terça-feira, março 26, 2013

MEDITEMOS COM JESUS E OS DISCIPULOS



Jesus aponta o traidor - Jo 13,21-33.36-38

Jesus ficou interiormente perturbado e testemunhou: “Em verdade, em verdade, vos digo: um de vós me entregará”. Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem estava falando. Ao lado de Jesus, estava reclinado um dos seus discípulos, aquele que Jesus mais amava. Simão Pedro acenou para que perguntasse de quem ele estava falando. O discípulo, [...] perguntou: “Senhor, quem é?” Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der um bocado passado no molho”. Jesus molhou um bocado e deu a Judas, filho de Simão Iscariotes. Depois do bocado, Satanás entrou em Judas. [...] Ele saiu imediatamente. Era noite. [...] Jesus disse: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. Se Deus foi glorificado nele, Deus também o glorificará, e o glorificará logo. Filhinhos, por pouco tempo eu ainda estou convosco. Vós me procurareis, e agora vos digo, [...]‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”. Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, não podes seguir-me agora; mais tarde me seguirás”. Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei minha vida por ti!” Jesus respondeu: “Darás tua vida por mim? Em verdade, em verdade, te digo: não cantará o galo antes que me tenhas negado três vezes”.
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

Começo pedindo luzes para bem rezar a Palavra para todos
os que navegam na rede da internet, neste início da Semana Santa:

- Vinde, ó Deus em meu auxílio. 
- Socorrei-me sem demora. 
- Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. 
- Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Hino
O fel lhe dão por bebida
sobre o madeiro sagrado.
Espinhos, cravos e lança
ferem seu corpo e seu lado.
No sangue e água que jorram,
mar, terra e céu são lavados.

Ó cruz fiel sois a árvore
mais nobre em meio às demais,
que selva alguma produz
com flor e frutos iguais.
Ó lenho e cravos tão doces,
um doce peso levais.

Árvore, inclina os teus ramos,
abranda as fibras mais duras.
A quem te fez germinar
minora tantas torturas.
Leito mais brando oferece
ao Santo Rei das alturas.

Só tu, ó Cruz, mereceste
suster o preço do mundo
e preparar para o náufrago
um porto, em mar tão profundo.
Quis o cordeiro imolado
banhar-te em sangue fecundo.

Glória e poder à Trindade.
Ao Pai e ao Filho Louvor.
Honra ao Espírito Santo.
Eterna glória ao Senhor,
que nos salvou pela graça
e nos remiu pelo amor.

A vós, Trindade clemente,
com toda a terra adoramos,
e no perdão renovados
um canto novo cantamos.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, Bíblia, o texto: Jo 13,21-33.36-38, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Nesta ceia os apóstolos estão com Jesus.
Entre eles, destacam-se:
João, aquele "a quem Jesus amava",
Simão Pedro, representando as pessoas em busca de identidade
e Judas Iscariotes, o traidor.
Nas refeições solenes, dar um pedaço de pão umedecido no molho era sinal de carinho especial. Jesus entrega este pedaço de pão a Judas Iscariotes. Com isto o Evangelho dá a entender que Jesus ama de maneira extraordinária aquele que o trairá. A traição não foi obra de inimigos de Jesus. Aconteceu por meio de um dos seus apóstolos. Pedro se manifesta distante de Jesus, não só fisicamente, mas precisa da mediação de João para se comunicar com o Mestre. Diz que gostaria de seguir Jesus logo. Isto está implícito na sua pergunta, mas, em seguida, durante o julgamento de Jesus, vai trai-lo por três vezes.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje?
Também eu me coloco à mesa, junto a Jesus. Em que lugar? Identifico-me com Pedro, João, ou com qual apóstolo? Os bispos, na Conferência de Aparecida falaram da comunidade de amor que nasce da Eucaristia e constrói a unidade. "A Igreja, como "comunidade de amor" é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. No exercício da unidade desejada por Jesus, os homens e mulheres de nosso tempo se sentem convocados e recorrem à formosa aventura da fé. "Que também eles vivam unidos a nós para que o mundo creia" (Jo 17,21). A Igreja cresce, não por proselitismo mas "por 'atração': como Cristo 'atrai tudo a si' com a força de seu amor". A Igreja "atrai" quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34)." (DAp 159).

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações, ou com a
VIA SACRA
1. Jesus é condenado à morte por Pilatos (Mt27,26)
A cada estação, faço um momento de silêncio e depois rezo:
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.
2. Jesus carrega a sua Cruz (Mt 27,31)
3. Jesus cai pela primeira vez
4. Jesus encontra a sua Mãe
5. Jesus recebe ajuda de Simão para carregar a Cruz (Mt27.32)
6. Verônica enxuga o rosto de Jesus
7. Jesus cai pela segunda vez sob o peso da Cruz
8. Jesus fala às mulheres de Jerusalém (Lc 23,27)
9. Jesus cai pela terceira vez sob o peso da Cruz
10. Jesus é despojado de suas vestes (Mt 27,35)
11. Jesus é pregado na Cruz
12. Jesus morre na Cruz (Mt 27,50)
13. Jesus é descido da Cruz (Mt 27,59)
14. Jesus é sepultado (Mt27,60)
15. Jesus ressuscita (Mt 28,5).
Termino, fazendo com muita consciência o sinal da cruz:
"Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de acolhimento a Jesus na pessoa dos irmãos. Preciso de mais conversão. Às vezes sou como Pedro: distante e sem compromisso.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém. 
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém. 
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém. 
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém. 

UM ALERTA PARA TODOS NÓS


Antes das celebrações da Ceia e da Paixão, a Igreja coloca para todos os cristãos a personalidade de Judas,  o traidor de Jesus, entregando-o aos Seus algozes para, depois, ser preso e morto.
No Evangelho de hoje, Jesus levanta a voz e, dirigindo-se ao seu homem de confiança, diz: “Faça logo o que você tem de fazer”. Essas palavras devem ter soado nos ouvidos e no coração de Judas quase como uma obrigação, e ele saiu correndo, como se tivesse medo e vergonha da própria sombra, porque teve consciência, naquele momento, de que o Mestre sabia de seus planos e de sua traição. No entanto, não voltou atrás. Que pena!
Muita gente quis ver, nesse fato, uma espécie de “predeterminação”, como se Judas tivesse sido escolhido por Deus para ser o protagonista de um ato infame, mas necessário.
Necessário por ser a hora da manifestação plena do amor de Jesus, até o fim, sem recuar diante das ameaças que pairavam sobre Ele. É a plena manifestação de Sua divindade e eternidade.
Voltando ao caso Judas, diríamos que, na realidade, não era necessária sua atitude, pois Jesus podia ter sido descoberto e preso de outro modo. Se Judas, apesar de ser discípulo de Jesus e de ouvir, todos os dias, Seus ensinamentos, chegou a esse ato de traição, é porque tinha tendências e personalidade de traidor, tendências que nascem da ambição, da inveja, do egoísmo, da falsidade e falta de amor. O mais triste é que se tratava de uma pessoa íntima, porque, como disse o evangelista, ele “comia no mesmo prato do Mestre”. O nosso modo de comer difere do modo de comer dos judeus.
Era costume deles colocar, no centro da mesa, bandejas com comida, das quais cada um ia se servindo; em geral, com os dedos, com a mão. Costume que vigora ainda entre muitos povos. Judas pertencia aos amigos íntimos de Jesus. E isso é o que causa mais estranheza e tristeza.
Que essas considerações sirvam de alerta para nós, que pensamos estar livres de uma traição só pelo fato de sermos pessoas da Igreja e de comunhão frequente. Onde não existe amor verdadeiro tudo é possível.
Padre Bantu Mendonça

EVANGELHO: TERÇA FEIRA SANTA


Terça-Feira, 26 de Março de 2013
Semana Santa

                                                                                                   — O Senhor esteja convosco.

— Ele está no meio de nós.
— Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo + segundo João.
— Glória a vós, Senhor.

Naquele tempo, estando à mesa com seus discípulos, 21Jesus ficou profundamente comovido e testemunhou: “Em verdade, em verdade vos digo, um de vós me entregará”.22Desconcertados, os discípulos olhavam uns para os outros, pois não sabiam de quem Jesus estava falando.
23Um deles, a quem Jesus amava, estava recostado ao lado de Jesus. 24Simão Pedro fez-lhe um sinal para que ele procurasse saber de quem Jesus estava falando. 25Então, o discípulo, reclinando-se sobre o peito de Jesus, perguntou-lhe: “Senhor, quem é?”
26Jesus respondeu: “É aquele a quem eu der o pedaço de pão passado no molho”. Então Jesus molhou um pedaço de pão e deu-o a Judas, filho de Simão Isca­riotes. 27Depois do pedaço de pão, Satanás entrou em Judas. Então Jesus lhe disse: “O que tens a fazer, executa-o depressa”.
28Nenhum dos presentes compreendeu por que Jesus lhe disse isso. 29Como Judas guardava a bolsa, alguns pensavam que Jesus lhe queria dizer: ‘Compra o que precisamos para a festa’, ou que desse alguma coisa aos pobres. 30Depois de receber o pedaço de pão, Judas saiu imediatamente. Era noite.
31Depois que Judas saiu, disse Jesus: “Agora foi glorificado o Filho do Homem, e Deus foi glorificado nele. 32Se Deus foi glorificado nele, também Deus o glorificará em si mesmo, e o glorificará logo. 33Filhinhos, por pouco tempo estou ainda convosco. Vós me pro­curareis, e agora vos digo, como eu disse também aos judeus: ‘Para onde eu vou, vós não podeis ir’”.
36Simão Pedro perguntou: “Senhor, para onde vais?” Jesus respondeu-lhe: “Para onde eu vou, tu não me podes seguir agora, mas seguirás mais tarde”. 37Pedro disse: “Senhor, por que não posso seguir-te agora? Eu darei a minha vida por ti!” 38Respondeu Jesus: “Darás a tua vida por mim? Em verdade, em verdade te digo: o galo não cantará antes que me tenhas negado três vezes”.

- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.

DOMINGO DE PÁSCOA


O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.

São Paulo nos diz : "Aquele que ressuscitou Jesus Cristo devolverá a vida a nossos corpos mortais". Não se pode compreender nem explicar a grandeza da Páscoa cristã sem evocar a Páscoa Judaica, que Israel festejava, e que os judeus ainda festejam, como festejaram os hebreus há três mil anos. O próprio Cristo celebrou a Páscoa todos os anos durante a sua vida terrena, segundo o ritual em vigor entre o povo de Deus, até o último ano de sua vida, em cuja Páscoa aconteceu na ceia e na istituição da Eucaristia.

Cristo, ao celebrar a Páscoa na Ceia, deu à comemoração tradicional da libertação do povo judeu um sentido novo e muito mais amplo. Não é um povo, uma nação isolada que Ele liberta, mas o mundo inteiro, a quem prepara para o Reino dos Céus. A Páscoa cristã - cheia de profunda simbologia - celebra a proteção que Cristo não cessou nem cessará de dispensar à Igreja até que Ele abra as portas da Jerusalém celestial. A festa da Páscoa é, antes de tudo, a representação do acontecimento chave da humanidade, a Ressurreição de Jesus depois de sua morte consentida por Ele para o resgate e a reabilitação do homem caído. Este acontecimento é um dado histórico inegável. Além de que todos os evangelistas fizeram referência. São Paulo confirma como o historiador que se apoia, não somente em provas, mas em testemunhos.

Páscoa é vitória, é o homem chamado a sua maior dignidade. Como não se alegrar pela vitória d'Aquele que tão injustamente foi condenado à paixão mais terrível e à morte de cruz?, pela vitória d'Aquele que anteriormente foi flagelado, esbofeteado, cuspido, com tanta desumana crueldade.

Este é o dia da esperança universal, o dia em que em torno ao ressuscitado, unem-se e se associam todos os sofrimentos humanos, as desolusões, as humilhações, as cruzes, a dignidade humana violada, a vida humana respeitada.

A Ressurreição nos revela a nossa vocação cristã e nossa missão: aproximá-la a todos os homens. O homem não pode perder jamais a esperança na vitória do bem sobre o mal. Creio na Ressurreição?, a proclamo?; creio em minha vocação e missão cristã, a vivo?; creio na ressurreição futura? , é alento para esta vida?, são perguntas que devem ser feitas.

A mensagem redentora da Páscoa não é outra coisa que a purificação total do homem, a libertação de seus egoísmos, de sua sensualidade, de seus complexos, purificação que, ainda que implique em uma fase de limpeza e saneamento interior, contudo se realiza de maneira positiva com dons de plenitude, com a iluminação do Espírito, a vitalização do ser por uma vida nova, que transborda alegria e paz - soma de todos os bens messiânicos-, em uma palavra, a presença do Senhor ressuscitado. São Paulo o expressou com incontida emoção neste texto: " Se ressuscitastes com Cristo, então vos manifestareis gloriosos com Ele".

SEMANA SANTA


VIVENDO A SEMANA SANTA
A Semana Santa é o grande retiro espiritual das comunidades eclesiais, convidando os cristãos à conversão e renovação de vida. Ela se inicia com o Domingo de Ramos e se estende até o Domingo da Páscoa. É a semana mais importante do ano litúrgico, quando se celebram de modo especial os mistérios da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. 

DOMINGO DE RAMOS - A celebração desse dia lembra a entrada de Jesus em Jerusalém, aonde vai para completar sua missão, que culminará com a morte na cruz. Os evangelhos relatam que muitas pessoas homenagearam a Jesus, estendendo mantos pelo chão e aclamando-o com ramos de árvores. Por isso hoje os fiéis carregam ramos, recordando o acontecimento. Imitando o gesto do povo em Jerusalém, querem exprimir que Jesus é o único mestre e Senhor. 

2ª A 4ª FEIRAS – Nestes dias, a Liturgia apresenta textos bíblicos que enfocam a missão redentora de Cristo. Nesses dias não há nenhuma celebração litúrgica especial, mas nas comunidades paroquiais, é costume realizarem procissões, vias-sacras, celebrações penitenciais e outras, procurando realçar o sentido da Semana.

Tríduo Pascal 

O ponto alto da Semana Santa é o Tríduo Pascal (ou Tríduo Sacro) que se inicia com a missa vespertina da Quinta-feira Santa e se conclui com a Vigília Pascal, no Sábado Santo. Os três dias formam uma só celebração, que resume todo o mistério pascal. Por isso, nas celebrações da quinta-feira à noite e da sexta-feira não se dá a bênção final; ela só será dada, solenemente, no final da Vigília Pascal. 

QUINTA-FEIRA SANTA - Neste dia celebra-se a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. A Eucaristia é o sacramento do Corpo e Sangue de Cristo, que se oferece como alimento espiritual.

De manhã só há uma celebração, a Missa do Crisma que, na nossa diocese, é realizada na noite de quarta-feira, permitindo que mais pessoas possam participar. 

Na quinta-feira à noite acontece a celebração solene da Missa, em que se recorda a instituição da Eucaristia e do Sacerdócio ministerial. Nessa missa realiza-se a cerimônia do lava-pés, em que o celebrante recorda o gesto de Cristo que lavou os pés dos seus apóstolos. Esse gesto procura transmitir a mensagem de que o cristão deve ser humilde e servidor. 

Nessa celebração também se recorda o mandamento novo que Jesus deixou: “Eu vos dou um novo mandamento, que vos ameis uns aos outros assim como Eu vos amei.” Comungar o corpo e sangue de Cristo na Eucaristia implica a vivência do amor fraterno e do serviço. Essa é a lição da celebração.

SEXTA-FEIRA SANTA - A Igreja contempla o mistério do grande amor de Deus pelos homens. Ela se recolhe no silêncio, na oração e na escuta da palavra divina, procurando entender o significado profundo da morte do Senhor. Neste dia não há missa. À tarde acontece a Celebração da Paixão e Morte de Jesus, com a proclamação da Palavra, a oração universal, a adoração da cruz e a distribuição da Sagrada Comunhão.

Na primeira parte, são proclamados um texto do profeta Isaías sobre o Servo Sofredor, figura de Cristo, outro da Carta aos Hebreus que ressalta a fidelidade de Jesus ao projeto do Pai e o relato da paixão e morte de Cristo do evangelista João. São três textos muito ricos e que se completam, ressaltando a missão salvadora de Jesus Cristo.

O segundo momento é a Oração Universal, compreendendo diversas preces pela Igreja e pela humanidade. Aos pés do Redentor imolado, a Igreja faz as suas súplicas confiante. Depois segue-se o momento solene e profundo da apresentação da Cruz, convidando todos a adorarem o Salvador nela pregado: “Eis o lenho da Cruz, do qual pendeu a salvação do mundo. – Vinde adoremos”. 

E o quarto momento é a comunhão. Todos revivem a morte do Senhor e querem receber seu corpo e sangue; é a proclamação da fé no Cristo que morreu, mas ressuscitou. 

Nesse dia a Igreja pede o sacrifício do jejum e da abstinência de carne, como ato de homenagem e gratidão a Cristo, para ajudar-nos a viver mais intensamente esse mistério, e como gesto de solidariedade com tantos irmãos que não têm o necessário para viver. 

Mas a Semana Santa não se encerra com a sexta-feira, mas no dia seguinte quando se celebra a vitória de Jesus. Só há sentido em celebrar a cruz quando se vive a certeza da ressurreição. 

VIGÍLIA PASCAL - Sábado Santo é dia de “luto”, de silêncio e de oração. A Igreja permanece junto ao sepulcro, meditando no mistério da morte do Senhor e na expectativa de sua ressurreição. Durante o dia não há missa, batizado, casamento, nenhuma celebração. 

À noite, a Igreja celebra a solene Vigília Pascal, a “mãe de todas as vigílias”, revivendo a ressurreição de Cristo, sal vitória sobre o pecado e a morte. A cerimônia é carregada de ricos simbolismos que nos lembram a ação de Deus, a luz e a vida nova que brotam da ressurreição de Cristo.


domingo, março 17, 2013

REFLEXÃO: PRIMEIRO ANGELUS COM O PAPA FRANCISCO 17/03/2013

O nosso querido Papa Francisco, rezou da janela de seu apartamento o Primeiro Angelus com o povo.
o Papa refletiu o evangelho Jo 8, 1-11 a mulher adultera.  o Papa ressaltou que: " DEUS NÃO SE CANSA DE PERDOAR, É NÓS QUE MUITAS VEZES NOS CANSAMOS DE PEDIR PERDÃO." 
AS PALAVRAS DO SANTO PADRE NOS ENCHE DE ESPERANÇA E DE FÉ.
O MUNDO PRECISA DE MISERICÓRDIA, NÓS NÃO ESTAMOS ACOSTUMADOS A PERDOAR, AINDA SENTIMOS MUITO RANCOR, GUARDAMOS MUITAS MAGOAS, DEIXAMOS QUE A RAIVA SOBRESSAIA. É PRECISO BUSCAR A MISERICÓRDIA, TRABALHAR NOSSO CORAÇÃO E NOSSO INTERIOR PARA UMA ABERTURA AO PERDÃO. É PRECISO SABER PEDIR E DAR O PERDÃO. O PERDÃO CURA TUDO. O PERDÃO RESTAURA NOSSO SER, NOS VIDA E DIGNIDADE NOVAMENTE. O PAPA DISSE QUE DEUS NÃO SE CANSA DE PERDOAR, NÃO SE CANSA DE TER PACIÊNCIA CONOSCO. O QUE SERIA DE NÓS SE DEUS NÃO TIVESSE PACIÊNCIA CONOSCO? O SANTO PADRE PEDE PARA PENSARMOS NO QUANTO DEUS TEM PACIÊNCIA CONOSCO.  QUE DOM MARAVILHOSO QUE CRISTO CONFIOU A IGREJA O DOM DE PERDOAR OS PECADOS. DEUS É AMOR E MISERICÓRDIA SEMPRE E PARA SEMPRE. NÃO EXISTE PECADO QUE NÃO TENHA PERDÃO. O ÚNICO PECADO QUE NÃO TEM PERDÃO É AQUELE QUE NÓS NÃO QUEREMOS O PERDÃO. QUANDO NÓS NÃO QUEREMOS OU NÃO ACREDITAMOS QUE DEUS PERDOA AI NÃO TEM COMO RECEBERMOS O PERDÃO, NÃO PORQUE DEUS NÃO PERDOOU MAS PORQUE NÓS NÃO ACEITAMOS O SEU PERDÃO. DEUS NOS CRIOU LIVRES E RESPEITA NOSSA LIBERDADE.

EVANGELHO: Jo 8, 1-11 17/03/2013



"De agora em diante, não peques mais" - Jo 8,1-11

Jesus foi para o Monte das Oliveiras. De madrugada, voltou ao templo, e todo o povo se reuniu ao redor dele. Sentando-se, começou a ensiná-los. Os escribas e os fariseus trouxeram uma mulher apanhada em adultério. Colocando-a no meio, disseram a Jesus: "Mestre, esta mulher foi flagrada cometendo adultério. Moisés, na Lei, nos mandou apedrejar tais mulheres. E tu, que dizes?" Eles perguntavam isso para experimentá-lo e ter motivo para acusá-lo. Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever no chão, com o dedo. Como insistissem em perguntar, Jesus ergueu-se e disse: "Quem dentre vós não tiver pecado, atire a primeira pedra!" Inclinando-se de novo, continuou a escrever no chão. Ouvindo isso, foram saindo um por um, a começar pelos mais velhos. Jesus ficou sozinho com a mulher que estava no meio, em pé. Ele levantou-se e disse: "Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?" Ela respondeu: "Ninguém, Senhor!" Jesus, então, lhe disse: "Eu também não te condeno. Vai, e de agora em diante não peques mais".
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

Preparo-me para a Leitura Orante, rezando com todos os internautas:
Creio, meu Deus, que estou diante de Ti.
Que me vês e escutas as minhas orações.
Tu és tão grande e tão santo: eu te adoro.
Tu me deste tudo: eu te agradeço.
Foste tão ofendido por mim:
eu te peço perdão de todo o coração.
Tu és tão misericordioso: eu te peço todas as graças
que sabes serem necessárias para mim.
Ó Jesus Mestre, Verdade, Caminho e Vida, tem piedade de nós.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Jo 8,1-11, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
O fato acontece no Templo. Os letrados e fariseus apresentam ao "mestre" um caso concreto: a mulher flagrada em adultério. Ao invés de responder, Jesus escreve no chão. Depois responde e continua a escrever. O que escreve, o texto não diz. Talvez apenas rabiscos. Talvez tomando tempo para refletir. Na segunda vez, diz:"Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra nesta mulher!" Jesus faz entender que há outro pecado mais grave: a infidelidade a Deus. Então, os doutores da Lei e fariseus entram em si e começam a se retirar, um a um, até o último. No final, ninguém condenou a mulher porque condenaram antes, a si mesmos, e, muitos, talvez, eram cúmplices do pecado que acusavam.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje? Com quais personagens me identifico? Com Jesus, a mulher ou com seus acusadores? Escolho para mim a atitude de Jesus que não julga e ajuda as pessoas a não julgarem. Em Aparecida, disseram os bispos: "Não podemos nos esquecer que a maior pobreza é a de não reconhecer a presença do mistério de Deus e de seu amor na vida do homem e seu amor, que é o único que verdadeiramente salva e liberta. Na verdade, "quem exclui a Deus de seu horizonte falsifica o conceito de realidade e, consequentemente, só pode terminar em caminhos equivocados e com receitas destrutivas. A verdade desta afirmação parece evidente diante do fracasso de todos os sistemas que colocam Deus entre parêntesis". (DAp 405).

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou posso cantar com Padre Zezinho,scj:
Alô meu Deus
Fazia tanto tempo que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus.
Senti saudades tuas e acabei voltando aqui.
Andei por mil caminhos.
E como as andorinhas eu vim fazer meu ninho em tua casa e repousar.
Embora eu me afastasse e andasse desligado,
Meu coração cansado resolveu voltar!
Eu não me acostumei nas terras onde andei ( bis)

Alô meu Deus.
Fazia tanto tempo que eu não mais te procurava.
Alô meu Deus.
Senti saudades tuas e acabei voltando aqui.
Gastei minha herança comprando só matéria.
Restou-me a esperança de outra vez te encontrar.
Voltei arrependido, meu coração ferido,
E volto convencido que este é o meu lugar!
Eu não me acostumei nas terras onde andei (bis)
(CD Um certo Galileu 1 - Paulinas COMEP)

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Como vou vivê-lo na missão?
Meu novo olhar é de perdão para com os outros e para comigo também.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

quarta-feira, março 13, 2013

HABEMUS PAPAM



Cardeal Jorge Mario Bergoglio é o 1º papa latino-americano da história.
Decisão foi anunciada nesta quarta-feira (13) após dois dias de conclave.

"BENDITO O VEM EM NOME DO SENHOR"

PAPA FRANCISCO

"REZEMOS UNS PELOS OUTROS...!"

EVANGELHO: 13/03/2013



 Filho faz o que vê o Pai fazer - Jo 5,17-30

Jesus deu-lhes esta resposta: "Meu Pai trabalha sempre, e eu também trabalho". Por isso, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, pois, além de violar o sábado, chamava a Deus de Pai, fazendo-se assim igual a Deus. Jesus deu-lhes esta resposta: [...]"o Filho não pode fazer nada por si mesmo; ele faz apenas o que vê o Pai fazer. O que o Pai faz, o Filho o faz igualmente. O Pai ama o Filho e lhe mostra tudo o que ele mesmo faz. E lhe mostrará obras maiores ainda, de modo que ficareis admirados. [...] o Pai não julga ninguém, mas deu ao Filho o poder de julgar, para que todos honrem o Filho assim como honram o Pai. Quem não honra o Filho, também não honra o Pai que o enviou. [...] Quem escuta a minha palavra e crê naquele que me enviou possui a vida eterna e não vai a julgamento, mas passou da morte para a vida. [...] Vem a hora, e é agora, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e os que a ouvirem viverão. Assim como o Pai possui a vida em si mesmo, do mesmo modo concedeu ao Filho possuir a vida em si mesmo. Além disso, deu-lhe o poder de julgar, [...] Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão sua voz, e sairão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, ressuscitarão para a condenação. Eu não posso fazer nada por mim mesmo. Julgo segundo o que eu escuto, e o meu julgamento é justo, porque procuro fazer não a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou".
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

Preparo-me para a Leitura Orante, fazendo uma rede de comunicação
e comunhão em torno da Palavra com todas as pessoas que se encontram neste ambiente
virtual. Rezamos, em sintonia com a Santíssima Trindade.

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém
Senhor, nós te agradecemos por este dia.
Abrimos, com este acesso à internet,
nossas portas e janelas para que tu possas
Entrar com tua luz.
Queremos que tu Senhor, definas os contornos de
Nossos caminhos,
As cores de nossas palavras e gestos,
A dimensão de nossos projetos,
O calor de nossos relacionamentos e o
Rumo de nossa vida.
Podes entrar, Senhor!
Ó Jesus Mestre, Verdade-Caminho-Vida, tem piedade de nós.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia? Leio atentamente, na Bíblia, o texto Jo 5,17-30.
Jesus começa falando das obras, aos líderes dos judeus. Não de conhecimento. É um discurso que revela a natureza e a missão do Mestre. E que revela também o Pai. O Pai ama o Filho, ressuscita, dá vida, não julga ninguém. É misericordioso. O Pai enviou o Filho e o Filho faz o que vê o Pai fazer. Quem não respeita o Filho, também não respeita o Pai. E o segredo da vida eterna é ouvir estas palavras e crer.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que a Palavra diz para mim?
Qual é a minha escala de valores?
Os bispos, em Aparecida, falaram deste mistério de profunda comunhão da Trindade que experimentamos no Batismo, nos sacramentos, na Eucaristia: "É Deus Pai que nos atrai por meio da entrega eucarística de seu Filho (cf. Jo 6,44), dom de amor com o qual saiu ao encontro de seus filhos, para que, renovados pela força do Espírito, possamos chamá-lo de Pai: "Quando chegou a plenitude dos tempos, Deus enviou seu próprio Filho, nascido de uma mulher, nascido sob o domínio da lei, para nos libertar do domínio da lei e fazer com que recebêssemos a condição de filhos adotivos de Deus. E porque já somos filhos, Deus enviou o Espírito de seu Filho a nossos corações e o Espírito clama: Abbá! Pai!" (Gl 4,4-5). Trata-se de uma nova criação, onde o amor do Pai, do Filho e do Espírito Santo, renova a vida das criaturas." (DAp 241).

3- ORAÇÃO (VIDA)

- O que a Palavra me leva a dizer a Deus?
Rezo com toda Igreja, a
Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra? 
Como discípulo/a de Jesus, deixo-me conduzir pela fé e pela certeza de que Deus é meu Pai.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

sábado, março 09, 2013

COMO FAZER A VONTADE DE DEUS NESTE MUNDO


Nesta parábola, temos a oposição radical entre dois orantes e dois tipos de oração: a oração arrogante e autossuficiente do fariseu e a oração confiante e humilde do publicano. A oração do fariseu é típica das tradicionais orações de Israel. Aparentemente, é uma oração de agradecimento a Deus. Contudo, por seu conteúdo, adquire outro sentido.
O fariseu “agradece” por ser um justo, observante, diferenciado e separado dos “pecadores” como o publicano que ali estava presente.
O fariseu coloca-se diante de Deus numa atitude de senhor e não de servo. Faz negócio com Deus: “Eu te dou as minhas boas obras e Tu és obrigado a dar-me a salvação eterna”. Toma uma posição de igualdade com Deus, na medida em que se sente com direitos diante d’Ele.
O fariseu colocou-se como ponto de referência em relação ao pecador e ao próprio Deus na condição de superioridade em relação ao pecador, e na de quase igualdade perante Deus.
Sua oração é uma oração de autossuficiência e de desprezo aos outros, que, em nome de Deus, fundamenta uma posição de privilégios e poder.
O outro orante, o publicano, tem a atitude de um pobre que confia totalmente em Deus. Ele, humilhado e excluído pelo sistema religioso que o considera um pecador, é consciente de sua pequenez e de sua dependência de Deus. À medida que o “justo” rompe a comunhão com o próximo, ele rompe a comunhão com Deus.
O pecador relaciona-se apenas com Deus e não se mete na vida do vizinho.
O pecador, pelo contrário, pensa e pensa bem. Pois ele nada tem para dar em troca a Deus e que não tem quaisquer direitos a reclamar d’Ele. De seu tem apenas o pecado e d’Ele espera apenas o perdão. A parábola não é, pois, sobre a oração, mas sobre a justificação diante de Deus e pretende responder à eterna pergunta: “Como fazer a vontade de Deus neste mundo?” Cada um dos personagens apresenta-nos a sua resposta e a sua atitude de vida.
O pecador se salva, torna-se justo diante de Deus, não pelas obras humanas, pelo seu esforço no cumprimento de determinados preceitos, mas pela graça de Deus; ou seja, só pelo poder de Deus é que o homem é salvo, e não pelo que é ou faz. Acolher Jesus e a sua Palavra numa fé confiante, é o único caminho da salvação.
Alguém perguntará: “Então, as nossas boas obras nada valem diante de Deus?” O problema não deve ser colocado desse modo. Aqui não se trata de um problema de conteúdo, isto é, de obras, mas da perspectiva com que se fazem as obras. Expliquemos: o fariseu não foi condenado pelas boas obras que praticou, mas por confiar apenas nelas e nas suas próprias forças para fazê-las. Foi condenado por não as atribuir a Deus nem as relacionar com Ele.
A lição que devemos tirar deste texto é: o cristão deve estar atento para não abrir a porta à tentação da soberba perante o outro homem e da autojustificação perante Deus. Pelo contrário, optará por uma atitude de caridade e grande compreensão em relação às outras pessoas como sempre fez Jesus e por um esvaziamento de si, para que Deus o encha do seu perdão e da sua misericórdia.
Padre Bantu Mendonça

MENSAGEM: 09/03/2013


09/03 Mulher, bênção de luz repartida



Mulher, berço primeiro da vida, 
mulher, todos os filhos são teus! 
Mulher, bênção de luz repartida, 
mulher, rosto materno de Deus.

Quando Deus não quis o homem só no paraíso, 
na mulher primeira completou a criação. 
Pois sabia que o amor materno era preciso, 
para a vida ter a sua multiplicação. 

Quando Deus pensou reconstruir o paraíso, 
na mulher perfeita pôs a sua Encarnação. 
Pois sabia que o amor materno era preciso 
para a vida receber o dom da salvação. 

Quando Deus pensou humanizar o paraíso, 
na mulher plantou a missionária vocação. 
Pois sabia que o amor materno era preciso, 
para a vida ser vivida em paz e comunhão. 

COMENTÁRIOS do Evangelho: 09/03/2013


O FARIZEU E O PUBLICANO

Atitudes do homem diante de Deus
A parábola do fariseu e do publicano é própria a Lucas. A parábola confronta duas atitudes do homem diante de Deus. Os destinatários da parábola são aqueles que confiam em si mesmos porque se julgam justos, e desprezam os outros (cf. v. 14). O fariseu retém na sua oração o motivo de sua justiça: jejuava duas vezes por semana e pagava o dízimo de toda a sua renda (v. 12). Sabe que a observância dos preceitos da Lei é dom de Deus, por isso agradece (cf. v. 11). A contradição da sua justiça expressa na sua oração, que ele faz intimamente, é o desprezo e o juízo dos outros que ele considera ladrões, desonestos, adúlteros; nem o publicano, que rezava ao lado dele, escapou. A oração do publicano está centrada na sua falta, e ele se apresenta humilde diante de Deus: ". ficou à distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu." (v. 13). A falta do fariseu é que ele se cria justo e a causa de sua justiça era, segundo ele, mérito seu; quanto ao publicano, ele é justificado porque se abre para o dom da salvação de Deus. A salvação que vem de Deus não é mérito, é dom e, enquanto tal, deve ser recebida. 

Carlos Alberto Contieri, sj

ORAÇÃO

Pai, faze-me consciente de minha condição de pecador, livrando-me da soberba que me dá a falsa ilusão de ser superior a meu próximo e mais digno de me dirigir a ti. AMÉM

Evangelho: 09/03/2013


EVANGELHO DO DIA


Parábola do fariseu e do publicano - Lc 18,9-14

Para alguns que confiavam na sua própria justiça e desprezavam os outros, Jesus contou esta parábola: "Dois homens subiram ao templo para orar. Um era fariseu, o outro publicano. O fariseu, de pé, orava assim em seu íntimo: 'Deus, eu te agradeço porque não sou como os outros, ladrões, desonestos, adúlteros, nem como este publicano. Jejuo duas vezes por semana e pago o dízimo de toda a minha renda'. O publicano, porém, ficou a distância e nem se atrevia a levantar os olhos para o céu; mas batia no peito, dizendo: 'Meu Deus, tem compaixão de mim, que sou pecador!' Eu vos digo: este último voltou para casa justificado, mas o outro não. Pois quem se exalta será humilhado, e quem se humilha será exaltado".
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

- A todos nós que nos encontramos neste ambiente virtual,paz de Deus, nosso Pai,
a graça e a alegria de Nosso Senhor Jesus Cristo,no amor e na comunhão do Espírito Santo.
- Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo!

Preparo-me para a Leitura,rezando com São Patrício:

VIVO

Vivo pela força de Deus,
pelo poder de Deus a me sustentar,
pela sabedoria de Deus a me orientar,
pelos olhos de Deus iluminando meu caminho!

Vivo

Pela Palavra de Deus pronunciada antes de mim,
Pela mão de Deus a me proteger,
Pelo caminho de Deus aberto à minha frente!
Cristo em meu descanso
Cristo no coração de toda pessoa que pensa em mim,
Cristo nos lábios de toda pessoa que fala em mim,
Cristo em todos os olhos que me vêem,
Cristo em cada ouvido que me escuta.
Fica comigo, Senhor! (São Patricio)

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente o texto, na minha Bíblia: Lc 18,9-14, e observo pessoas, palavras, relações, lugares.
Nesta parábola, Jesus fala de um fariseu que vive uma falsa religiosidade e de um publicano autêntico. O fariseu, satisfeito de si mesmo, se julga melhor e despreza os demais. Ele dá graças a Deus pela sua própria bondade e observâncias. O publicano era tido como pecador. Diante de Deus ele não rejeita este rótulo. Assume-o no arrependimento. E pede piedade: "tem pena de mim, ó Deus". Nesta parábola, Jesus nos ensina que o arrependimento e a confissão de nossos pecados são atitudes de humildade que nos libertam diante de Deus.

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje? Como Jesus, pelo poder do Espírito, tenho algo a agradecer ao Pai.
O que o texto me diz no momento? O texto me fala da autêntica oração que supõe o reconhecimento de nossos limites e da ação de Deus. Os bispos, na Conferência de Aparecida, disseram: "O sacramento da reconciliação é o lugar onde o pecador experimenta de maneira singular o encontro com Jesus Cristo, que se compadece de nós e nos dá o dom de seu perdão misericordioso, faz-nos sentir que o amor é mais forte que o pecado cometido, nos liberta de tudo o que nos impede de permanecer em seu amor, e nos devolve a alegria e o entusiasmo de anunciá-lo aos demais com o coração aberto e generoso." (DAp 254).

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que o texto me leva a dizer a Deus? Faço minha oração pessoal, ofereço o meu trabalho do dia:
Rezo com todos os internautas:

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Vou olhar o mundo e a vida com os olhos de Deus. Vou viver meu diz com o coração agradecido ao Pai e na alegria de poder testemunhá-lo.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

quinta-feira, março 07, 2013

COMENTÁRIO DO EVANGELHO: 07/03/2013


O mal impede de falar as maravilhas de Deus
Na subida para a sua Páscoa, Jesus vai fazendo as pessoas viverem. Sua presença na vida das pessoas comunica o Espírito Santo e arranca o mal que desfigura, no homem, o brilho originário da imagem de Deus. 
A mudez era considerada possessão demoníaca. O mal impede de falar, de bem falar; o mal distorce a linguagem. Expulsando o demônio, que impedia de falar, Jesus faz o mudo renascer para a palavra. Ora, o próprio Lucas, na segunda parte da sua obra, os Atos dos Apóstolos, diz que é o Espírito Santo quem faz falar as maravilhas de Deus (cf. At 2,1-11). À admiração da multidão, opõe-se a resistência de alguns. O leitor do evangelho já sabe que Jesus possui o Espírito de Deus (Lc 3,21-22; 4,1.18). Dizer que é por Beelzebu que Jesus expulsa os demônios é falta de discernimento, é confundir o Espírito Santo com Beelzebu - eis aí o mal! 

Carlos Alberto Contieri, sj

ORAÇÃO

Pai, transforma-me em instrumento de teu amor misericordioso, a exemplo de Jesus. Por onde eu passar, possa ser testemunha de que teu Reino já chegou para nós. 

EVANGELHO: 07/03/2013


EVANGELHO DO DIA

ANO C - DIA 07/03

Jesus liberta e cura um mudo - Lc 11,14-23

Jesus estava expulsando um demônio que era mudo. Quando o demônio saiu, o mudo começou a falar, e as multidões ficaram admiradas. Alguns disseram: "É pelo poder de Beelzebu, o chefe dos demônios, que ele expulsa os demônios". Outros, para tentar Jesus, pediam-lhe um sinal do céu. Mas, conhecendo seus pensamentos, ele disse-lhes: "Todo reino dividido internamente será destruído; cairá uma casa sobre a outra. Ora, se até Satanás está dividido internamente, como poderá manter-se o seu reino? Pois dizeis que é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios. Se é pelo poder de Beelzebu que eu expulso os demônios, pelo poder de quem então vossos discípulos os expulsam? [...] Mas, se é pelo dedo de Deus que eu expulso os demônios, é porque o Reino de Deus já chegou até vós. Quando um homem forte e bem armado guarda o próprio terreno, seus bens estão seguros. Mas, quando chega um mais forte do que ele e o vence, arranca-lhe a armadura em que confiava e distribui os despojos. Quem não está comigo é contra mim; e quem não recolhe comigo, espalha".
LEITURA ORANTE

ORAÇÃO INICIAL

Preparo-me para a Leitura Orante rezando,
com todos os internautas:
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Creio, Senhor Jesus, que sou parte de seu Corpo.
Espírito Santo,
tu que habitas, pela fé, nos nossos corações,
abre-nos à Palavra!
Seja a nossa inteligência e a nossa vontade,
terreno bom,
onde tu possas trabalhar com liberdade,
de modo que a nossa vida
seja sinal da tua caridade.
Amém.

1- LEITURA (VERDADE)

O que diz o texto do dia?
Leio atentamente, na Bíblia, o texto: Lc 11,14-23 , e observo pessoas, o que pensam e o que esperam de Jesus.
Um exorcismo e a expulsão de um demônio que era mudo causou admiração na multidão. A admiração era frequente diante dos milagres, mas não significava ainda, atitude de fé. Alguns até atribuem o exorcismo a um pacto com Belzebu! São os que têm reservas fundamentadas em dois aspectos: a dificuldade em compreender a origem e o poder de Jesus e a necessidade do sinal. Conhecendo seus pensamentos, Jesus fala da destruição da família e do país dividido. Diz ainda que quem não é a seu favor é contra ele e quem não o ajuda a reunir, ajuntar, está espalhando. Da pregação de Jesus, entendemos também que uniremos quando nos amamos e dividiremos quando nos apegamos a nós mesmos e não nos preocupamos com o próximo

2- MEDITAÇÃO (CAMINHO)

O que o texto diz para mim, hoje?
Sinto que promovo a comunhão na minha família, no meu trabalho, na Igreja?

Os bispos, em Aparecida, na V Conferência, falaram da comunhão entre os cristãos: "A vocação ao discipulado missionário é con-vocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela "nos dá uma família, a família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão". Isto significa que uma dimensão constitutiva do acontecimento cristão é o fato de pertencer a uma comunidade concreta na qual podemos viver uma experiência permanente de discipulado e de comunhão com os sucessores dos Apóstolos e com o Papa." (DAp 156).

Tenho a tentação de contradizer, dividir, criticar, colocar obstáculos? Qual é a minha comunidade concreta? Como vivo nesta comunidade?

3- ORAÇÃO (VIDA)

O que o texto me leva a dizer a Deus?
Rezo, espontaneamente, com salmos ou outras orações e concluo, com a

Oração oficial da CF 2013
Pai santo, vosso Filho Jesus,
conduzido pelo Espírito
e obediente à vossa vontade,
aceitou a cruz como prova de amor à humanidade.
Convertei-nos e, nos desafios deste mundo,
tornai-nos missionários
a serviço da juventude.
Para anunciar o Evangelho como projeto de vida,
enviai-nos, Senhor;
para ser presença geradora de fraternidade,
enviai-nos, Senhor;
para ser profetas em tempo de mudança,
enviai-nos, Senhor;
para promover a sociedade da não violência,
enviai-nos, Senhor;
para salvar a quem perdeu a esperança,
enviai-nos, Senhor;
para...

4- CONTEMPLAÇÃO (VIDA E MISSÃO)

Qual meu novo olhar a partir da Palavra?
Meu novo olhar é de comunhão, de promoção da união de todos por onde passo.

BÊNÇÃO

- Deus nos abençoe e nos guarde. Amém.
- Ele nos mostre a sua face e se compadeça de nós. Amém.
- Volte para nós o seu olhar e nos dê a sua paz. Amém.
- Abençoe-nos Deus misericordioso, Pai e Filho e Espírito Santo. Amém.

segunda-feira, março 04, 2013

INFORMAÇÕES SOBRE OS CARDEAIS ELETORES


Na quinta-feira (28), o porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, informou que o cardeal decano, o italiano Angelo Sodano, já convocou formalmente os cardeais eleitores e não-eleitores (com mais de 80 anos) para o conclave nesta sexta.
No sábado, Lombardi informou que 75 cardeais moram em Roma, e 66 outros já havia chegado ou estavam chegando à cidade, na qual fica cravado o Estado do Vaticano, para participar das congregações. Esse número deve ser atualizado nesta segunda, segundo o padre Lombardi.

As congregações serão realizadas na Sala dos Sínodos, uma grande sala de audiênciaNas congregações, os cardeais discutem os problemas da Igreja, debatem o perfil do novo pontífice e acertam os detalhes que envolvem o conclave.
Eles também irão definir a data de início da eleição.
Segundo o padre Lombardi, apenas quando todos os cardeais eleitores estiverem em Roma (menos aqueles que notificarem formalmente que não irão participar da eleição, dois até agora), será possível acertar a data em que o conclave será iniciado.

No Vaticano, conversas entre os cardeais e outros membros da Igreja apontam o dia 8 de março, próxima sexta-feira, como uma possível data para o início da eleição. Nada foi definido oficialmente por enquanto.

O porta-voz do Vaticano, padre Federico Lombardi, disse que as reuniões de segunda-feira não devem definir a data de início do conclave.
A Igreja espera ter um novo Papa antes das importantes celebrações da Páscoa, que começam no Domingo de Ramos, em 24 de março.
Temas
Alguns temas que devem ser abordados nas reuniões são a reforma da Cúria Romana (o governo da Igreja) e a investigação interna sobre o caso "VatiLeaks" (vazamento de documentos confidenciais do Vaticano), assim como os escândalos e polêmicas dos últimos anos: as acusações de acobertamento da pedofilia, a corrupção, a secularização em muitas regiões, a influência de outras religiões e os problemas morais relacionados com a família.

Não há um favorito claro entre os 115 cardeais-eleitores -- os cardeais com até 80 anos de idade. Por isso, discretamente os participantes vão usar os encontros preliminares para avaliar potenciais candidatos.
Bento XVI encerrou na quinta-feira seu complicado pontificado de oito anos prometendo obediência incondicional ao sucessor. Ele é o primeiro papa em quase seis séculos a deixar o cargo com vida, o que cria uma série de situações praticamente inéditas para a vida da Igreja.
Os conclaves estão entre as eleições mais misteriosas do mundo, sem candidatos declarados, sem campanha eleitoral explícita, e com eleitores que muitas vezes conhecem poucos dos seus colegas. Todos eles juram manter segredo sobre os detalhes da votação.
Tradicionalmente, os conclaves começam 15 dias depois da declaração de "Sé Vacante", o que inclui o tempo para o velório e sepultamento de um Papa que morre. Mas Bento XVI baixou um decreto, dias antes de renunciar, autorizando a antecipação do processo eleitoral.
Relatório secreto
Os cardeais não terão acesso a um relatório secreto que foi preparado para Bento XVI por três cardeais não-eleitores, no qual eles detalham casos de má-gestão e disputas internas na Curia Romana, a burocracia vaticana. Mas os três autores do documento estarão nas congregações gerais e irão orientar os eleitores a respeito das suas conclusões.