sábado, setembro 29, 2012

29 de setembro Arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael



Arcanjos são Miguel, são Gabriel e são Rafael
O mês de setembro tornou-se o mais festivo para os cristãos, pois a Igreja unificou a celebração dos três arcanjos mais famosos da história do catolicismo e das religiões - Miguel, Gabriel e Rafael - para o dia 29 de setembro, data em que se comemorava apenas o primeiro.

Esses três arcanjos representam a alta hierarquia dos anjos-chefes, o seleto grupo dos sete espíritos puros que atendem ao trono de Deus e são seus "mensageiros dos decretos divinos" aqui na terra.

Miguel, que significa "ninguém é como Deus", ou "semelhança de Deus", é considerado o príncipe guardião e guerreiro, defensor do trono celeste e do Povo de Deus. Fiel escudeiro do Pai Eterno, chefe supremo do exército celeste e dos anjos fiéis a Deus, Miguel é o arcanjo da justiça e do arrependimento, padroeiro da Igreja Católica. Costuma ser de grande ajuda no combate contra as forças maléficas. É citado três vezes na Sagrada Escritura, que narramos na sua página. O seu culto é um dos mais antigos da Igreja.

Gabriel significa "Deus é meu protetor" ou "homem de Deus". É o arcanjo anunciador, por excelência, das revelações de Deus e é, talvez, aquele que esteve perto de Jesus na agonia entre as oliveiras. Padroeiro da diplomacia, dos trabalhadores dos correios e dos operadores dos telefones, comumente está associado a uma trombeta, indicando que é aquele que transmite a Voz de Deus, o portador das notícias. Na sua página, descrevemos com detalhes as suas aparições citadas na Bíblia . Além da missão mais importante e jamais dada a uma criatura, que o Senhor confiou a ele: o anúncio da encarnação do Filho de Deus. Motivo que o fez ser venerado, até mesmo no islamismo.

Rafael, cujo significado é "Deus te cura" ou "cura de Deus", teve a função de acompanhar o jovem Tobias, personagem central do livro Tobit, no Antigo Testamento, em sua viagem, como seu segurança e guia. Foi o único que habitou entre nós, passagem que pode ser lida na página dedicada a ele. Guardião da saúde e da cura física e espiritual, é considerado, também, o chefe da ordem das virtudes. É o padroeiro dos cegos, médicos, sacerdotes e, também, dos viajantes, soldados e escoteiros.

A Igreja Católica considera esses três arcanjos poderosos intercessores dos eleitos ao trono do Altíssimo. Durante as atribulações do cotidiano, eles costumam aconselhar-nos e auxiliar, além, é claro, de levar as nossas orações ao Senhor, trazendo as mensagens da Providência Divina. Preste atenção, ouça e não deixe de rezar para eles.

Ano B - Dia: 29/09/2012




Jesus e Natanael
Leitura Orante


Jo 1,47-51

Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:
- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

Leitura Orante


Saudação

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
- A nós todos, na rede da web, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:

Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia?
Leio, na Bíblia, atentamente o texto: Jo 1,47-51, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Quando Jesus viu Natanael chegando, disse a respeito dele:
- Aí está um verdadeiro israelita, um homem realmente sincero.
Então Natanael perguntou a Jesus:
- De onde o senhor me conhece?
Jesus respondeu:
- Antes que Filipe chamasse você, eu já tinha visto você sentado debaixo daquela figueira.
Então Natanael exclamou:
- Mestre, o senhor é o Filho de Deus! O senhor é o Rei de Israel!
Jesus respondeu:

- Você crê em mim só porque eu disse que tinha visto você debaixo da figueira? Pois você verá coisas maiores do que esta. Eu afirmo a vocês que isto é verdade: vocês verão o céu aberto e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do Homem.

Jesus vê Natanael chegar e diz que ele é um "homem realmente sincero, um verdadeiro israelita". Jesus responde-lhe, e também para todo o grupo, com uma revelação. É ele, o Cristo, um verdadeiro caminho que une a terra ao céu, o mediador, o Caminho para a Verdade e a Vida. Natanael o chamou de Mestre, Filho de Deus. Jesus se confessa "filho do homem" (= homem verdadeiro). Esta última afirmação é dirigida ao grupo inteiro: "Eu afirmo a vocês". A referência à figueira é clara para Natanael. Para nós é ainda enigmática. Uns a interpretam como imagem de Israel. Outros a entendem como vida tranquila e quotidiana. A tradição identificou Natanael com Bartolomeu.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? O que o texto me diz no momento?
Minha vida reflete o que o texto diz ou há contradições? Em que me pareço com Natanael? Os bispos, em Aparecida, disseram:
"A vocação ao discipulado missionário é con-vocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela "nos dá uma família, a família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão" Isto significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é o fato de pertencer a uma comunidade concreta na qual podemos viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão com os sucessores dos Apóstolos e com o Papa." (DAp 156).

3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria,
Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
uardaremos tua Palavra,
meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida,
tem piedade de nós.
(bem-aventurado Alberione)

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Meu Caminho é Jesus. Vou tornar minha vida conforme o seu Projeto. Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia.

Bênção

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

Comentário do Evangelho:29/09/2012


O homem sem falsidade

Este diálogo entre Jesus e Natanael se dá na ocasião em que Jesus convida seus primeiros discípulos, junto a João Batista.
Natanael é um israelita fiel à tradição da Lei. A fala de Jesus, "quando estavas debaixo da figueira, eu te vi", parece remeter ao profeta Zacarias: "Naqueles dias convidar-vos-ei uns aos outros debaixo da figueira..." (Zc 3,10). Natanael vê Jesus na perspectiva do poder. "Filho de Deus" era um título que faraós, imperadores e reis costumavam atribuir a si mesmos. "Rei de Israel" é uma alusão a Davi, origem da expectativa messiânica. Jesus descarta estes títulos e proclama-se o Filho do Homem, que exprime simples condição humana. Este Filho do Homem não vem sobre as nuvens, como na visão de Daniel (Dn 7,13), mas encontra-se na terra, e sobre ele sobem e descem os anjos de Deus, como no sonho de Jacó, no qual a terra lhe é dada como herança (Gn 28,10-17).
Jesus, Filho do Deus de amor, é a presença e comunicação de Deus aos homens e mulheres, na terra e em todos os tempos.

José Raimundo Oliva

MENSAGEM: 29/09/2012


Nasci por amor,
para que não duvides do meu amor.

Nasci pobre,
para que tu possas considerar-me a única riqueza.

Nasci numa estrebaria,
para que tu aprendas a santificar todo ambiente.

Nasci frágil, disse Deus,
para que jamais tenhas medo de mim.

Nasci nu, disse Deus,
para que saibas despojar-te de ti mesmo.

Nasci peregrino,
para que saibas aceitar as dificuldades.

Nasci de noite,
para que tu creias que posso iluminar qualquer realidade.

Nasci pessoa, disse Deus,
para que jamais tenhas vergonha de ser tu mesmo.

Nasci ser humano,
para que tu possas ser "deus".

Nasci na simplicidade,
para que deixas de ser complicado.

Nasci na tua vida, disse Deus,
para levar todos à casa do Pai. 

Lambert Noben

ORAÇÃO

Oração
Pai, leva-me a conhecer, cada vez mais profundamente, a identidade de teu Filho Jesus, e a fazer-me discípulo dele, de modo a compartilhar sua missão.

sexta-feira, setembro 28, 2012

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA


Oração à Nossa Senhora Aparecida
(Para alcançar uma graça)


Querida Mãe Nossa Senhora Aparecida.
Vós que nos amais e nos guiais todos os dias,
vós que sois a mais bela das Mães, a quem eu amo de todo o meu coração.
Eu vos peço mais uma vez que me ajude a alcançar uma graça.
Sei que me ajudará e sei que me acompanhará sempre, até a hora da minha morte.

Reze 3 dias seguidos esta oração e alcançarás a graça, por mais dura que ela seja. Em caso extremo fazer repeti-la 3 horas depois. 

MENSAGEM: 28/09/2012

Senhor Jesus! 
Queremos cantar teu nome nas asas do vento e dizer a todos, através das velhas e novas autopistas da comunicação, que Tu és o caminho, Tu és a luz, Tu és a força, que nos permite conhecer-te cada vez melhor, viver tua mesma vida, irradiar-te em todo o mundo. 

A ti, oh Cristo Mestre e Pastor, elevamos nosso canto nas notas alegres de nossa vida, difundindo a sua melodia com todos os meios que dispomos, com todos os tipos de vocação, respondendo ao teu chamado, para levar a todos a caridade da verdade. 

Faz-nos abertos e acolhedores da tua palavra, Senhor, e disponíveis a tudo o que acontece no mundo, capazes de aceitar as mudanças que incidem sobre o pensamento, sobre o modo de viver e de relacionar-se, partícipes das experiências mais significativas da humanidade, a fim de compreendê-las, interpretá-las e ajudar a transformá-las em páginas de história de salvação para todos. 


M.A.Quaglini

Homilia: 28/09/2012


Irmãos e irmãs, no tempo de Jesus e, segundo os evangelistas, muitos tinham opiniões sobre o ser e agir de Jesus, ao ponto de confundi-Lo com importantes personagens da história da Salvação (cf. Mt 14,1-2; Mc 9,14-16; Lc 9,7-9). Mas quem era o verdadeiro Jesus que lhes falava e manifestava, também por atos e até mesmo no silêncio, o amor de Deus que redime?
Esta questão tinha e continua a ter grande importância, por isso o próprio Senhor pergunta aos doze apóstolos, após terem orado por longo tempo, quem era aquele Homem que os chamou, orou com eles, partilhou a vida e as palavras, realizou grandes sinais diante da vista de todos: “E vós, quem dizeis que eu sou?” (Lc 9,20).
Como porta-voz dos demais, Pedro respondeu com palavras inspiradas: “O Cristo de Deus” (v. 20). Mas será que ele tinha noção do que significaria, no mistério de Jesus, aquelas palavras? Uma leitura comparativa dos Evangelhos sinópticos, inclusive em Mt 16, 13-20, percebe-se que, naquele momento, em Cesaréia de Filipe, eles ainda não seriam capazes de conceberem a relação de Jesus como o Messias e, ao mesmo tempo, o realizador da profecia do Isaías.
Será preciso um Calvário e a releitura dos acontecimentos, em comunidade, guiada pelo Espírito Santo (cf. Jo 14,26) para que a Igreja, num todo, identificasse Jesus Cristo como Servo Sofredor sem fatalismo: “Era o mais desprezado e abandonado de todos, homem do sofrimento, experimentado na dor, indivíduo de quem a gente desvia o olhar, repelente, dele nem tomamos conhecimento” (Isaías 53, 3). Mas o Cristo é também o Mestre dos mestres que, em sua pedagogia divina, foi revelando a verdade, a qual, aos poucos, os doze e a Igreja, ao longo do tempo, foi e continua a ser chamada a aceitar, para que a interpretação do Mistério de Cristo não tenha o ruído do triunfalismo.
“É necessário o Filho do Homem sofrer muito e ser rejeitado pelos anciãos, sumos sacerdotes e escribas, ser morto e, no terceiro dia, ressuscitar” (Lc 9, 22). Até parece que Jesus estava com o trecho de Isaías, acima citado, frente aos seus olhos. Mas, muito mais do que isto, todo o Antigo Testamento estava em seu coração como a história de toda a humanidade, a qual continua necessitada de um único messias que corresponda e supere as esperanças dos povos. Por isso, alerta o magistério da Igreja, instruída pelo Espírito de Cristo: “Numerosos judeus, e até certos pagãos que compartilhavam a esperança deles, reconheceram em Jesus os traços fundamentais do “Filho de Davi” messiânico, prometido por Deus a Israel.
Jesus aceitou o título de Messias [Cristo em grego] ao qual tinha direito, mas com reserva, pois este era entendido por uma parte de seus contemporâneos segundo uma concepção demasiadamente humana, essencialmente política” (CIC, nº 439). Por isso as palavras do primeiro Papa, também representa o reto ensinamento da Igreja de Cristo, que pelo seu Catecismo, exprime a fé n’Aquele que ressuscitou, mas, antes, sofreu por cada um de nós e por todos a Sua Paixão e Morte. Assim, a Fé Pascal (Morte e ressurreição) precisa também suscitar a nossa resposta diária ao Cristo que continua a nos questionar: “E você que é cristão, quem é o Cristo que você segue, principalmente quando a vida lhe propõem ou impõem um Calvário? Quando quereríamos ser tratado com se estivéssemos ainda em Cesaréia, ignorantes em muitas coisas? Talvez, até estejamos nesta etapa, na qual o conhecimento que temos da Palavra de Deus ainda paire abstrato sobre a nossa existência e ações. Por isso, Cristo, como fez com os doze continua a nos propor, nunca impor, a vida de oração comunitária e apostólica (cf. Lc 9, 18) para que, mesmo sem entendermos muitas coisas, possamos ainda nos unir ao mistério do Cristo Pascal.
D’Ele não vem o sofrimento nem a provação, mas a certeza de que nada que passamos, passa ao lado do Seu coração cheio de compaixão e verdade. Ele não é indiferente a ninguém nem às razões das nossas lutas e lágrimas.
De Cesaréia de Filipe ao Calvário, os apóstolos precisaram da paciência e sabedoria do Mestre e Bom Pastor. Também nós podemos ter a certeza de que Ele não mudou a Sua pedagogia, a qual transforma o tempo num elemento imprescindível para o nosso amadurecimento como discípulos e missionários. Agora, ninguém pode ceder aos messianismos presentes, que prometem um céu aqui na terra, ou seja, não se pode dispensar do seguimento e união ao verdadeiro Jesus Cristo, cabeça da Igreja, Aquele que por amor aceitou «sofrer muito» e ressuscitar, no terceiro dia, para nos comunicar o Espírito Santo.
Ele não está obrigado a poupar ninguém do mistério do sofrimento humano neste mundo passageiro. Por isso também, Ele continua conosco como consolo e modelo Supremo na árdua missão que conferiu à Sua Igreja (cada um a seu modo), a partir do Papa e aos sucessores dos apóstolos: «Ensinai-lhes a observar tudo o que vos tenho ordenado. Eis que estou convosco todos os dias, até o fim dos tempos» (Mt 28, 20).
Padre Fernando Santamaria
Comunidade Canção Nova

SANTO DO DIA: SÃO VENCESLAU 28/09/2012


São Venceslau

28 de Setembro




São VenceslauO santo que nos ensina com sua opção pelo Reino de Deus e de vida constante na luta para a santidade, é o príncipe Venceslau. Sua história se entrelaça com a vida e fé da família real. Nasceu em 907. Seu pai, Vratislau, era duque da Boêmia.

O pai e sua avó eram cristãos fervorosos, ao passo que sua mãe era uma pagã ambiciosa e inimiga da religião. São Venceslau foi educado pela avó (Ludmila), por isso cresceu religioso e muito caridoso para com os pobres, enquanto seu irmão educado pela mãe (Boleslau) tornou-se violento e ambicioso.

Com a morte do pai e pouca idade do santo herdeiro, a mãe má intencionada assumiu o governo. Sendo assim tratou de expulsar os missionários católicos. O povo revoltado, juntamente com os nobres pressionaram o príncipe para assumir o governo e com o golpe de estado Venceslau assumiu em 925.

Nos oito anos de reinado, Venceslau honrou a fama de "O príncipe santo". Logo que assumiu o trono, tratou de construir igrejas, mandou regressar os sacerdotes exilados, abriu as fronteiras aos missionários da Suábia e da Baviera. Venceslau governou com tanta justiça e brandura que com pouco tempo conquistou o coração do povo que o amava e por ele era concretamente amado: protetor dos pobres, dos doentes, dos encarcerados, dos órfãos e viúvas. Verdadeiro pai.

Este homem que muito se preocupou com a evangelização do povo a fim de introduzir todos no "sistema de Deus", era de profunda vida espiritual mas, infelizmente, odiado pelo irmão Boleslau e pela mãe, que além de matar a piedosa sogra - educadora do santo -, concordou com a trama contra o filho.

Quando nasceu o primogênito de Boleslau, São Venceslau foi convidado para um solene banquete onde foi pensando na reconciliação de sua família. Tendo saído para estar em oração, na capela real, foi apunhalado pelo irmão e pelos capangas dele. Antes de cair morto, São Venceslau pronunciou: "Em tuas mãos, ó Senhor, entrego o meu espírito". Isto ocorreu em 929.

São Venceslau, rogai por nós!



quinta-feira, setembro 27, 2012

POR QUE VOCÊ QUER VER JESUS?




setembro 27th, 2012

Quando Jesus abria a boca para falar, Suas palavras tornavam realizáveis Seus gestos e testemunhavam Suas ações por palavras ou pela proveniência. Então, todos, em todas as cidades, ouviram falar d’Ele. E a grande maioria tinha curiosidade em conhecê-Lo.
Neste contexto ocorre o Evangelho de hoje. Constatamos que até Herodes ficou admirado com o que se falava de Jesus. Provavelmente, contaram sobre o milagre de Caná, das curas dos doentes, da multiplicação dos pães. Por fim, tudo o que parecesse sobrenatural deixava Herodes perplexo e até supersticioso. Eis aí a razão pela qual ele pensou em João, Elias e os profetas antigos (que uma vez mortos, julgava terem ressurgido). Trata-se da reencarnação? Para Herodes sim, mas para Cristo e os Seus discípulos, não. A dúvida de Herodes, no entanto, fala mais alto: “A João, eu mesmo mandei cortar a cabeça. Mas, quem será, então, esse homem de quem ouço falar essas coisas?”
A certeza da ressurreição era comum entre os fariseus em oposição aos saduceus, os quais não acreditavam nela. Historicamente falando – e segundo esta crença farisaica -, os que morreram piedosamente, justos diante de seu Deus, ressuscitariam e voltariam a viver nesta mesma terra, porém em um reino de glória completamente sob o domínio do Senhor. Mentalidade que, mais tarde, haveria de iluminar a compreensão da ressurreição de Jesus por parte de Seus discípulos judeus.
Voltando ao texto de hoje, Lucas o conclui dizendo que Herodes procurava ver Jesus para ter certeza dos sinais e prodígios que ouviu falar sobre Ele. Eis a razão pela qual Jesus é levado diante de Herodes na Sexta-Feira Santa. O rei quer ver Cristo realizar alguma “mágica”, mas Jesus não dirige sequer uma palavra para ele. Herodes não merecia nem uma palavra do Senhor. A arrogância dele era desprezível, por isso Cristo não fez nenhum milagre diante dele.
Veja que os apóstolos – diferentemente de Herodes – anunciam aos outros a experiência que fizeram do Cristo Ressuscitado: “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os olhos, o que contemplamos e nossas mãos apalparam no tocante ao Verbo da vida, porque a vida se manifestou e nós vimos e testemunhamos, anunciando-vos a vida eterna que estava com o Pai e nos foi manifestada, o que vimos e ouvimos, nós também vos anunciamos a fim de que também vós vivais em comunhão conosco. Ora, nossa comunhão é com o Pai e seu Filho, Jesus Cristo. Nós vos escrevemos estas coisas para nossa alegria ser completa” (1Jo 1,1-4).
Quero lhe fazer uma pergunta: “Por que você quer ver Jesus?”. Até Herodes queria vê-Lo, de tanto que ouviu falar do Senhor. Normalmente, quando ouvimos falar muito de alguém, ficamos curiosos para conhecê-lo. Você já ouviu alguém lhe dizer: “Ah, então você é o fulano? Ouvi muito falar de você!” E você se questiona: “Ouviu falar bem ou mal de mim?”
Lembre-se que a fama de Jesus se espalhou e todos vinham ver a palavra do “jovem pregador que tinha tanto amor”. Ele fazia todas as pessoas felizes. Mas você, que fama tem?
Jesus não só quer ouvir falar muito de você, como também quer estar sempre por perto, pronto para ajudá-lo caso você precise e peça a ajuda d’Ele. Cristo espera para vê-lo feliz e fazendo os outros felizes também. Esta é a fama com que Ele atraiu as multidões (e até mesmo o próprio Herodes).
Faça os outros felizes e você será feliz hoje e sempre!
Padre Bantu Mendonça

SÃO VICENTE DE PAULO 27/09/2012


São Vicente de Paulo

27 de Setembro



São Vicente de Paulo"Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo" (Mat 22,37.39).

Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a "Congregação da Missão" (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as "Filhas da Caridade" (irmãs vicentinas).

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!



Mensagem: Melodia do Coração

Desde sempre os sábios exaltaram o valor da amizade e expressaram em novas imagens o mistério do amigo. Uma imagem que me tocou de modo especial e profundamente foi: "Amigo é aquele que escuta a melodia do coração do outro e a canta de novo para ele, quando este a esqueceu". 

Não sei de quem é esta frase, mas é uma imagem maravilhosa dizer que o amigo escuta a melodia de meu coração. 

O amigo percebe perfeitamente o que está perturbando o meu interior. Ele introduz seu ouvido dentro de mim para descobrir a melodia básica de minha vida, para perceber onde e como a minha vida começa a balançar e vibrar. 

E quando esqueci esta melodia porque me afastei de mim mesmo devido às muitas preocupações do dia-a-dia, meu amigo canta para mim esta melodia. 

Ele me traz de volta ao contato com meu verdadeiro cerne, com meu verdadeiro ser. Ele me traz o reflexo do que eu sou. O amigo me lembra do que sou no mais íntimo. 

Sua tarefa é, pois, mais do que apenas me compreender, do que estar do meu lado e me apoiar. Ele assume dentro dele a melodia de meu coração, para fazê-la soar novamente quando ela tiver emudecido em mim. 

Anselm Grün

Comentário do Evangelho: 27/09/2012


Prática libertadora

Enquanto Marcos e Mateus descrevem detalhadamente a execução por decapitação de João Batista na narrativa simbólica do banquete de Herodes, com a presença de Herodíades, Lucas limita-se a, apenas, uma breve menção a esta execução.
Jesus, por sua prática inovadora e libertadora, é foco de atenção de todos e, particularmente, desperta a suspeita dos representantes do poder romano e do poder religioso judaico, sediado em Jerusalém. Surgem logo interrogações sobre a sua origem. Entre o povo eram diversas as opiniões sobre quem era Jesus. Uns o associavam a alguma figura libertadora popular da tradição do antigo Israel, tais como Elias ou os antigos profetas. Outros viam nele a figura de João Batista, martirizado por Herodes, com o qual o anúncio de Jesus tinha muita afinidade. Havia ainda aqueles que tinham a expectativa de que Jesus fosse o messias davídico que restauraria a humilhada Judeia, transformando-a no pretenso Israel glorioso do tempo de Davi, como hoje pretendem os sionistas do atual Estado de Israel.
A resposta sobre quem é Jesus pode ser encontrada por todos aqueles que são compassivos e misericordiosos, descobrindo Jesus entre os pobres e oprimidos, humildes e excluídos.

José Raimundo Oliva

Quem é Jesus? Leitura Orante Lc 9,7-9

Ano B - Dia: 27/09/2012



Quem é Jesus?
Leitura Orante


Lc 9,7-9

Herodes, o governador da Galiléia, ouviu falar de tudo o que estava acontecendo e ficou sem saber o que pensar. Pois alguns diziam que João Batista tinha sido ressuscitado, outros diziam que Elias tinha aparecido, e outros ainda que um dos antigos profetas havia ressuscitado. Mas Herodes disse:
- Eu mesmo mandei cortar a cabeça de João. Quem será então esse homem de quem ouço falar essas coisas?
E Herodes procurava ver Jesus.


Leitura Orante


Saudação
- A nós, a paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,
no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome,
eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco,
aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar
e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade:
iluminai-nos, para que melhor compreendamos
as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho:
fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida:
transformai nosso coração em terra boa,
onde a Palavra de Deus produza frutos
abundantes de santidade e missão.
(Bv. Alberione)

1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto do dia? Se tenho a Bíblia próxima de mim, localizo o texto e o leio diretamente na Bíblia.
Leio atentamente, na Bíblia, o texto Lc 9,7-9 e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Primeiro, Herodes ouvir falar de Jesus. E se faz a pergunta: Quem será este homem? E, procura "ver" Jesus. Herodes não crê no que ouve, por isso quer ver Jesus. Bastaria vê-lo sem ter fé? Herodes o verá por ocasião do julgamento de Jesus e, realmente, faltou-lhe a fé. São João descreve no Evangelho que " Herodes se alegrou muito ao ver Jesus; Fazia tempo que desejava vê-lo fazer algum milagre. Fez-lhe muitas perguntas, mas Jesus não lhe respondeu" (Jo 23, 8-9). Diz ainda que Herodes com seus soldados trataram Jesus com muito desprezo.

2. Meditação (Caminho)
O que o texto diz para mim, hoje? Qual palavra mais me toca o coração?
Herodes queria "ver" Jesus e o viu, mas não teve fé, não acreditou. Não basta ver. É preciso crer! Quantas pessoas vêem obras de arte sobre Jesus Cristo, vêem espetáculos, lêem obras de grandes autores e, até se comovem, mas não mudam de vida, e não testemunham sua fé. A fé vivida é fundamental. Sobretudo na realidade em que vivemos. Como dizem os bispos no documento de Aparecida: "Diante de uma vida sem sentido, Jesus nos revela a vida íntima de Deus em seu mistério mais elevado,i a comunhão trinitária. É tal o amor de Deus, que faz do homem, peregrino neste mundo, sua morada: "Viremos a ele e viveremos nele" (Jo 14,23). Diante do desespero de um mundo sem Deus, que só vê na morte o final definitivo da existência, Jesus nos oferece a ressurreição e a vida eterna na qual deus será tudo em todos (cf. 1 Cor 15,28). Diante da idolatria dos bens terrenos, Jesus apresenta a vida em Deus como valor supremo: "de que vale alguém ganhar o mundo e perder a sua vida?" (Mc 8,36) (Evangelii Nuntiandi 8). (DAp 109).

O que isso me diz no momento?
3.Oração (Vida)
O que o texto me leva a dizer a Deus? E rezo:
Jesus Mestre, disseste que a vida eterna consiste
em conhecer a ti e ao Pai.
Derrama sobre nós, a abundância
do Espírito Santo!
Que ele nos ilumine, guie e fortaleça no teu seguimento,
porque és o único caminho para o Pai.
Faze-nos crescer no teu amor,
para que sejamos, como o apóstolo Paulo
testemunhas vivas do teu Evangelho.
Com Maria, Mãe Mestra e Rainha dos Apóstolos,
guardaremos tua Palavra, meditando-a no coração.
Jesus Mestre, Caminho, Verdade e Vida, tem piedade de nós.

4.Contemplação (Vida e Missão)
Qual meu novo olhar a partir da Palavra? Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou eliminar do meu modo de pensar e agir aquilo que não vem de Deus, que não é conforme o Projeto de Jesus Mestre. Vou demonstrar pela vida que creio em Jesus Cristo e vivo esta fé. Escolho uma frase ou palavra para memorizar. Vou repeti-la durante o dia

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

27 de setembro São Vicente de Paulo


Vicente de Paulo foi, realmente, uma figura extraordinária para a humanidade. Pertencia a uma família pobre, de cristãos dignos e fervorosos. Nasceu em Pouy, França, no dia 24 de abril de 1581.

Na infância, foi um simples guardador de porcos, o que não o impediu de ter uma brilhante ascensão na alta Corte da sociedade de sua época. Aos dezenove anos, foi ordenado padre e, antes de ser capelão da rainha Margarida de Valois, ficou preso durante dois anos nas mãos dos muçulmanos. O mais curioso é que acabou sendo libertado pelo seu próprio "dono", que, ao longo desse período, Vicente conseguiu converter ao cristianismo.

Todos o admiravam e respeitavam: do cardeal Richelieu à rainha Ana da Áustria, além do próprio rei Luís XIII, que fez questão absoluta de que Vicente de Paulo estivesse presente no seu leito de morte.

Mas quem mais era merecedor da piedade e atenção de Vicente de Paulo eram mesmo os pobres, os menos favorecidos, que sofriam as agruras da miséria. Quando Mazarino, em represália às barricadas erguidas pela França, quis fazer o país entregar-se pela fome, Vicente de Paulo organizou, em São Lázaro, uma mesa popular para servir, diariamente, refeições a duas mil pessoas famintas.

Apesar de ter sempre pouco tempo para os livros, tinha-o muito quando era para tratar e dar alívio espiritual. Quando convenceu o regente francês de que o povo sofria por falta de solidariedade e de pessoas caridosas para estenderem-lhe as mãos, o rei, imediatamente, nomeou-o para ser o ministro da Caridade. Com isso, organizou um trabalho de assistência aos pobres em escala nacional. Fundou e organizou quatro instituições voltadas para a caridade: a "Confraria das Damas da Caridade", os "Servos dos Pobres", a "Congregação dos Padres da Missão", conhecidos como padres lazaristas, em 1625, e, principalmente, as "Filhas da Caridade", em 1633.

Este homem prático, firme, dotado de senso de humor, esperto como um camponês, e sobretudo realista, que dizia aos sacerdotes de São Lazaro: "Amemos Deus, irmãos meus, mas o amemos às nossas custas, com a fadiga dos nossos braços, com o suor do nosso rosto", morreu em Paris no dia 27 de setembro de 1660.

Canonizado em 1737, são Vicente de Paulo é festejado no dia de sua morte, pelos seus filhos e sua filhas espalhados nos quatro cantos do mundo. E por toda a sociedade leiga cristã engajada em cuidar para que seu carisma permaneça, pela ação de suas fundações, que florescem, ainda, nos nossos dias, sempre a serviço dos mais necessitados, doentes e marginalizados.

quarta-feira, setembro 26, 2012

Setembro Mês da Bíblia: Como abrir a Bíblia?


“Como abrir a Bíblia?”

            Claro que é fácil abrir uma Bíblia. Basta colocar os dedos e abrir em duas partes e começar a ler sem problemas. Assim fazemos como todos os livros. Fácil! Não assim com a Bíblia, pois que nos abre a Bíblia é o seu autor: O Espírito Santo! Só Ele sabe como abrir. Os judeus liam muito mais que nós. Mas na 2 Carta aos Coríntios, Paulo fala que “seus espíritos se tornaram obscurecidos. Até hoje, todas as vezes que lêem o Antigo Testamento, este véu permanece. Não é retirado, porque é em Cristo que ele desaparece. Sim até hoje... um véu está sobre seu coração. É somente pela conversão ao Senhor que o véu cai. Pois o Senhor é o Espírito...” (2 Cor 3,14-17).

            Como abrir a Bíblia? Temos que abrir-nos convertendo o coração. Com isto cai o véu e o Espírito nos abre o entendimento das Escrituras. Vemos em Lucas que “Jesus abriu-lhes o entendimento para que entendessem as Escrituras” (Lc 24,45). Ele, pelo seu Espírito vai abrir nossa coração espiritual e aí falar as palavras que lemos. Isso não é um mistério, pois Deus está querendo nos falar sempre, basta dar chances de Ele falar. Quando ouvirmos ou lemos as Escrituras, de quando em quando uma palavra bate mais forte e soa mais clara. Às vezes é uma palavra que vemos todo dia. Mas naquele dia o véu caiu de nossos olhos e pudemos lê-la.
           
            Para ter a facilidade da leitura temos que ouvir como escrito para nós, para nossa vida e não um texto de um livro qualquer. Não lemos a Bíblia, ouvirmos Deus falar. À medida que nos aproximamos de Jesus, Ele continua a nos falar, tocar e curar nosso coração. É interessante como vemos tantos grandes homens e mulheres que ao ouvir um versículo das Escrituras, deixaram tudo, mudaram de vida e empreenderam uma caminhada diferente na santidade e nos serviço aos irmãos. Vemos o caso de Santo Antão, século 3º, que ao entrar na Igreja ouvir as palavras: vai vende tudo o que tens dá aos pobres e terás um tesouro no Céu” (Lc 18,22). Foi para casa, vendeu o que tinha, distribuiu, colocou a irmã em um convento e iniciou a vida eremita no deserto. Viveu 120 anos. A mudança do coração vem sempre de uma Palavra ouvida no coração. Penso que meu defeito e não ouvir com o coração. Não me basta ler para pregar, mas para viver e depois pregar.

            Fala a experiência de ouvir e ler a Palavra como se estivesse falando com Jesus e ouvindo a voz dele. Vai ser maravilhoso. Depois conte para mim. Até as crianças podem ouvir assim. Eles são maduros para ouvir a Palavras.

Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

Santidade é a Vocação fundamental


            Que vocação mais bela do que ser gerado à vida e poder ir construindo dia a dia a grande resposta ao Criador que me fez alma vivente impregnado de seu Espírito? Deus fez o homem alma vivente e soprou sobre em seu rosto o Espírito . Com isso Ele nos deu tudo. Cada fibra de meu corpo, cada célula é uma síntese perfeita deste gesto de amor. É a vocação à vida.

            Mas não para aí. Chamou-me a ser construtor do mundo com Ele. Diz Deus: “crescei e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a” (Gn 1,28). Submeter, mesmo que tenha no texto original o sentido de esmagar com o pé, podemos entende-lo como endereçar para a plena realização. E os fez homem e mulher. Eis a grande complementaridade! É a vocação ao amor. Dentro destas vocações podemos escolher nosso lugar onde amar mais e melhor. É a vocação a um estado de vida e à uma profissão. O amor doado é o mesmo, o modo de realiza-lo está na liberdade de cada um.

            Mas não para aí. A vocação que dá unidade e coesão a todas as vocações é a aquela tão bem vivida pelo Verbo de Deus, Jesus Cristo. É a vocação à permanente união com o Pai, no seio da Trindade Santa. Nela fomos introduzidos pelo Filho Bendito e alimentados pelo Espírito Santo de Amor. É a vocação à santidade.

            Ser santo não é um privilégio, mas um dever de todos, em qualquer estado de vida em que vivam, em qualquer profissão e qualquer circunstância. Nada obstrui o caminho da santidade, nem mesmo o pecado, pois ele pode se tornar um estímulo a maior santidade. Só Deus é bom, diz Jesus na parábola do Pai Misericordioso, a parábola do filho pródigo. Somos santos nele. Esta vocação à santidade é aquele sempre se sentir chamado a unir-se mais e mais ao Senhor de nossas vidas.

            Partindo da festa da Assunção, podemos tirar um modelo e um estímulo para nosso caminho. Assim como Maria foi para o Céu em corpo e alma, assim também nós podemos ir, pois ela foi por primeiro depois de Cristo. Ela puxou a fila daqueles que querem ser fiéis. Ela continua a nos ajudar a ser fiéis. Ela continua a interceder por nós, rezando por nós para sermos fiéis e santos.

            Meu santo irmão e minha santa irmã, nada lhes falta para ter todos os meios para adquirir a santidade. Esta não é privilégio de poucos, mas obrigação de todos. Todos podem ter o Deus santo e bom em si, como vida de sua vida. Podem tê-lo totalmente. Aproveite, pois esta vocação é magnífica. Maria, Mãe de todos nós, animai-nos à santidade.


Pe. Luiz Carlos de Oliveira, C.Ss.R.

CONSAGRAÇÃO A NOSSA SENHORA APARECIDA


Ó Maria Santíssima, que em vossa querida Imagem de Aparecida espalhais inúmeros benefícios sobre todo o Brasil; eu, embora indigno de pertencer ao número dos vossos filhos e filhas, mas cheio do desejo de participar dos benefícios de vossa misericórdia, prostrado a vossos pés consagro-vos meu entendimento, para que sempre pense no amor que mereceis.
Consagro-vos minha língua, para que sempre vos louve e propague vossa devoção. Consagro-vos meu coração, para que, depois de Deus, vos ame sobre todas as coisas. Recebei-me, ó Rainha incomparável, no ditoso número de vossos filhos e filhas. Acolhei-me debaixo de vossa proteção.
Socorrei-me em todas as minhas necessidades espirituais e temporais e, sobretudo, na hora de minha morte. Abençoai-me, ó Mãe Celestial, e com vossa poderosa intercessão fortalecei-me em minha fraqueza, a fim de que, servindo-vos fielmente nesta vida, possa louvar-vos, amar-vos e dar-vos graças no céu, por toda eternidade. Assim seja.

Santo di dia: São Cosme e Damião


São Cosme e São Damião

26 de Setembro




São Cosme e São DamiãoHoje, lembramos dois dos santos mais citados na Igreja: Cosme e Damião. Eram irmãos gêmeos, médicos de profissão e santos na vocação da vida. Viveram no Oriente e, desde jovens, eram habilidosos médicos. Com a conversão passaram a ser também missionários, ou seja, aproveitando a ciência com a confiança no poder da oração levavam a muitos a saúde do corpo e da alma.

Viveram na Ásia Menor, até que diante da perseguição de Diocleciano, no ano 300 da era cristã, foram presos pois eram considerados inimigos dos deuses e acusados de usar feitiçarias e meios diabólicos para disfarçar as curas. Tendo em vista esta acusação, a resposta deles era sempre:

"Nós curamos as doenças, em nome de Jesus Cristo e pelo Seu poder!"

Diante da insistência, quanto à adoração aos deuses, responderam: "Teus deuses não têm poder algum, nós adoramos o Criador do céu e da terra!"

Jamais abandonaram a fé e foram decapitados em 303. São considerados os padroeiros dos farmacêuticos, médicos e das faculdades de medicina.


São Cosme e São Damião, rogai por nós!





Mensagem: CELEBRE CADA DIA

Celebre cada dia... 
suas riquezas, sua glória, sua dor, seu desapontamento, seu êxito, seu fracasso, seu entusiasmo, sua monotonia. 

Celebre cada dia... 
e saiba que você nunca viverá outro igual a ele. 

O que quer que você escolha fazer no dia de hoje faça-o de todo o coração... 
acreditando em tudo o que você é, e em tudo o que pode se tornar. 

Pegue este dia... 
e faça dele uma alegria que vale a pena viver, uma lembrança que vale a pena guardar, uma dádiva que vale a pena partilhar. 

Pegue este dia... 
ele é seu! Este é seu dia! 

Deixe-o saudar você com todos os sonhos, as esperanças, as lembranças... 
que você sempre almejou. 

Que este dia possa surpreender, renovar, circundar você com alegria... 
que este dia seja uma dádiva em si mesmo! 

Quando cantar... cante alegremente. 
Quando falar... fale corajosamente. 
Quando sonhar... sonhe destemidamente. 

Este é seu dia... 
para sonhar um sonho novo em folha, cantar uma canção nova em folha, tocar um momento novo em folha. 

Este é seu dia... 
para ser melhor que você puder ser. 

Nenhum sonho é grande demais para aquele que ousa segui-lo. 

Nenhuma estrela está alta demais para alguém que ousa alcança-la. 
Siga seus sonhos... 
procure alcançar as estrelas! 

Há um arco-íris pronto para você colorir e com coração à espera para você amar... 
e tudo de que você precisa é a coragem para fazer aquilo com que está sonhando. 


Rimberly Rinehart

Oração


Pai, tendo recebido a tarefa de continuar a missão de Jesus, ensina-me a imitá-lo tanto no modo de ser e de pregar, quanto na pobreza e na coragem de enfrentar a rejeição.

Comentário do Evangelho: 26/09/2012

Comentário do Evangelho

Jesus envia em missão

Depois de um tempo de convívio com os doze, chamados no início de seu ministério, Jesus os envia em missão, como cooperadores seus no anúncio do Reino. O anúncio é o objetivo central da missão. As expulsões de demônios e curas de doenças são os gestos concretos de libertação que dão credibilidade ao anúncio. É importante perceber o significado dos demônios e das doenças. Pode-se entender que os demônios são os males do espírito, enquanto as doenças são os males do corpo. Estes males estão associados às multidões de excluídos como resultado da marginalização socioeconômica que gera privações e carências, sofrimento, doenças e morte.
Os discípulos indo despojados e pobres para a missão se identificam com os excluídos, que se abrem para recebê-los. O anúncio da palavra e o amor dos discípulos libertam os pobres deprimidos em seu espírito e valoriza-os, dando-lhes vida, dignidade e iniciativa. Os pobres e excluídos, transformados pela Palavra de Deus, passam a formar comunidades que vivem a fraternidade e a partilha, como células do mundo novo possível.

José Raimundo Oliva

Discípulos missionários sem fronteiras Leitura Orante

Ano B - Dia: 26/09/2012



Discípulos missionários sem fronteiras
Leitura Orante


Lc 9,1-6

Jesus chamou os doze discípulos e lhes deu poder e autoridade para expulsar todos os demônios e curar doenças. Então os enviou para anunciarem o Reino de Deus e curarem os doentes. Ele disse:
- Nesta viagem não levem nada: nem bengala para se apoiar, nem sacola, nem comida, nem dinheiro, nem mesmo uma túnica a mais. Quando vocês entrarem numa cidade, fiquem na casa em que forem recebidos até irem embora daquele lugar. Mas, se forem mal recebidos, saiam logo daquela cidade. E na saída sacudam o pó das suas sandálias, como sinal de protesto contra aquela gente.
Os discípulos então saíram de viagem e andaram por todos os povoados, anunciando o evangelho e curando doentes por toda parte.


Leitura Orante


Saudação
- A nós todos, a paz de Deus, nosso Pai, a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo, no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!
Preparo-me para a Leitura, rezando:
Jesus Mestre, que dissestes:
"Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, eu aí estarei no meio deles",
ficai conosco, aqui reunidos (pela grande rede da internet),
para melhor meditar e comungar com a vossa Palavra.
Sois o Mestre e a Verdade: iluminai-nos, para que melhor compreendamos as Sagradas Escrituras.
Sois o Guia e o Caminho: fazei-nos dóceis ao vosso seguimento.
Sois a Vida: transformai nosso coração em terra boa, onde a Palavra de Deus produza frutos abundantes de santidade e missão.

(Bv. Alberione)
1. Leitura (Verdade)
O que diz o texto?
Leio o texto do dia, na Bíblia, em Lc 9,1-6 e observo as recomendações de Jesus.
Jesus chamou os doze, deu-lhes poder e autoridade sobre o mal. Deu-lhes também recomendações referentes ao estilo de vida pessoal e método missionário. Depois, os enviou dois a dois para levar a mensagem de vida por todos os povoados.

2. Meditação ( Caminho)
- O que a Palavra diz para mim?
Deus quer precisar de nós como testemunhas da sua graça.
Fomos feitos para ser comunidade (grupo dos doze) e formar comunidade ( ir às cidades). Isto é ser discípulo missionário, como nos propõe a Igreja na América Latina, na Missão Continental. O amor inspira atitudes e gestos com gosto de doação e disponibilidade. Foi assim com Jesus. Foi assim com os apóstolos. Mais ainda. Disseram os bispos em Aparecida: "Para não cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, devemos nos formar como discípulos missionários sem fronteiras, dispostos a ir "à outra margem", àquela na qual Cristo não é ainda reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente". (DAp 376).
Deve ser assim comigo, com você. Amar é estar disposto a nos dedicar a um projeto pessoal para ir ao encontro do outro que precisa de mim.

3. Oração (Vida)
- O que a Palavra me leva a dizer a Deus? "É necessário aprender a orar, voltando sempre a aprender esta arte dos lábios do Mestre", disseram os Bispos no Sínodo, em 2008. Jesus Mestre nos ensinou a orar e na sua oração está todo o conteúdo da nossa missão. Rezo, agora, o Pai Nosso, lentamente, observando bem o sentido de cada palavra.
PAI NOSSO

Pai Nosso que estais no céu, santificado seja o vosso nome, venha a nós o vosso Reino, seja feita a vossa vontade, assim na terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje; perdoai-nos as nossas ofensas, assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido, e não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. Amém.

4. Contemplação (Vida/ Missão)
- Qual o meu novo olhar a partir da Palavra?
Hoje, quero viver como discípulo/a missionário/a de Jesus Mestre, pensando nos meus irmãos que precisam de vida. Nos encontros, e também nos desencontros, se houver, rezarei uma bênção sobre cada pessoa, como o fez são Paulo:
"Graça e Paz para você! Quando for visitá-lo, levarei comigo muitas bênçãos de Cristo". (Rm 15,29)

Bênção
- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
-Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

terça-feira, setembro 25, 2012

25/09/2012 homilia de hoje


Esta é uma das passagens preferidas daqueles que gostam de diminuir Maria. Aqui, Jesus afirma que Sua mãe e os irmãos d’Ele são aqueles que ouvem a Palavra de Deus e a põem em prática. Não podemos entrever, nas palavras de Jesus, um desprezo à Sua mãe. Antes, Jesus sabia que não houve uma mulher que fosse tão fiel às palavras de Deus, Seu Pai, senão Maria. Portanto, Jesus exalta aqueles que escutam a Sua Palavra e a põem em prática, a ponto de igualá-los à pessoa que Ele mais tem consideração no mundo: a Sua mãe.
É para mim e para você que Ele dirige esta bem-aventurança. Se nós escutarmos e pusermos em prática Seus ensinamentos, faremos parte da família d’Ele. E “fazer parte da família” implica dizer que teremos os mesmos direitos, os mesmos bens e os mesmos deveres.
Para aqueles que se questionam se Maria teve outros filhos ou não, quero levá-los a meditar no termo “irmão”. No idioma falado naquela região, na época de Jesus, era utilizado para designar irmão ou primo.
“Não é este o filho do carpinteiro? Não é Maria sua mãe? Não são seus irmãos Tiago, José, Simão e Judas? E suas irmãs, não vivem todas entre nós? Donde lhe vem, pois, tudo isso?”(Mateus 13,55-56). A Sagrada Escritura nos dá claros indícios dos supostos “irmãos de Jesus”. Não eram filhos da mãe de Jesus, mas parentes em sentido amplo. A palavra gregaAdelphoi, que nos Evangelhos é traduzida por “irmãos”, é equivalente ao vocábulo bíblico e semita “Ah” que significa “parentesco em geral”.
Tanto em aramaico como em hebraico, o termo “Ah” não designa somente os filhos dos mesmos genitores, mas também os primos ou parentes mais distantes, devido a pobreza vocabular dessas línguas, como pode ser observado em Gênesis 13,8-14; 29,12.15; 31,23; I Crônicas 23,21-23; II Crônicas 36,10; II Reis 36,10; I Samuel 20,29; Juizes 9,23.
A certeza é que ela concebeu Jesus virgem e permaneceu virgem após o parto inexplicavelmente (mistério de fé); após sua morte, ela subiu aos céus sem pecado. O próprio Catecismo da Igreja Católica considera o ato sexual, no matrimônio, uma bênção de Deus. Considera José como castíssimo esposo. No entanto, a nossa visão de castidade é um pouco distorcida: castidade não significa abstinência sexual, mas a vivência da sexualidade de forma sensata e coerente, respeitando o tempo de viver cada etapa da vida.
A união com Jesus não se acontece por vínculos de sangue ou raça, mas pela união ao amor misericordioso do Pai que vem libertar e trazer vida a todos os homens e mulheres. Frequentemente, as famílias se fecham em torno de tradições e de interesses particulares, até excludentes. Jesus amplia um conceito tradicional e hermético de família para um conceito aberto e solidário, com uma dimensão universal. Na medida em que a família se comprometa com “o fazer a vontade do Pai” ela se abre à partilha, à solidariedade e à acolhida aos mais excluídos e empobrecidos, sem preconceitos e com amor.
Jesus indica, assim, o parentesco espiritual que O liga ao povo que resgatou. Os Seus irmãos e irmãs são os homens santos e as mulheres santas que tomam parte com Ele na herança celeste. A Sua mãe é toda a Igreja, porque é ela quem, pela graça de Deus, gera os membros de Jesus Cristo. Sua mãe é também toda a alma santa que faz a vontade do Pai e cuja caridade fecunda se manifesta naqueles que gera para Ele, até que Ele mesmo neles seja formado (Gl 4,19).
Maria é, certamente, a mãe dos membros do Corpo de Cristo, isto é, de nós mesmos, porque, pela sua caridade, cooperou para gerar, na Igreja, os fiéis que são os membros do corpo místico de Jesus.
Padre Bantu Mendonça