segunda-feira, março 05, 2012

Bispo australiano: Teorias eugênicas como na época do nazismo

Sydney, 04 mar (SIR) – O aborto é homicídio, portanto o chamado “aborto pós-nascimento” é um infanticídio.

É o que sustenta dom Julian Porteous, bispo auxiliar e vicário episcopal para a nova evangelização da Arquidiocese de Sydney, na Austrália, comentado a posição chocante defendida por dois estudiosos italianos de bioética, autores de um ártico com o incrível título «Aborto após o nascimento, por que a criança deveria viver?», publicado no «Journal of Medical Ethics», revista gêmea de uma das mais prestigiosas revistas científicas do mundo, o «British Medical Journal». «Nos Países onde o aborto é permitido – lê-se no artigo – por que não permitir também o infanticídio?
Os recém-nascidos, como os fetos, não tem, de fato, o status moral de uma real pessoa humana». Os dois pesquisadores – dos quais não se diz propositalmente o nome para evitar qualquer forma de publicidade em favor deles, mas que trabalham na Universidade de Melbourne — argumentaram assim suas afirmações: seja o feto como o recém-nascido são só pessoas potenciais, pelo fato que até duas semanas após o nascimento não apresentam nenhum elemento de autoconsciência. Por isso, é a dedução dos dois pesquisadores, é lícito o «aborto pós-nascimento». «Nós afirmamos — escrevem – que a morte de um neonato poderia ser eticamente admissível em todas as circunstâncias em que o é o aborto.
Tais circunstâncias incluem os casos em que o recém-nascido tem o potencial para ter uma vida (pelo menos) aceitável, mas o o bem-estar da família corre risco». E, ancora: «Se os critérios como os custos (sociais, psicológicos, econ?micos) para os potenciais pais são boas razões para praticar o aborto também quando feto é sadio, e o status moral do recém-nascido é o mesmo do feto e se não tem algum valor moral o fato de ser uma pessoa em potencial, as mesmas razões que justificam o aborto também deveria justificar a morte da pessoa quando se encontra no estágio de recém-nascido». Em relação ao limite de tempo no qual, de acordo com esta tese, seria «eticamente lícito» o aborto pós-nascimento, os pesquisadores deixam a questão aos neurologistas e psicólogos, mas no parecer deles «existe a necessidade de algumas semanas para que a criança se torne autoconsciente. A este ponto, de pessoas potencial se torna uma pessoa, e o infanticídio não é mais permitido».
Naturalmente, dom Julian Porteous, contesta o fato que um recém-nascido, assim como um nascituro, possam ser considerados só «pessoas potenciais» ainda não «sujeitas ao direito moral à vida». Também se alguns estudiosos da ética – destaca — «defendem que os recém-nascidos e os nascituros são incapazes de atribuir valor à sua própria existência assim que ser privados desta exis tência não representa para eles uma perda», as modernas tecnologias demonstram o contrário: fotografias tiradas no seio materno mostram nascituros que chupam o dedo, reagem à música, às vozes e até mesmo a seus nomes». «Estamos diante – sublinha ainda o prelado – não diante de uma pessoa potencial, mas a uma pessoa, a um se humano que como tal deve ser protegido. Toda vida humana, e todas as fases desta vida são sagradas».

Inevitáveis, na Austrália e também no Reino Unido, reações à tese defendida no artigo, julgadas «uma aberração», e que representam «os terríveis ecos do terceiro Reich». Bernadette Tobin, diretor do Centre for Ethics no Plunkett St. Vincent & Mater Salute e professor na Universidade católica australiana, uma das mais respeitadas estudiosas de ética no País, defende que os dois pesquisadores não deveriam utilizar eufemismos como «aborto pós-nascimento». Deveriam, sem meios termos, usar a palavra «infanticídio se quiserem convencer as pessoas que não existe alguma diferença entre a morte de um recém-nascido e a interrupção da gravidez».

Para a Tobin, na perspectiva ética — considerando a falta de consciência de um recém-nascido é comparável à de uma pessoa doente ou idosas não capazes de entender, reconhecer e decidir — ampliando isso como fizeram os dois pesquisadores, «poderíamos, então, eliminar todos os idosos incapazes de se locomover, entender, se comunicar, os doentes de Al zheimer em estado avançado. Não era necessário tanto estudo para chegar a essas conclusões aberrantes: as teorias eugênicas foram tristemente elevadas a armas de extermínio». 
ABORTO É CRIME SIM, AMADOS IRMÃOS E IRMÃS, VAMOS LUTAR PELA VIDA, ASSIM COMO DEUS QUER, O ABORTO É HORRENDO, MATAR UM INDEFESO É COVARDIA, É ABOMINAVEL. UM CRISTÃO QUE SE DIZ HOMEM OU MULHER DE DEUS NUNCA DEVERÁ SER AFAVOR DO ABORTO DESTE CRIME ABOMINAVEL E NOGENTO. NOSSO DEUS É O DEUS DA VIDA E NÓS SEUS FILHOS AMADOS DEVEMOS SER SEMPRE AFAVOR DA VIDA E DA DIGNIDADE HUMANA. QUEM AMA NÃO MATA.

Liberdade de religião: aumenta o abismo entre princípios proclamados e aplicação

Genebra, Suíça, 03 mar (SIR/Fides) – “Os ataques terroristas contra cristãos na África, no Oriente Médio e na Ásia aumentaram 309% entre 2003 e 2010. Cerca de 70% da população mundial vive em países com elevadas restrições à crença e à prática religiosa, e as minorias pagam o preço mais alto.

 Em geral, as restrições crescentes quanto às religiões atingem mais de 2,2 bilhões de pessoas”. Estes números foram lembrados Arcebispo Silvano M. Tomasi, Observador Permanente da Santa Sé junto à Agência das Nações Unidas e Instituições especializadas em Genebra, em sua intervenção de anteontem, 01 de março, na 19a sessão do Conselho de Direitos Humanos. O Arcebispo recordou que “a atuação dos direitos humanos é hoje um desafio difícil”, especialmente no que se refere ao direito fundamental e inalienável de toda pessoa à “liberdade de pensamento, de consciência, religião ou crença” e em muitos países, cresce o abismo entre “os princípios enunciados, amplamente aceitos, e sua aplicação cotidiana na prática”.
Por isso, são solicitados à comunidade internacional mais esforços para garantir a proteção das pessoas em seu exercício de liberdade de religião e prática religiosa. “Estes comportamentos – afirmou Dom Tomasi – são absolutamente urgentes, pois a situação em muitos países está piorando e a assinalação destas violações é subestimada”. Em seu pronunciamento, o Observador Permanente da Santa Sé recordou que “a liberdade religiosa não é um direito derivado ou uma concessão, mas um direito fundamental e inalienável da pessoa humana. Uma crença religiosa não deve ser interpretada ou considerada como prejudicial ou ofensiva simplesmente porque é diferente da maioria.
O dever do governo não é definir a religião ou reconhecer seu valor, mas conferir personalidade jurídica à comunidade de fé, a fim de que possa funcionar tranquilamente no âmbito do quadro jurídico”. Dom Tomasi evidenciou ainda “que o problema crítico diante da promoção e proteção dos direitos humanos, no campo da liberdade religiosa, é a intolerância, que causa violência e assassinatos de muitas pessoas inocentes a cada ano somente por causa de suas convicções religiosas”. Ele convidou a “defender a tolerância recíproca e o respeito dos direitos humanos e uma maior igualdade entre os cidadãos de diferentes religiões, para que se realize uma democracia salutar, na qual sejam reconhecidos o papel público da religião e a distinção entre as esferas religiosa e temporal”.
Concluindo seu pronunciamento, o Arcebispo Tomasi reiterou que “uma cultura de tolerância, de aceitação recíproca e de diálogo é urgente”, e para alcançar este objetivo, desempenham papel decisivo o sistema educativo e a mídia, “excluindo o preconceito e o ódio dos livros escolares, jornais e noticiários televisivos, e através da difusão de informações apuradas e autênticas a todos os grupos que formam a sociedade. No entanto, a carência de educação e de informação, que facilita a manipulação das pessoas com objetivos políticos, é quase sempre ligada ao subdesenvolvimento, à pobreza, à falta de acesso à participação efetiva da gestão da sociedade. Uma maior justiça social produz terreno fértil para o aumento de todos os direitos humanos”.

Nigéria: Arcebispo, cristãos devem perdoar, Estado deve agir


Abuja, 29 fev (SIR/Fides) - "O perigo está no ar", disse em 26 de fevereiro Dom John Olorunfemi Onaiyekan, Arcebispo de Abuja, em sua homilia na missa de abertura da Assembleia Plenária da Conferência Episcopal da Nigéria, em andamento na capital federal nigeriana. Dom Onaiyekan se referia, em particular, aos ataques cometidos pela seita Boko Haram e mensagens de ameaças que continuam se multiplicando no país.
"O que é mais preocupante é que aqueles que cometem essa violência pretendem agir de acordo com uma motivação religiosa e repetidamente afirmaram que matando outras pessoas, estão promovendo o Islã. Continuamos a nos dizer que o objetivo deles é transformar a Nigéria num Estado islâmico, com base em sua visão restrita do Islã. Agradecemos a Deus que a liderança respeitável e respeitada do Islã em toda a nação claramente renegou e rejeitou esses bandos de fanáticos assassinos", destacou o Arcebispo.
Além disso, Dom Onaiyekan recordou as vítimas dos atentados e o grande número de deslocados que fogem por causa da insegurança, advertindo que "existe o sério perigo da desagregação da nossa comunidade", porque as relações de boa vizinhança entre cristãos e muçulmanos estão submetidas a um sério estresse. Dom Onaiyekan acusou os "engenheiros da divisão" que querem dividir em campos opostos os nigerianos.
O Arcebispo convidou os cristãos ao perdão e à conversão do coração, mas ao mesmo tempo chamou as autoridades às suas responsabilidades para deter a violência. Uma visão que é compartilhada pelo Presidente do Senado federal, David Mark, que interveio na Assembleia Plenária dos Bispos, pedindo aos cristãos que perdoem os agressores, mas acrescentou: "Enquanto pedimos aos fiéis católicos que perdoem, as leis do Estado devem ser aplicadas. Não é tarefa d o Estado perdoar. O Estado deve fazer de modo que aqueles que cometem essas atrocidades sejam punidos de modo adequado".

Honduras: Cardeal, "Abandonar cultura da vingança quando se fala de prisões”

Tegucigalpa, 29 fev (SIR/Fides) – O Cardeal-Arcebispo de Tegucigalpa, Oscar Rodriguez Maradiaga, expressou-se sobre a recente tragédia ocorrida no cárcere de Comayagua dizendo que é preciso explicar que os cárceres na América “são verdadeiros infernos” e que “existe todo um sistema que deve ser mudado”.

O Cardeal afirmou que, das informações recebidas até agora, é provável que o incêndio que matou 360 detentos tenha sido causado por um curto circuito elétrico e não por um “ato criminoso”, mesmo que existam suspeitas sobre a preparação de uma "fuga de massa". O Arcebispo, que é também Presidente de Caritas Internationalis, observou também que estes eventos devem servir para aumentar a consciência da sociedade latino-americana sobre o estado de suas prisões e abandonar a "cultura da vingança", que é n ormalmente o modo com o qual são enfrentados os problemas relativos às prisões.
“As prisões do continente latino-americano são verdadeiros infernos, e a coisa mais triste é que os cidadãos não são conscientes disso. Ao contrário, parece que está surgindo uma cultura da vingança: ‘cometeram crimes, devem pagar por eles’” – disse o Cardeal, lamentando que os cárceres em Honduras são velhos, as condições de vida ‘muito precárias’ e infelizmente, “terrivelmente super-lotados”, em grande parte do continente". O Cardeal Rodriguez Maradiaga falou com a imprensa sobre estes temas antes de participar de um ciclo de conferências sobre a situação econ?mica do continente, em andamento nas Ilhas Canárias, a convite da Universidade de Las Palmas de Gran Canaria.

Noticias - Religião

Presbiterianos: Processar governo sírio por crimes contra humanidade

New York, 29 fev (SIR/Fides) - "Pedimos às Nações Unidas de perseguir o grupo dirigente das forças de governo e do exército de Assad por crimes contra a humanidade": é o apelo lançado pela organização "Presbiterianos pela paz no Oriente Médio" (www.pfmep.org), expressão da Igreja Presbiteriana nos Estados Unidos, que continua a acompanhar com preocupação a trágica situação na Síria.
Numa nota enviada à Agência Fides, os Presbiterianos – que nas semanas passadas pediram os observadores da Liga Árabe e a demissão do presidente Assad – notam que "o presidente Assad e o exército sírio fizeram uma paródia de todos os sinceros esforços para alcançar uma solução pacífica para a crise; ao invés, empreenderam o caminho dos massacres em larga escala, matando milhares de inocentes".
Apreciando os recentes esforços da administração dos EUA para organizar a assistência humanitária para milhares de vítimas e feridos, a organização apoia a coalizão emergente dos países árabes e não árabes sob a bandeira dos "Amigos da Síria". "Os nossos pensamentos e as nossas orações – prossegue a nota – estão com todas as pessoas corajosas da Síria que tentaram alcançar uma transição pacífica do regime, mas são, ao invés, vítimas de terríveis violências".
A Ong, por fim, aprova o recente relatório da Comissão de investigação independente da ONU sobre a Síria, que encontrou "motivos fundados para considerar que os indivíduos dos mais altos níveis do governo foram responsáveis de crimes contra a humanidade e de outras graves violações dos direitos humanos". A PFMEP, com sede nos EUA, está ligada à Aliança Mundial das Igrejas Reformadas e Presbiterianas, igrejas cristãs nascidas sobretudo da Reforma calvinista.