças poderiam ser um castigo de Deus? Não serão sinal de outra coisa? Há muito sofrimento que não é castigo de quem sofre. Que é simplesmente condição humana, condição da criatura, porém, também ocasião para Deus manifestar seu amor ao ser humano. O evangelista João dirá que a doença é uma oportunidade para Deus manifestar sua glória (Jo 9,3; 11,4).
Por mais que o homem consiga dominar os problemas de saúde, não consegue excluir o sofrimento, pois esse tem outra fonte. No mais perfeito dos mundos – como o descreve um romance dos anos 1930 – no mundo sem doenças, os humanos sofrem pelo desamor, pela mútua manipulação, pela desconfiança, pela insignificância, pelo mal que o ser humano causa ao seu semelhante. Por isso, o relato bíblico do pecado atribui o sofrimento fundamentalmente ao pecado; porém, não ao pecado individual – o livro de Jó contesta com força tal atribuição (e também Jo 9,3, cf. acima) – mas ao pecado instalado na humanidade, o pecado das origens (Gn 3,15-19).
Que Jesus apaixonadamente se entrega à cura de todos os males, inclusive em outras cidades, é uma manifestação do Espírito de Deus, que está sobre Jesus, e que renova o mundo (cf. Sl 104[103],30). O evangelista Mateus (Mt 8,17) compreendeu isso muito bem, quando acrescentou ao texto de Mc 1,34 a citação de Is 53,4 (do Servo Sofredor): “Ele assumiu nossas dores e carregou nossas enfermidades”). Ora, se é pelo pecado do mundo que as dores se transformam num mal que oprime a alma, logo mais Jesus terá de se revelar como aquele que perdoa o pecado.
Também se hoje acontecem curas e outros sinais do amor apaixonado de Deus que se manifesta em Jesus Cristo, é preciso que reconheçamos nisso os sinais do Reino que Jesus vem trazer presente.
(Pe. Johan Konings SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor da FAJE. Autor do livro "Liturgia Dominical", Vozes, Petrópolis, 2003. Entre outras obras, coordenou a tradução da "Bíblia Ecumênica" – TEB  e a tradução da "Bíblia Sagrada" – CNBB. É Colunista do Dom Total).