sexta-feira, janeiro 20, 2012

NOTICIA

Padres sequestrados seriam moeda de troca em jogo político


Ainda não foram libertados os dois padres católicos raptados esta semana no Sudão, desta vez na diocese de Santa Bakita, a 60 quil?metros da capital Cartum.

Fontes da agência Fides dizem que estão bem e que está sendo discutido o resgate deles. O padre comboniano José Vieira considera que “por detrás do sequestro dos dois padres esteja precisamente um ato de banditismo, que pode ter relações com o financiamento desta guerrilha contra o Governo do Sudão do Sul.”
As razões do rapto podem ser políticas, mas também de caráter religioso. “O Governo de Cartum, por um lado, está tentando controlar a ação pastoral das igrejas cristãs no Norte, por outro, há um grupo de sulistas descontentes com o rumo que as coisas estão tomando e estão preparando uma espécie de exército de libertação e pretendem marginalizar os do a tual movimento político do Sudão do Sul”, diz o padre José Vieira.
Os raptores, que a polícia suspeita serem milicianos do Sudão do Sul, tinham prometido a libertação dos sacerdotes para o final da tarde de ontem, mas ao meio-dia de hoje ainda prosseguiam as negociações, que estão sendo mediadas pelo Bispo Auxiliar de Cartum. Em cima da mesa está o valor do resgate exigido pelos raptores, como diz o padre José Vieira, missionário comboniano no Sudão.
“Um grupo de pessoas que ainda não foi totalmente identificado, que estavam armadas, entrou dentro da casa da residência paroquial e levou dois padres e também os dois carros da missão”, descreve. “Os raptores prometiam libertar ontem os dois padres, mas até ao meio-dia de hoje a mensagem que tenho é que a igreja conseguiu localizá-los.
Os padres, aparentemente, estão bem de saúde”. “Neste momento estão negociando o montante que os sequestradores estão pedindo”, conta. Ainda não se sabe quando serão libertados estes dois sacerdotes católicos no Sudão, onde voltaram esta semana a registrar-se novos confrontos entre etnias e comunidades tribais.

Sir, 20/01/2012

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