sábado, maio 19, 2012

Novena pela paz no Sudão e convida brasileiros a participarem


São Paulo, 19 mai (SIR/ACI) - «Que Deus mova os corações dos poderosos desta terra e lhes dê discernimento».
Com estas palavras, a associação católica internacional «Ajuda à Igreja que Sofre» convida comunidades de religiosos contemplativos e os cristãos do Brasil e do mundo inteiro a rezar pela paz no Sudão. A novena teve início nesta quinta-feira, 17 de maio. A campanha já encontrou acolhida entre comunidades de religiosas contemplativas de vários países africanos e asiáticos como as carmelitas de Gitega (Burundi) e as Clarissas de Antsirabe (Madagascar) que rezarão pelo objetivo da campanha global de oração pelo Sudão e seus cidadãos. Por sua parte, Dom Daniel Adwok, Bispo auxiliar de Cartum, Sudão, alegrou-se pela iniciativa: «Rezamos para que os dois governos e os seus povos possam escolher o caminho da p az e das boas relações de vizinhança entre o Norte e o Sul».
O contexto e razão desta iniciativa de oração são as recentes tensões na região limítrofe entre os dois Estados sudaneses. O Sudão, um dos países mais extensos do continente africano, hoje dividido em duas nações, vive desde sua independência em 1956 uma situação de conflito inter-religioso, que vem aumentando crescentemente chegando ao limite de uma situação insustentável, condenada repetidas vezes pela comunidade internacional e a Santa Sé. Desde sua independência, o país teve a aspiração de converter todo seu território em terras do Islã.
O processo de arabização e islamização foram constantes e prova disso foi a introdução da Lei Islâmica em 1983 pelo Presidente Nimeiri, o que originou uma guerra civil que perdura até hoje e só vem causando morte, destruição e perseguição aos cristãos do país. A Campanha de oração em prol da paz no Sudão será celebrada durante os n ove dias que precedem a festa do Pentecostes deste ano. A partir dessa quinta-feira, 17 de maio, milhares de pessoas no mundo inteiro rezarão por esta importante intenção. «Ajuda à Igreja que Sofre» convida os cristãos e todas as pessoas de boa vontade, e especialmente os religiosos brasileiros a aderir-se à mobilização. O Sudão precisa dessa paz mais que nunca, sublinhou Dom Paride Taban, Bispo emérito de Torit (Sudão do Sul) em declarações à «Ajuda à Igreja que Sofre».

Para conhecer mais o trabalho da fundação e saber como você pode ajudá-la em sua missão, ligue para 0800 77 099 27 ou visite o site: http://www.ais.org.br/info

Deputados apresentam recursos para suspender decisão do STF sobre anencéfalos


Brasília, 19 mai (SIR/ACI) - Em poucos dias, deputados brasileiros apresentaram ao Congresso Nacional em Brasília três recursos diferentes visando suspender a decisão do Supremo Tribunal Federal em relação à ADPF 54, que despenalizou o aborto dos bebês diagnosticados com anencefalia ou severa deformação cerebral durante a gravidez, baseando-se no direito à vida garantido pela Carta Magna da nação e pelo fato da Corte brasileira ter atuado fora da área de sua competência, legislando em matérias de defesa da vida.
O primeiro recurso foi entregue na quarta-feira, 9 de maio de 2012, pelo deputado evangélico Marco Feliciano (PSC/SP) que apresentou à Câmara o Projeto de Lei PDC 565/2012, que visa suspender atos normativos do Poder Executivo. Com efeito, se aprovado o projeto suspenderia "a aplicação da decisão do Suprem o Tribunal Federal proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental nº 54, que declara não ser crime a "antecipação terapêutica de parto" de anencéfalos".
O projeto foi aplaudido por pró-vidas em todo o território nacional. Já na quinta-feira, 10 de maio, os deputados Roberto de Lucena-PV/SP, Salvador Zimbaldi-PDT/SP e João Campos-PSDB/GO, protocolaram na Câmara dos Deputados um Projeto de Decreto Legislativo (PDL), através do qual, propunham "suspender a aplicação da decisão do Supremo Tribunal Federal proferida na Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental- ADPF 54", alegando que o STF não tem competência de legislar contra ou a favor do aborto em nenhuma das hipóteses tipificadas na Constituição ou no Código penal, como também foi reconhecido pelo então presidente do Supremo, o ex-ministro Cezar Peluso, no seu voto em relação à ADPF 54.
Finalmente, no dia 14 de maio, o deputado federal Nazareno Fonteles (PT-PI) apresent ou à Presidência do Congresso Nacional um requerimento pedindo igualmente a nulidade da decisão do Supremo Tribunal Federal que autorizou o aborto de fetos anencéfalos aprovando a ADPF54. Segundo o parlamentar o Supremo "vem desrespeitando reiteradamente" o artigo 49 da Constituição brasileira que assegura que a função de legislar compete apenas aos membros do Congresso Nacional

Diocese de Caxias do Sul (RS) promove Curso de Formação Bíblica

Notícias Religião


Diocese de Caxias do Sul (RS) promove Curso de Formação Bíblica

Caxias do Sul, RS, 19 mai (SIR/Gaudium Press) - A coordenação de pastoral da diocese de Caxias do Sul (RS), dentro do Projeto de Animação Bíblica da Vida e da Pastoral, promoverá um Curso de Formação Bíblica, com o tema: "O Novo testamento e as primeiras comunidades cristãs".
Dividido em seis etapas, o curso será realizado de junho a novembro deste ano, no Centro Diocesano de Formação Pastoral. De acordo com a assessoria de comunicação da diocese gaúcha, a iniciativa tem como objetivos: conhecer a Palavra de Deus a partir do Novo Testamento; animar a experiência de Jesus Cristo; aderir ao projeto do Reino de Deus; capacitar os participantes para articula r a comunidade-igreja e transmitir a Boa Nova do Evangelho.
A coordenação do curso destaca ainda que as atividades terão como finalidade proporcionar uma visão integral da Palavra de Deus, animar o processo de justificação e identidade da fé, a partir da Aliança, apresentar a centralidade da fé cristã na pessoa de Jesus Cristo, comunicar o Evangelho no espírito de discípulos missionário. As etapas do curso acontecerão em 30 de junho e 1º de julho, 28 e 29 de julho, 25 e 26 de agosto, 29 e 30 de setembro, 27 e 28 de outubro e 24 e 25 de novembro. Nos sábados, as atividades iniciam às 8h30 e terminam às 21h. Já nos domingos, o curso começa às 8h30min e vai até as 12h30min. E no dia 08 de dezembro, das 8h30 às 16h, haverá um novo encontro para aqueles que desejam a parte prática dos ministérios da Palavra e da Esperança.
A formação tem como público alvo os catequistas, ministérios leigos, missionários (as), professores de ensino religioso, jovens, religiosos (as), sacerdotes, lideranças de comunidades, agentes de pastoral e demais interessados. A metodologia do curso (estudos, celebrações e vivências) será aplicada por assessores do Centro de Estudos Bíblicos do Rio Grande do Sul (CEBI-RS). Os interessados devem se inscrever até o dia 31 de maio, através do telefone (54) 3211-5032, pelo e-mail coord.pastoral@diocesedecaxias.org.br, ou ainda pelo site www.diocesedecaxias.org.br. O centro Diocesano de Formação Pastoral fica localizado na Rua Emílio Ataliba Finger, 685, no bairro Colina Sorriso, em Caxias do Sul.

20 de maio / 2012 - Ascensão de Nosso Senhor/ B

    Liturgia 

    A PALAVRA E OS SINAIS DO SENHOR GLORIOSO

    1ª leitura: (At 1,1-11) Ascensão de Jesus e missão dos apóstolos – Os dias entre a Páscoa e a Ascensão formam “o retiro de preparação” (40 dias!) para o desabrochamento da Igreja. Foram as últimas instruções de Jesus aos seus: promessa e missão. Eles deverão levar a mensagem de Jesus ao mundo inteiro, e para isso receberão a força do Espírito. Até o Senhor voltar, sua Igreja será missionária. * 1,1-5 cf. Lc 1,1-4; Mt 28,19-20; Lc 24,42-43.49; 3,16 * 1,6-11 cf. Mt 24,36; Lc 24,48.50-51; Mc 16,19; Ef 4,8-10; Sl 110[109],1.
    2ª leitura: (Ef 1,17-23) A força de Deus, revelando-se na exaltação do Cristo – A oração do autor se transforma em proclamação dos magnalia Dei em Cristo. Deus o ressuscitou e o fez cabeça da Igreja e do universo. A Igreja é seu “corpo”, ela o torna presente no mundo, ela é a presença atuante de Cristo no mundo. * 1,17-18 cf. Cl 1,9-10; Ef 3,14 * 1,19-21 cf. Sl 109[110],1; Fl 2,9-11; Cl 1,16 * 1,22-23 cf. 8,6; Ef 4,10.15; Cl 1,18-19.
    Evangelho: (Mc 16,15-20) Final do evangelho de Mc – Mc 16,9-20 é um complemento do final original de Mc (terminado em 16,8), resumo das diversas tradições no N.T. a respeito dos acontecimentos pascais. Mc 16,14 inspira-se de Lc 24,36 e Mt 28,16-17 (dúvida dos apóstolos). Mc 16,15 sintetiza Mt 28,18-20: missão de evangelização radical. Esta missão será acompanhada por sinais milagrosos (cf. vários textos de At; compare Mc 16,18a com At 28,3-6!). Por final, notifica o arrebatamento de Jesus (cf. Elias) e sua instalação à direita de Deus (cf. At 2,33ss; Sl 110[109]) e o início da pregação apostólica. * Cf. Mt 28,16-20; Lc 24,36-39; Jo 20,19-23. 
    ***   ***   *** 
    O evangelho de hoje é quase um resumo dos Atos dos Apóstolos. O Cristo glorioso, na hora de sua despedida, confia aos apóstolos a missão e já prediz aquilo que o livro dos Atos, de fato, descreve com relação a essa missão: o poder de Cristo acompanha seus discípulos na pregação. O texto insiste mais nos sinais que acompanham a palavra do que no conteúdo desta. Isso pode dar a impressão de certo “sensacionalismo”. Devemos ver isso com os olhos daquele tempo: os sinais prodigiosos confirmavam que “Deus estava com eles”. (Neste sentido, Mc 16,15-20 pode também ser considerado como uma explicitação das últimas palavras de Mt 28,20.) O Senhor glorioso, estabelecido no “poder”, dá uma força incrível aos que pregam o seu “nome” (16,17b; cf. At 3). Isso continua sendo verdade ainda hoje. O Senhor glorioso não deixa de dar força aos que se empenham pela pregação de seu Reino. A evangelização hoje é acompanhada por sinais que causam tanta admiração quanto os “milagres” descritos em Mc 16,17-18: pessoas que conseguem livrar-se do vício, do fascínio do lucro; comunidades que se baseiam não na competição, mas na comunhão; apóstolos que parecem abolir as fronteiras humanas; pessoas que, sem serem complexadas, vivem o matrimônio (ou a virgindade) em fidelidade. Será que tudo isso é menos significativo do que pegar em cobras ou beber veneno?
    O evangelho não depende de sinais. Mas, onde há fogo, sai fumaça: a presença do evangelho, por escondida que seja, não pode deixar de chamar a atenção. Transforma a realidade lá onde menos se espera.
    A Ascensão de Cristo ao céu nos torna os encarregados da missão à qual ele, em sua glória, preside. Manifestamos o seu nome, e os sinais confirmam o seu “poder”, que se encarna na pregação do evangelho. O evangelho não deixa as coisas como estão. Essa é a mensagem de hoje. 

    “O SENHOR COOPERAVA COM ELES”

     Depois da ressurreição, Jesus deixou sua missão terrena e subiu aos céus, confiando sua missão aos seus. E “o Senhor cooperava com eles” (evangelho). Depois da Páscoa, tudo mudou. Antes, Jesus era o profeta rejeitado; depois, ele apareceu entrando na glória do Pai – que assim mostrou aos discípulos que Jesus teve razão naquilo que ensinou e realizou. Antes, Jesus chamava os discípulos para serem seus colaboradores; depois, ele é quem “coopera com eles”, pois agora sua obra está nas mãos deles.
    O Ressuscitado mandou os discípulos anunciar a Boa-Nova e lhes prometeu forças extraordinárias para cumprirem sua missão. Quem se empenha corpo e alma pela causa de Deus faz maravilhas, enquanto o acomodado não consegue nada. Movidos pelo amor ao Senhor, os apóstolos se jogaram na pregação, e coisas inimagináveis aconteceram. Ficamos maravilhados ao ler de que foram capazes um José de Anchieta, uma Madre Teresa de Calcutá... A festa da Ascensão nos ensina a fazer de Jesus realmente o Senhor de nossa vida e a arriscar tudo para levar sua missão adiante – realizando o que parecia impossível. Pois ele coopera.
    Coopera de modo extraordinário. Não que o extraordinário em si seja uma prova da divindade. No tempo de Moisés havia os feiticeiros do Egito e no tempo dos apóstolos, os taumaturgos judeus e pagãos. O extraordinário, de per si, é ambíguo, alimenta o sensacionalismo, o “Fantástico” na televisão etc. Ora, na pregação, o extraordinário tem valor de sinal quando mostra que o Espírito do Ressuscitado impulsiona o mensageiro, quando faz reconhecer Jesus como o Senhor e como aquele que coopera com aqueles que estão a seu serviço –­ como aquele que tem força para mudar o mundo, quando os seus se empenham por isso.
    Mas esse poder não serve para glória própria. Serve para o amor, para o projeto pelo qual Jesus deu a vida. Jesus não veio para conquistar o poder, mas para servir e dar a vida pela humanidade. Veio para manifestar o amor de Deus. Se manifesta o poder de Jesus-Senhor, a evangelização deve, antes de tudo, demonstrar o amor de Jesus-Servo. O extraordinário, na evangelização, serve para manifestar que o amor de Deus, tornado visível em Jesus, tem a última palavra.
    Atualizando, poderíamos considerar coisas que são, nesse sentido, extraordinárias: a transformação das estruturas de nossa sociedade, enferrujada em seu egoísmo; a vitória da justiça sobre a corrupção; a vitória da solidariedade e da dignidade humana sobre as muitas formas de vício e degeneração...
    Há grupos religiosos que exibem mais “milagres” do que nós, católicos. Será que por isso devemos apostar mais nas coisas sensacionais? O extraordinário é um sinal, não a causa mesma que está em jogo. É bom ter sinais, mas o mais importante é que a causa seja apresentada na sua integridade. E essa causa é o amor de Cristo que nos impulsiona. Extraordinário mesmo é o que, nas circunstâncias mais contrárias, fala desse amor. Aí, “Ele” aparece cooperando conosco.

    (O Roteiro Homilético é elaborado pelo Pe. Johan Konings SJ – Teólogo, doutor em exegese bíblica, Professor da FAJE. Autor do livro "Liturgia Dominical", Vozes, Petrópolis, 2003. Entre outras obras, coordenou a tradução da "Bíblia Ecumênica" – TEB e a tradução da "Bíblia Sagrada" – CNBB. Konings é Colunista do Dom Total.)