segunda-feira, janeiro 27, 2014

VOCAÇÃO MATRIMONIAL

Santidade do matrimônio e da família
O homem e a mulher que, pela aliança conjugal, já não são dois, mas uma só carne, em íntima união das pessoas e das atividades, prestam-se mútuo auxílio e serviço e dia por dia fazem a experiência de sua unidade cada vez mais plena. Esta união profunda, recíproca doação de duas pessoas, e o bem dos filhos exigem a total fidelidade dos cônjuges e a indissolubilidade.
O Cristo Senhor abençoou largamente este amor multiforme, brotado da fonte do amor divino, tendo por modelo sua união com a Igreja.
Assim como outrora Deus tomou a iniciativa da aliança de amor e de fidelidade com seu povo, agora o Salvador dos homens, Esposo da Igreja, vem pelo sacramento do matrimônio ao encontro dos esposos cristãos. Com eles permanece, dando-lhes a força de, tal como amou a Igreja e se entregou por ela, se entregarem um ao outro, amando-se com perpétua fidelidade. O genuíno amor conjugal é assumido no amor divino e sua norma e riqueza são a força redentora de Cristo e a ação salvífica da Igreja. Deste modo os cônjuges cristãos são eficazmente conduzidos a Deus, fortalecidos e ajudados na sublime missão de pai e de mãe. É esta a razão de haver um sacramento particular para confortar e consagrar os deveres e a dignidade do estado conjugal cristão. Munidos desta força, cumprem sua missão conjugal e familiar, cheios do Espírito de Cristo que impregna sua vida inteira com a fé, a esperança e a caridade, progridem sempre mais na própria perfeição e na mútua santificação e podem assim, os dois juntos, dar glória a Deus.
Os filhos, bem como todos os que com eles convivem, vendo e seguindo o exemplo dos pais e a oração familiar, encontram mais fácil caminho de humanidade, de salvação e de santidade. Os esposos, investidos da dignidade e da missão de paternidade e maternidade, esforçar-se-ão por cumprir com amor a tarefa da educação, principalmente da formação religiosa que lhes cabe em primeiro lugar.
Como membros vivos da família, os filhos contribuem a seu modo para a santificação dos pais. Com gratidão, afeto e confiança, correspondem aos benefícios recebidos dos pais. Assistem-nos filialmente nas adversidades e na solidão da velhice.

REFLEXÃO DO EVANGELHO DE HOJE: MC 3,22-30

Todos os pecados serão perdoados ao homem, mas aquele que peca contra o Espírito será culpado de um pecado eterno. Que Deus tire da casa de todos nós, do meio de nós, todo e qualquer espírito de blasfêmia! 
‘Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo, nunca será perdoado, mas será culpado de um pecado eterno’‘ (Mc 3, 29).
Um tema muito difícil, muitas vezes, de se compreender na leitura do Evangelho de Jesus Cristo é aquilo que nós chamamos de ”pecado contra o Espírito Santo”. Na verdade, nós podemos entender isso de diversas maneiras, mas o mais duro é realmente o que Jesus afirma no final, porque todos os pecados serão perdoados ao homem, mas aquele que peca contra o Espírito será culpado de um pecado eterno.
No que consiste pecar contra o Espírito? A pessoa ter conhecimento da verdade, ter ciência de uma coisa, até a graça de Deus tem lhe mostrado que é desse jeito que as coisas acontecem, a pessoa pode até não aceitar, pode até não aderir a essa verdade, mas o que a pessoa não pode é negá-la, blasfemar contra ela. E aí a blasfêmia se torna uma coisa terrível, maligna, diabólica; de fato, uma coisa realmente satânica, porque ”blasfemar” significa Deus vendo Deus agir, vendo Deus fazer, vendo Deus acontecer.
Vejam que, no Evangelho de hoje, os mestres da Lei viam o que Jesus operava, que Jesus fazia o bem, Ele não fazia o mal; no entanto, queriam atribuir ao que Cristo fazia como se fosse uma coisa do demônio,  um atentado contra a verdade. Os mestres da Lei podiam até não aceitar o Senhor, podiam até ser contrários ao que Ele fazia, podiam até ter resistência à ação de Cristo; mas atribuir o que é de Deus ao demônio é uma blasfêmia, algo gravíssimo, uma sentença definitiva que diz: “Eu não aceito Deus, eu não quero Deus realmente na minha vida!”
Está aí porque Jesus mostra a dureza da Sua mensagem; porque eles viam toda a bondade com que o Senhor fazia tudo, eles viam com que autoridade, com que pureza Ele expulsava os demônios. E como é que pode satanás expulsar satanás; satanás ser contra o próprio satanás. Isso não é possível!
Que Deus tire da casa de todos nós, do meio de nós, todo e qualquer espírito de blasfêmia! Blasfemar contra Deus, ser contra aquilo que nós vemos Deus agir é blasfemar contra o Espírito Santo. É alguém em sã consciência, alguém com plena consciência da verdade, mas querendo simplesmente se abster de Deus, agir contra Deus, negar a ação de Deus no meio de nós.
Que todo o espírito de blasfêmia, todo o espírito negativo que, muitas vezes, está agindo em nosso meio, não se apodere de nenhum de nós, da nossa casa e de nossa família! E que Deus abra nossos olhos, para que possamos reconhecer, de fato, aquilo que é de Deus e o que não é de Deus!
Que Deus abençoe você!