sexta-feira, maio 27, 2011

MADRE TEREZA DE CALCUTÁ



Madre Teresa de Calcutá



Origem: Beata de Calcutá
Nascimento 26 de Agosto de 1910 em Skopje, Império Otomano (Macedónia)
Falecimento 5 de setembro de 1997 (87 anos) em Calcutá, Índia
Veneração por Igreja Católica
Beatificação 19 de outubro de 2003, Roma por: Papa João Paulo II
Principal templo Templo das Missionárias da Caridade
Festa litúrgica 5 de setembro
Padroeira Pobres e Incapacitados
Um coração feliz é o resultado inevitável de um coração ardente de amor
Madre Teresa de Calcutá
Agnes Gonxha Bojaxhiu (Skopje, 26 de Agosto de 1910 — Calcutá, 5 de Setembro de 1997), conhecida mundialmente como Madre Teresa de Calcutá ou Beata Teresa de Calcutá, foi uma missionária católica albanesa, nascida na República da Macedônia e naturalizada indiana, beatificada pela Igreja Católica em 2003. Considerada, por alguns, a missionária do século XX, fundou a congregação "Missionárias da Caridade", tornando-se conhecida ainda em vida pelo cognome de "Santa das sarjetas".

Biografia
Local de nascimento da Madre Teresa em Skopje, Macedônia.
Casa memorial de Madre Teresa em Macedônia.
Madre Teresa ao lado do médico Dr. Theodor Binder em Wilmington, NC, 1975.
Presidente da Itália Sandro Pertini recebendo a Madre Teresa, em 1978.
Madre Teresa durante sua visita a Cúcuta, Colômbia em 1981.
Estátua da Madre Teresa em Skopje, Macedônia.Agnes Gonxha Bojaxhiu, nasceu em 26 de agosto de 1910, em Skopje, na Macedônia, filha de pais albaneses, numa família de três filhos, sendo duas moças e um rapaz. Embora ela tenha nascido a 26 de agosto, ela considerava o 27 de Agosto, o dia em que foi baptizada, como o seu " verdadeiro aniversário". Frequentou uma escola não católica.

Aos 12 anos ouviu um jesuíta que era missionário na Índia dizer: “Cada qual em sua vida deve seguir seu próprio caminho”. Tais palavras a impressionaram e se determinou a dar um sentido à sua vida, a entregar-se a serviço dos outros: fazer-se missionária. E já nesta idade procurou o referido jesuíta para saber como fazer isso, ao que o prudente homem respondeu que aguardasse a confirmação do tempo e da “voz de Deus”. Conforme uma biografia de Joan Graff Clucas, em seus primeiros anos era fascinada pelas histórias das vidas dos missionários. Dia 15 de agosto de 1928, seis anos mais tarde, cada vez mais convicta de sua vocação, enquanto rezava no santuário da Madona Negra de Letnice onde muitas vezes foi em peregrinação, decidiu se comprometer com a vida religiosa. Solicitou a admissão na Congregação das Irmãs do Loreto que trabalhava em Bengala, mas teve primeiro de aprender a língua inglesa em Dublim. De Dublim foi enviada para a Índia em 1931 a fim de iniciar seu noviciado em Darjeeling no colégio das Irmãs de Calcutá.

No dia 24 de maio de 1931, fez a profissão religiosa, e emitiu os votos temporários de pobreza, castidade e obediência tomando o nome de "Teresa". A origem da escolha deste nome residiu no fato de ser em honra à monja francesa Teresa de Lisieux, padroeira das missionárias, canonizada em 1927 e conhecida como Santa Teresinha.

De Darjeeling passou para Calcutá, onde exerceu, durante os anos 30 e 40, a docência em Geografia no colégio bengalês de Sta Mary, também pertencente à congregação de Nossa Senhora do Loreto. Impressionada com os problemas sociais da Índia, que se refletiam nas condições de vida das crianças, mulheres e velhos que viviam na rua e em absoluta miséria, fez a profissão perpétua a 24 de maio de 1937.

Com a partida do colégio, tirou um curso rápido de enfermagem, que veio a tornar-se um pilar fundamental da sua tarefa no mundo.

Em 1946, decidiu reformular a sua trajetória de vida. Dois anos depois, e após muita insistência, o Papa Pio XII permitiu que abandonasse as suas funções enquanto monja, para iniciar uma nova congregação de caridade, cujo objetivo era ensinar as crianças pobres a ler. Desta forma, nasceu a sua Ordem – As Missionárias da Caridade. Como hábito, escolheu o sári, nas cores — justificou ela — "branco, por significar pureza e azul, por ser a cor da Virgem Maria". Como princípios, adotou o abandono de todos os bens materiais. O espólio de cada irmã resumia-se a um prato de esmalte, um jogo de roupa interior, um par de sandálias, um pedaço de sabão, uma almofada e um colchão, um par de lençóis, e um balde metálico com o respectivo número.

Começou a sua atividade reunindo algumas crianças, a quem começou a ensinar o alfabeto e as regras de higiene. A sua tarefa diária centrava-se na angariação de donativos e na difusão da palavra de alento e de confiança em Deus.

No dia 21 de dezembro de 1948, foi-lhe concedida a nacionalidade indiana. A partir de 1950 empenhou-se em auxiliar os doentes com lepra.

Em 1965, o Papa Paulo VI colocou sob controle do papado a sua congregação e deu autorização para a sua expansão a outros países. Centros de apoio a leprosos, velhos, cegos e doentes com HIV surgiram em várias cidades do mundo, bem como escolas, orfanatos e trabalhos de reabilitação com presidiários.

Servindo ao mundo



Ao primeiro lar infantil ou "Sishi Bavan" (Casa da Esperança), fundada em 1952, juntou-se ao "Lar dos Moribundos", em Kalighat.Uma coisa que ajudou muito,e é por aí que começa a se surpreender servindo ao mundo inteiro.Pois,havia orgulho de todos por aí.

Mais de uma década depois, em 1965, a Santa Sé aprovou a Congregação Missionárias da Caridade e, entre 1968 e 1989, estabeleceu a sua presença missionária em países como Albânia, Rússia, Cuba, Canadá, Palestina, Bangladesh, Austrália, Estados Unidos da América, Sri LankaCeilão, Itália, antiga União Soviética, China, etc.

O reconhecimento do mundo pelo seu trabalho concretizou-se com o Templeton Prize, em 1973, e com o Nobel da Paz, no dia 17 de outubro de 1979.

Morreu em 1997 aos 87 anos, de ataque cardíaco, quando preparava um serviço religioso em memória da Princesa Diana de Gales, sua grande amiga e falecida ela própria 6 dias antes, num acidente de automóvel em Paris. Tratado como um funeral de Estado, vários foram os representantes do mundo que quiseram estar presentes para prestar a sua homenagem. As televisões do mundo inteiro transmitiram ao vivo durante uma semana, os milhões que queriam vê-la no estádio Netaji. No dia 19 de outubro de 2003, o Papa João Paulo II beatificou Madre Teresa.

O seu trabalho missionário continua através da irmã Nirmala, eleita no dia 13 de março de 1997 como sua sucessora.

Um de seus pensamentos era este: “Não usemos bombas nem armas para conquistar o mundo. Usemos o amor e a compaixão. A paz começa com um sorriso”. Criou as missionárias da caridade, onde todas as freiras iriam ajudar não a ela, mas sim a todos os necessitados. Todos registrados.

A "noite escura" de Madre Teresa



Uma coleção de cartas dirigidas a uns poucos conselheiros espirituais e recolhidas no livro "Madre Teresa venha, seja minha luz" (Mother Teresa: Come Be My Light) publicado em 4 de setembro de 2007, traduzido e publicado no Brasil pela editora Thomas Nelson, organizado pelo Padre Brian Kolodiejchuk, postulador da causa da sua canonização revelaram, segundo alguns, dúvidas profundas de madre Teresa sobre sua fé em Deus, provocando discussões sobre uma possível posição agnóstica.

Madre Teresa, em suas cartas, descreveu como sentia falta de respostas de Deus.[1] Em 1956 escreveu: "Tão profunda ânsia por Deus - e ... repulsa - vazio - sem fé - sem amor - sem fervor. Almas não atrai - O céu não significa nada - reze por mim para que eu continue sorrindo para Ele apesar de tudo." Em 1959: "Se não houver Deus - não pode haver alma - se não houver alma então, Jesus - Você também não é real."[1]

Uma de suas cartas ao Padre Neuner dizia: "Pela primeira vez ao longo de 11 anos - cheguei a amar a escuridão. - Pois agora acredito que é parte, uma parte muito, muito pequena da escuridão e da dor de Jesus neste mundo. O Senhor ensinou-me a aceitá-la [como] um 'lado espiritual de sua obra', como escreveu. - Hoje senti realmente uma profunda alegria - que Jesus já não pode passar pela agonia - mas que quer passar por mim. - Abandono-me a Ele mais do que nunca. - Sim - mais do que nunca estarei à disposição."

No entanto, o texto de suas cartas não deve afetar a campanha por sua santificação, já que a Igreja defende que outros santos também demonstraram dúvidas em relação a sua fé, como por exemplo São Tomé.[1]

A crise espiritual.
Segundo o postulador da causa da canonização de Madre Teresa e autor do livro, a sua crise espiritual começou nos anos 50, logo após a fundação da ordem das Missionárias da Caridade; a partir daí "viveu uma grande fase de escuridão interior que se prolongou até a sua morte". "Sabia que estava unida a Deus, mas não conseguia sentir nada"[2] Este fenômeno é conhecido na tradição e na teologia mística cristã, e foi São João da Cruz quem o chamou de noite escura do espírito, o que considera uma etapa no caminho de alguns santos no caminho de identificação com Deus.

Silêncio divino.
Bento XVI comentando as cartas disse que este silêncio serve para que os crentes percebam a situação daqueles que não acreditam em Deus. Falando sobre as experiências místicas da beata disse que "tudo aquilo que já sabíamos se mostra agora ainda mais abertamente: com toda a sua caridade, a sua força de fé, Madre Teresa sofria com o silêncio de Deus".[3]

Antídoto contra o sentimentalismo.
Kolodiejchuk enxerga na atitude da beata um antídoto contra o sentimentalismo: "A tendência em nossa vida espiritual, e também na atitude mais geral relativamente ao amor, é que o que conta são os nossos sentimentos. Assim a totalidade do amor é o que sentimos. Mas o amor autêntico a alguém requer o compromisso, fidelidade e vulnerabilidade. Madre Teresa não "sentia" o amor de Cristo, e poderia ter cortado, mas levantava-se às 4:30 h. cada manhã por Jesus e era capaz de escrever-lhe: Tua felicidade é o único que quero. Este é um poderoso exemplo, inclusive em termos não puramente religiosos."[4]

Santa da escuridão.
O jornal The New York Times em editorial de 5 de setembro de 2007 assinala que Madre Teresa em uma de suas cartas afirma que se alguma vez chegarei a ser santa, seguramente o serei da escuridão. O editorial cita a jornalista e escritora Flannery O’Connor, católica, que passou por uma difícil enfermidade de natureza degenerativa, que escreveu que existem pessoas que "pensam que a fé é um grande cobertor elétrico, quando é com certeza a cruz". O artigo procura estabelecer um paralelismo entre o sofrimento dessas duas mulheres quando considera que "ambas não falaram sobre o seu próprio sofrimento e continuaram a trabalhar. "Madre Teresa, enferma de nostalgia por um sentido do divino, manteve a fé com os enfermos de Calcutá", conclui o editorial.[5]

Michael Gerson, colunista do Washington Post, a respeito da "noite escura" de Madre Teresa, escreve que este fato interior e o contraste externo de sua alegria e sorriso não podem ser considerados como se fosse hipocrisia. Afirma que "Há uma espécie de valentia na perda da ilusão sem perder o coração" e que "a santidade tem que ver mais com obediência que com sentimentos espirituais, que a fé pode coexistir com o sofrimento e a dúvida, que a santidade pode ser mais áspera e mais difícil do que imaginamos".[6]

Deus Caritas Est



Bento XVI na sua encíclica Deus caritas est, de 25 de dezembro de 2005, "sobre o amor cristão", cita Madre Teresa como exemplo de pessoa de oração e ao mesmo tempo de fé operativa:

A piedade não afrouxa a luta contra a pobreza ou mesmo contra a miséria do próximo. A beata Teresa de Calcutá é um exemplo evidentíssimo do fato que o tempo dedicado a Deus na oração não só não lesa a eficácia nem a operosidade do amor ao próximo, mas é realmente a sua fonte inexaurível. Na sua carta para a Quaresma de 1996, essa beata escrevia aos seus colaboradores leigos: 'Nós precisamos desta união íntima com Deus na nossa vida cotidiana. E como poderemos obtê-la? Através da oração.[7]

Beatificação e canonização



Foi beatificada em 19 de outubro de 2003, com a ocorrência de um milagre ocorrido com Monica Besra, uma indiana, que foi curada de um tumor no estômago de forma inexplicável e cuja cura foi atribuída a Madre Teresa.[8]



Segue em aberto o processo de sua canonização.

JESUS É NOSSO ALIMENTO



Se Jesus não for nosso alimento, nenhum outro nos será necessário



A religião não oprime o homem; ao contrário, ela abre a cabeça dele para coisas maiores. Ela não tem a função de tornar as pessoas cegas. Aliás, quem é fiel a Deus enxerga tudo e não tem dificuldades no sofrimento, porque tem uma visão espiritual daquilo que está acontecendo.

Meus irmãos, quem está em Deus não tem como errar, porque tudo o que fizer, tudo o que realizar, tem o preceito de Deus, a orientação do Senhor.

Nós sabemos que, pela história, nem todos foram fiéis, mas percebemos que, apesar das infidelidades dos homens, Deus foi fiel, Ele nunca abandonou seu povo. E quem é este Rei que vai reinar com cetro de ferro e nos dar a garantia de um reino eterno? É Jesus. Ele é o Rei.

A Igreja tem um Rei diferente de todos os outros reis. O Rei eterno, indestrutível, que tem o domínio sobre todos os outros reinos. É dessa forma que a sucessão de Davi se consolida em Jesus.

Quando o Senhor se apresentou publicamente, ele disse que não veio tirar nem um “til”, nem um “jota” da Lei; ao contrário, Ele veio dar pleno complemento a ela. Os estatutos, os preceitos do Senhor são eternos, imutáveis, são para todo o sempre, porque nosso Deus faz sempre novas todas as coisas. Os mandamentos, os ensinamentos são sempre novos.

A Palavra de Deus não é uma escrita apenas, algo que alguém pensou. Não. É a Palavra de Deus para nós, homens e mulheres. É um palavra de vida sempre nova. O Senhor tem o desejo de sempre fazer novas todas as coisas. A Sagrada Escritura está cheia de exemplos disso. Quantas vezes Deus levantou o povo de Israel, ensinou esse povo para que ele nunca saísse do caminho da verdade, da justiça!

“Jesus chamou os doze e começou a enviá-los dois a dois, dando-lhes poder sobre os espíritos impuros. Recomendou-lhes que não levassem nada para o caminho, a não ser um cajado; nem pão, nem sacola, nem dinheiro na cintura” (Mc 6,7-8).

Quem diz 'sim' sofre; mas sofre na alegria de saber que Deus não o abandonará. Todo ensinamento está na Lei de Jesus e Ele chama os discípulos para junto de Si. Por isso, proclamamos que a Igreja está sobre a pedra firme, que é Jesus Cristo; e nada a destrói. Dela saíram os doze apóstolos que foram enviados a pregar o Evangelho.

É muito sério quando Deus chama, quando Ele nos envia para anunciar a Sua Palavra. Não podemos dizer 'não'. Precisamos dizer 'sim', porque Ele nos capacitou para isso.

Quando recebemos a Palavra de Deus, nós a reconhecemos e a acolhemos. Então, aquele espírito impuro que habita em nós vai embora, porque estamos assumindo a Palavra de Deus em nossa vida.

Jesus é o Senhor dos senhores, o alimento eterno; por isso precisa ser o único. Se não for Ele o nosso alimento, nenhum outro alimento nos será necessário. É isso o que Ele quer ser na nossa vida. Olhe a Igreja hoje, Jesus dá instruções aos discípulos para que eles realizem o seu ministério apostólico.

Povo de Deus, escute as orientações da Igreja para não se perderem no caminho. Acolhemos, hoje, Jesus. É preciso ser fiel. Não fechemos o nosso coração. Hoje, Cristo ensina e orienta o Seu povo, e Ele escolheu a forma mais simples para estar presente: a Eucaristia. Ele é capaz de saciar a nossa fome e nos dar a vida eterna, porque Ele é a vida eterna. E o desejo do Senhor não é outro, senão a salvação.

EUCARISTIA



Eucaristia




Eucaristia (do grego εὐχαριστία, cujo significado é "reconhecimento", "ação de graças") é uma celebração em memória da morte e ressurreição de Jesus Cristo. Também é denominada "comunhão", "ceia do Senhor", "primeira comunhão", "santa ceia", "refeição noturna do Senhor".

O ritual


Ostensório.
O evangelista Lucas registrou esse mandamento da seguinte forma: "E, tomando um pão, tendo dado graças, o partiu e lhes deu, dizendo: Isto é o meu corpo oferecido por vós; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, depois de cear, tomou o cálice, dizendo: Este é o cálice da Nova Aliança [ou Novo Pacto] no meu sangue derramado em favor de vós." (Lucas 22:19-20, e também Mateus 26;26-29, Marcos 14:22-25, I Coríntios 11:23-26).
Nesta manifestação as igrejas cristãs geralmente repetem o que Jesus Cristo fez na sua Última Ceia, antes de ser entregue às autoridades por Judas Iscariotes, conforme a narração dos evangelhos. Na ocasião, compartilhou com seus apóstolos pão e vinho, na época da celebração da Páscoa judaica (com pães ázimos).
Assim o pão usado na celebração, segundo alguns cristãos, é visto como o Corpo de Cristo sem pecado, que Ele ofereceu na Cruz (em grego stauros) como resgate. O vinho é Seu sangue derramado (ou seja, a sua vida perfeita), para remissão da humanidade condenada ao pecado herdado e morte.
Algumas religiões cristãs celebram a Ceia diariamente ou semanalmente. Algumas denominações cristãs realizam-na duas vezes ao mês, outras mensalmente, outras a cada dois meses ou anualmente (Testemunhas de Jeová e Congregação Cristã).
A passagem do pão e do vinho para o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo (transubstanciação) só é celebrada pela igreja Católica Romana. Na Igreja Ortodoxa é visto como mistério. No luteranismo como consubstanciação. Na tradiçao Reformada como real preença. Nas outras denominações protestantes de tradição evangelical acontecem apenas uma ceia, na qual o pão e o vinho não deixam de continuar sendo pão e vinho.
Significado e celebração
Igreja Católica


A Última Ceia, de Leonardo da Vinci (1452-1519).
A Doutrina da Igreja Católica sempre ensinou que Jesus, antes de morrer, já se referia a este ritual sacramental: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente; e o pão que eu darei pela vida do mundo é a minha carne. Disputavam, pois, os judeus entre si, dizendo: Como pode este dar-nos a comer a sua própria carne? Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tendes vida em vós mesmos" (João 6:51-71). Isto é claro já nos primeiros escritos a respeito, como na carta de São Justino a respeito do tema [1]
Na Igreja Católica, a Eucaristia é um dos sete sacramentos. Segundo o Compêndio do Catecismo da Igreja Católica[1], a Eucaristia é " o próprio sacrifício do Corpo e do Sangue do Senhor Jesus, que Ele instituiu para perpetuar o sacrifício da cruz no decorrer dos séculos até ao seu regresso, confiando assim à sua Igreja o memorial da sua Morte e Ressurreição. É o sinal da unidade, o vínculo da caridade, o banquete pascal, em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é dado o penhor da vida eterna." (n. 271). A palavra Hóstia, em latim, quer dizer vítima, que entre os hebreus, era o cordeiro, sem culpa, imolado em sacrifício a Deus.
Segundo o papa João Paulo II, em sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, a Eucaristia é verdadeiramente um pedaço de céu que se abre sobre a terra; é um raio de glória da Jerusalém celeste, que atravessa as nuvens da nossa história e vem iluminar o nosso caminho.[2] Ainda nessa encíclica, é chamada atenção para o fato significativo de que no lugar onde os Evangelhos Sinópticos narram a instituição da Eucaristia, o evangelho de João propõe a narração do lava-pés, gesto que mostra Jesus mestre de comunhão e de serviço[3]; em seguida o Papa atenta para o fato de que mais tarde o apóstolo Paulo qualifica como indigna duma comunidade cristã a participação na Eucarístia que se verifique num contexto de discórdia e de indiferença pelos pobres.[4]
Comungar ou receber a Comunhão é nome dado ao ato pelo qual o fiel pode receber a sagrada hóstia sozinha, ou acompanhada do vinho consagrado, especialmente nas celebrações de Primeira eucaristia e Crisma. Segundo o Compêndio, "Para receber a sagrada Comunhão é preciso estar plenamente incorporado à Igreja Católica e em estado de graça, isto é, sem consciência de pecado mortal. Quem tem consciência de ter cometido pecado grave deve receber o sacramento da Reconciliação antes da Comunhão. São também importantes o espírito de recolhimento e de oração, a observância do jejum prescrito pela Igreja e ainda a atitude corporal (gestos, trajes), como sinal de respeito para com Cristo." (n. 291).[carece de fontes?]


A transubstanciação do pão em Corpo de Cristo, na missa de canonização do Frei Galvão, em 11 de maio de 2007.
A Igreja Católica confessa a presença real de Cristo, em seu corpo, sangue, alma e Divindade após a transubstanciação do pão e do vinho, ou seja, a aparência permanece de pão e vinho, porém a substância se modifica, passa a ser o próprio Corpo e Sangue de Cristo.
Eucaristia também pode ser usado como sinônimo de hóstia consagrada, no Catolicismo. "Jesus Eucarístico" é como os católicos se referem a Jesus em sua presença na Eucaristia. "Comunhão" é como o sacramento é mais conhecido. As crianças farão a sua Primeira comunhão. "Comunhão Eucarística" é a participação na Eucaristia.
Também há uma adoração especial, chamada "adoração ao Santíssimo Sacramento" e um dia especial para a Eucaristia, o Dia do Corpo de Cristo (em lat. Corpus Christi). Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, a devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós[5]. Para a Igreja, a presença de Cristo nas hóstias consagradas que se conservam após a Missa perdura enquanto subsistirem as espécies do pão do vinho.[6] Um dos grandes fatores que contribuíram para se crer na presença real de Cristo e adorá-lo, foram os "milagres Eucarísticos" em várias localidades do mundo, entre eles, um dos mais conhecidos foi o de Lanciano (Itália).
São João Crisóstomo destaca o efeito unificador da Eucaristia no Corpo de Cristo, que é identificado pelos cristãos como a própria Igreja: Com efeito, o que é o pão? É o corpo de Cristo. E em que se transformam aqueles que o recebem? No corpo de Cristo; não muitos corpos, mas um só corpo. De fato, tal como o pão é um só apesar de constituído por muitos grãos, e estes, embora não se vejam, todavia estão no pão, de tal modo que a sua diferença desapareceu devido à sua perfeita e recíproca fusão, assim também nós estamos unidos reciprocamente entre nós e, todos juntos, com Cristo.[7] João Paulo II ensinou que à desagregação enraizada na humanidade é contraposta a força geradora de unidade do corpo de Cristo.[8]
Segundo a Igreja Católica a transubstanciação da Hóstia pode ser feita apenas por presbíteros(ou padres) ou por sacerdote de maior grau hierárquico (bispos, por alguns cardeais (nem todos são sacerdotes, alguns cardeais sao leigos ou civis, ou diáconos. Ou a missa é celebrada pelopapa). Os diáconos( primeiro grau hierárquico do sacerdócio, não ministram este sacramento.
Igreja Ortodoxa
Como a doutrina da transubstanciação surgiu no ocidente após o cisma com a Igreja Ortodoxa, nela não há uma formulação teológica sobre o que acontece com os elementos na liturgia divina - é tido como "mistério".
O pão na liturgia ortodoxa é fermentado (simbolizando a nova natureza em Cristo) e o vinho é servido a todos os fiéis (inclusive crianças), servido com uma colher.
Igreja do Oriente
Na Igreja do Oriente a Qurbana Qadisha (em aramaico: o Santo Sacrifício) seguem um dos mais antigos ritos em uso, o de Addai e Mari. Suas orações eucarísticas, Gehantha, possuem grande semelhança com as orações e benções judaicas sobre as refeições. Na Igreja do Oriente a doutrina da transubstanciação é desconhecida e em sua liturgia não há as palavras de instituição ("este é meu corpo...este é meu sangue...").
Anglicanismo
Na Igreja Anglicana, o entendimento é de um sacramento, independente de como o mesmo será entendido pelo comungante. Havendo alguns que tendem a uma explicação mais católica outros a explicações mais protestantes(de acordo com a linha dentro do anglicanismo) e alguns até preferem nem se preocupar em explicar como se dá, estando satisfeitos em saber que o corpo e sangue de Jesus está presente ali de alguma maneira.
Protestantismo


Martinho Lutero
Dentro do protestantismo, cuja teologia remonta aos princípios da reforma e são influenciados por Lutero e Calvino, são três visões principais quanto a Eucaristia.
Nas igrejas Luteranas existe o entendimento da ceia como essência ou substância do corpo e do sangue de Cristo, e não transformada no mesmo. A essa forma de entendimento dá-se o nome de consubstanciação ou união sacramental.
Na visão de Zuínglio a ceia é a lembrança do sacrifício de Cristo - essa posição é chamada de memorialismo.
A proposta de Calvino, em oposição a Lutero e Zuínglio, era que na ceia ocorria a presença de Jesus, não nos elementos, mas espiritualmente e posteriormente comunicada aos comungantes. A essa forma de entendimento dá-se o nome de presença espiritual.
Evangelicalismo
Dentro da teologia evangelical a Eucaristia é chamada geralmente por "Santa Ceia" ou "ceia do Senhor", derivando da teologia de Zwinglio. O reformador suíço doutrinava que a ceia não podia promover efeitos espirituais, sendo apenas um símbolo e tendo como único efeito o de lembrança.
Batistas
No século XVII, quando do surgimento da denominação batista, o seu fundador, John Smith, baseou-se, em relação à ceia, nos princípios disseminados por Zwinglio, assim concebendo a ceia apenas como um rito simbólico ordenado por Cristo cujo único efeito é de lembrar-se do mesmo.
O termo preferido é de "ordenança" ao invés de "sacramento".
Testemunhas de Jeová
A celebração da morte de Jesus Cristo realiza-se anualmente pelas Testemunhas de Jeová, segundo o calendário judaico, em 14 de Nisã, após o pôr-do-Sol. É comumente chamada de Comemoração da Morte de Cristo.
Santos dos Últimos Dias
Entre os membros de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, o chamado Sacramento (simplificação de Sacramento da Ceia do Senhor) é partilhado semanalmente aos domingos durante a Reunião Sacramental e é o momento de maior relevância espiritual entre os serviços religiosos dominicais.
Partilham-se pão e água em lembrança do corpo e sangue de Jesus e o ritual é considerado uma renovação dos convênios batismais.
Referências
1. ↑ São Justino. A Celebração da Eucaristia. Página visitada em 07 de Maio de 2011.
2. ↑ Encíclica Ecclesia de Eucharistia, Cap. I, 19
3. ↑ João 13, 1-20.
4. ↑ 1 Coríntios 11, 17-22.27-34.
5. ↑ Visitas ao Santíssimo Sacramento e a Maria Santíssima, Introdução: Obras Ascéticas (Avelino 2000), 295.
6. ↑ Cf. Conc. Ecum. de Trento, Sess. XIII, Decretum de ss. Eucharistia, cân. 4: DS 1654.
7. ↑ Homilias sobre a I Carta aos Coríntios, 24, 2: PG 61, 200; cf. Didaké, IX, 4: F. X. Funk, I, 22; S. Cipriano, Epistula LXIII, 13: PL 4, 384.
8. ↑ Encíclica Ecclesia de Eucharistia, Cap. II, 24.






Liturgia diaria






TEMPO PASCAL


Primeira Leitura
At:15,22-31

22. Então os apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a Igreja, resolveram escolher alguns dentre eles para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Barsabás, e Silas, ambos muito respeitados pelos irmãos.
23. Por intermédio deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia, na Síria e na Cilícia.
24. Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito, mas eles não foram enviados por nós.
25. Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo,
26. homens que arriscaram a vida pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo.
27. Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem.
28. Pois decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis:
29. abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilícitas. Fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”
30. Depois da despedida, Judas e Silas foram para Antioquia, reuniram a assembléia e entregaram a carta.
31. A sua leitura causou alegria, por causa do reconforto que trazia.





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Salmo Responsorial
Sal:57,8-9; Sal:57,10-12

8. § Meu coração está pronto, ó Deus, meu coração está pronto. Quero cantar, a ti quero louvar:
9. desperta, minha glória, despertai, harpa e cítara, quero acordar a aurora.
10. Eu te louvarei entre os povos, Senhor, a ti cantarei hinos entre as nações,
11. porque tua bondade é grande até o céu, e tua fidelidade até as nuvens.
12. § Ó Deus, eleva-te acima do céu, sobre toda a terra se estenda a tua glória.





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Evangelho
Jo:15,12-17

12. Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei.
13. Ninguém tem amor maior do que aquele que dá a vida por seus amigos.
14. Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando.
15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu vos chamo amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai.
16. Não fostes vós que me escolhestes; fui eu que vos escolhi e vos designei, para dardes fruto e para que o vosso fruto permaneça. Assim, tudo o que pedirdes ao Pai, em meu nome, ele vos dará.
17. O que eu vos mando é que vos ameis uns aos outros.